Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
Texto Completo: | http://lattes.cnpq.br/8114638410593492 https://orcid.org/0000-0003-2137-854X http://lattes.cnpq.br/4391065591828669 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7823 |
Resumo: | Em Dasyprocta leporina, protocolos de criopreservação de tecidos somáticos da pele auricular têm sido desenvolvidos, avaliando técnicas e soluções de criopreservação. Assim, torna-se necessário estratégias para regiões alternativas, assim o objetivo do presente estudo foi avaliar outras fontes de tecidos somáticos oriundos da pele desta espécie. Para tanto, pele da região auricular, inguinal e abdominal foram coletadas de três fêmeas adultas. As amostras foram fragmentadas e distribuídas em tecidos não criopreservados e criopreservados por vitrificação em superfície sólida. A solução de criopreservação consistiu em meio essencial mínimo modificado por Dulbecco (DMEM) acrescido de 10% de soro fetal bovino (SFB), 1,5 M de etilenoglicol, 1,5 M de dimetilsulfóxido e 0,25 M de sacarose. Todos os tecidos foram analisados quanto à ultraestrutura usando microscopia eletrônica de varredura, análises histológicas usando colorações hematoxilina-eosina, tricômico de Gomori, e marcação por nitrato de prata. Os tecidos foram comparados quanto às regiões da pele e antes e após a criopreservação para espessura da epiderme, derme, cartilagem, número de fibroblastos, células epiteliais, condrócitos, lacunas, halos perinucleares, percentual de fibras colágenas e número e área de AgNOR/célula. Além disso, tecidos foram cultivados em DMEM acrescido de 10% de SFB e 2% de solução de antibióticos-antimicóticos (38,5°C e 6,5% CO2) e células recuperadas foram avaliadas quanto à morfologia usando microscópio invertido, viabilidade usando o ensaio de azul de tripan, atividade metabólica usando o ensaio de brometo de MTT, atividade proliferativa pela determinação do tempo de duplicação e níveis apoptóticos usando brometo de etídio e laranja de acridina. Todos os dados foram expressos como média ± erro padrão e analisados usando o software StatView. Na mensuração das camadas dérmicas, a pele inguinal apresentou uma maior espessura de epiderme e derme quando comparada as demais regiões. Embora a pele auricular tenha apresentado a menor espessura da derme, sendo a única região que manteve a espessura da derme após a criopreservação. Tecidos cartilaginosos foram observados apenas na região auricular, sem alteração gerada pela criopreservação na espessura do pericôndrio; contudo, apresentando condrócitos e lacunas vazias alteradas pela criopreservação. Quanto à quantificação celular, criopreservação não alterou na pele auricular e inguinal o número de células epidermais; contudo, a criopreservação não alterou o número de fibroblastos e halos perinucleares em nenhuma das regiões avaliadas. Interessantemente, a região abdominal apresentou um maior número destas células quando comparada as demais regiões. Ainda, todos os grupos tiveram um aumento de fibras colágenas após vitrificação, enquanto também todas mantiveram a quantidade de AgNOR por célula e a área de AgNOR por célula. Durante o cultivo, todas as regiões tiveram células com viabilidade acima de 90% antes e após criopreservação, assim como foi mantido o tempo de duplicação; contudo, células derivadas das regiões inguinal e abdominal obtiveram taxas metabólicas inferiores ao grupo auricular. Portanto, a pele auricular confirmou ser a melhor região para recuperação de células somáticas, mantendo suas características morfológicas e promovendo a recuperação de células viáveis. Adicionalmente, a pele abdominal demonstrou aspectos positivos, podendo ser uma fonte alternativa para a recuperação de células somáticas. |
id |
UFER_7c985a12dcaa046a8af5e9dc1080d278 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufersa.edu.br:prefix/7823 |
network_acronym_str |
UFER |
network_name_str |
Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
repository_id_str |
|
spelling |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758)CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOTECNOLOGIACutiaRodentiaCriopreservaçãoRecurso somáticoCultivo in vitroRodentiaCryopreservationSomatic RecoursesIn vitro culturEm Dasyprocta leporina, protocolos de criopreservação de tecidos somáticos da pele auricular têm sido desenvolvidos, avaliando técnicas e soluções de criopreservação. Assim, torna-se necessário estratégias para regiões alternativas, assim o objetivo do presente estudo foi avaliar outras fontes de tecidos somáticos oriundos da pele desta espécie. Para tanto, pele da região auricular, inguinal e abdominal foram coletadas de três fêmeas adultas. As amostras foram fragmentadas e distribuídas em tecidos não criopreservados e criopreservados por vitrificação em superfície sólida. A solução de criopreservação consistiu em meio essencial mínimo modificado por Dulbecco (DMEM) acrescido de 10% de soro fetal bovino (SFB), 1,5 M de etilenoglicol, 1,5 M de dimetilsulfóxido e 0,25 M de sacarose. Todos os tecidos foram analisados quanto à ultraestrutura usando microscopia eletrônica de varredura, análises histológicas usando colorações hematoxilina-eosina, tricômico de Gomori, e marcação por nitrato de prata. Os tecidos foram comparados quanto às regiões da pele e antes e após a criopreservação para espessura da epiderme, derme, cartilagem, número de fibroblastos, células epiteliais, condrócitos, lacunas, halos perinucleares, percentual de fibras colágenas e número e área de AgNOR/célula. Além disso, tecidos foram cultivados em DMEM acrescido de 10% de SFB e 2% de solução de antibióticos-antimicóticos (38,5°C e 6,5% CO2) e células recuperadas foram avaliadas quanto à morfologia usando microscópio invertido, viabilidade usando o ensaio de azul de tripan, atividade metabólica usando o ensaio de