Tratamentos pré-germinativos em sementes de pitaya (hylocereus spp.) para atenuação dos estresses abióticos

• Autor(a) principal: Carvalho, Sara Monaliza Costa
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFERSA
• Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/5661
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Mitigação; Atenuadores; Déficit hídrico; Pitaya; Salinidade; Mitigation; Attenuators; Water deficit; Pitahaya; Salinity

As pitayas são cactáceas amplamente cultivadas em regiões tropicais e subtropicais, como Tailândia, Filipinas, Vietnã, Malásia e sul da China. Todavia, seu cultivo no Brasil ainda é incipiente com pequenas áreas localizadas no estado de São Paulo e mais recentemente em regiões semiáridas, onde os recursos hídricos são escassos. No entanto, o processo de germinação das pitayas é sensível aos estresses hídrico e salino, primacialmente em potenciais osmóticos abaixo de -0,2 MPa. Assim, pesquisas que busquem a utilização de tratamentos para minimizar os efeitos deletérios dos estresses abióticos são de grande relevância nessa fase. Objetivou-se avaliar a eficiência de tratamentos pré-germinativos de sementes de pitaya de polpa branca (Hylocereus undatus) e de polpa vermelha (Hylocereus costaricensis) para atenuar os efeitos dos estresses hídrico e salino durante o processo germinativo. Para isso, foram conduzidos dois experimentos, ambos em delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 6, correspondentes a duas espécies de pitaya e seis tratamentos pré-germinativos, com quatro repetições de 50 sementes. Os tratamentos pré-germinativos foram: T1 = 0,0 MPa (controle); T2 = estresse (salino ou hídrico); T3 = estresse + hidrocondicionamento; T4 = estresse + ácido giberélico; T5 = estresse + ácido salicílico e T6 = estresse + tiametoxan em condições de estresse hídrico ou estresse salino. As sementes dos tratamentos T3, T4, T5 e T6 foram submetidas à préembebição durante 4 horas em hidrocondicionamento (água destilada), ácido giberélico (150 mg/L), ácido salicílico (1µM/L) e tiametoxan (1 mL/Kg de sementes), respectivamente. Em seguida, realizou-se a semeadura sobre duas folhas de papel mata-borrão umedecidas com solução de PEG 6000, a -0,2 MPa, para simular o estresse hídrico (Experimento I) e em solução de NaCl a -0,4 MPa, para simular o estresse salino (Experimento II). As variáveis analisadas foram a porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento da parte aérea e da raiz primária, massa seca total, açúcares solúveis totais e aminoácidos livres totais. Quanto ao Experimento I, o ácido salicílico e o tiametoxan proporcionaram benefícios no desenvolvimento da espécie H. costaricensis ao observar os resultados de ganho de comprimento de parte aérea e matéria seca. O hidrocondicionamento provocou efeito atenuante para as plântulas oriundas de H. costaricensis, estimulando aumentos na germinação e no índice de velocidade de germinação. O ácido giberélico possibilitou melhores resultados mitigadores ao estresse hídrico, proporcionando maior germinação e índice de velocidade de germinação para ambas as espécies, além de acarretar aumento do comprimento da parte aérea de plântulas de H. undatus. Quanto ao Experimento II, o ácido salicílico teve efeito atenuante na germinação e no crescimento de H. undatus, além de aumentar os níveis açúcares solúveis em H. costaricensis. O hidrocondicionamento teve efeito atenuante na germinação de H. undatus e favoreceu o ganho em massa seca de plântulas. O ácido giberélico estimulou a germinação de H. undatus e o crescimento de H. undatus e H. costaricensis. Para as sementes de H. undatus esse regulador também estimulou o aumento nos níveis de açúcares solúveis