brometo de MTT, atividade proliferativa pela determinação do tempo de duplicação e níveis apoptóticos usando brometo de etídio e laranja de acridina. Todos os dados foram expressos como média ± erro padrão e analisados usando o software StatView. Na mensuração das camadas dérmicas, a pele inguinal apresentou uma maior espessura de epiderme e derme quando comparada as demais regiões. Embora a pele auricular tenha apresentado a menor espessura da derme, sendo a única região que manteve a espessura da derme após a criopreservação. Tecidos cartilaginosos foram observados apenas na região auricular, sem alteração gerada pela criopreservação na espessura do pericôndrio; contudo, apresentando condrócitos e lacunas vazias alteradas pela criopreservação. Quanto à quantificação celular, criopreservação não alterou na pele auricular e inguinal o número de células epidermais; contudo, a criopreservação não alterou o número de fibroblastos e halos perinucleares em nenhuma das regiões avaliadas. Interessantemente, a região abdominal apresentou um maior número destas células quando comparada as demais regiões. Ainda, todos os grupos tiveram um aumento de fibras colágenas após vitrificação, enquanto também todas mantiveram a quantidade de AgNOR por célula e a área de AgNOR por célula. Durante o cultivo, todas as regiões tiveram células com viabilidade acima de 90% antes e após criopreservação, assim como foi mantido o tempo de duplicação; contudo, células derivadas das regiões inguinal e abdominal obtiveram taxas metabólicas inferiores ao grupo auricular. Portanto, a pele auricular confirmou ser a melhor região para recuperação de células somáticas, mantendo suas características morfológicas e promovendo a recuperação de células viáveis. Adicionalmente, a pele abdominal demonstrou aspectos positivos, podendo ser uma fonte alternativa para a recuperação de células somáticas.53 f.BrasilCentro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSUFERSAUniversidade Federal Rural do Semi-ÁridoPereira, Alexsandra FernandesPereira, Alexsandra FernandesPereira, Alexsandra FernandesPraxedes, Érika AlmeidaDiniz, João Rodrigues AlvesViana, João Vitor da Silva2022-11-21T14:55:25Z2022-11-21T14:55:25Z2022-11-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesispdfapplication/pdfhttp://lattes.cnpq.br/8114638410593492https://orcid.org/0000-0003-2137-854Xhttp://lattes.cnpq.br/4391065591828669https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7823MossoróUFERSACC-BY-SAhttps://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)instname:Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)instacron:UFERSA2023-12-07T21:26:19Zoai:repositorio.ufersa.edu.br:prefix/7823Repositório Institucionalhttps://repositorio.ufersa.edu.br/PUBhttps://repositorio.ufersa.edu.br/server/oai/requestrepositorio@ufersa.edu.br || admrepositorio@ufersa.edu.bropendoar:2023-12-07T21:26:19Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) |
title |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) |
spellingShingle |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) Viana, João Vitor da Silva CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOTECNOLOGIA Cutia Rodentia Criopreservação Recurso somático Cultivo in vitro Rodentia Cryopreservation Somatic Recourses In vitro cultur |
title_short |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) |
title_full |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) |
title_fullStr |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) |
title_full_unstemmed |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) |
title_sort |
Avaliação da pele auricular, inguinal e abdominal como fonte de tecidos somáticos para a conservação de cutia (Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758) |
author |
Viana, João Vitor da Silva |
author_facet |
Viana, João Vitor da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Pereira, Alexsandra Fernandes Pereira, Alexsandra Fernandes Pereira, Alexsandra Fernandes Praxedes, Érika Almeida Diniz, João Rodrigues Alves |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Viana, João Vitor da Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOTECNOLOGIA Cutia Rodentia Criopreservação Recurso somático Cultivo in vitro Rodentia Cryopreservation Somatic Recourses In vitro cultur |
topic |
CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOTECNOLOGIA Cutia Rodentia Criopreservação Recurso somático Cultivo in vitro Rodentia Cryopreservation Somatic Recourses In vitro cultur |
description |
Em Dasyprocta leporina, protocolos de criopreservação de tecidos somáticos da pele auricular têm sido desenvolvidos, avaliando técnicas e soluções de criopreservação. Assim, torna-se necessário estratégias para regiões alternativas, assim o objetivo do presente estudo foi avaliar outras fontes de tecidos somáticos oriundos da pele desta espécie. Para tanto, pele da região auricular, inguinal e abdominal foram coletadas de três fêmeas adultas. As amostras foram fragmentadas e distribuídas em tecidos não criopreservados e criopreservados por vitrificação em superfície sólida. A solução de criopreservação consistiu em meio essencial mínimo modificado por Dulbecco (DMEM) acrescido de 10% de soro fetal bovino (SFB), 1,5 M de etilenoglicol, 1,5 M de dimetilsulfóxido e 0,25 M de sacarose. Todos os tecidos foram analisados quanto à ultraestrutura usando microscopia eletrônica de varredura, análises histológicas usando colorações hematoxilina-eosina, tricômico de Gomori, e marcação por nitrato de prata. Os tecidos foram comparados quanto às regiões da pele e antes e após a criopreservação para espessura da epiderme, derme, cartilagem, número de fibroblastos, células epiteliais, condrócitos, lacunas, halos perinucleares, percentual de fibras colágenas e número e área de AgNOR/célula. Além disso, tecidos foram cultivados em DMEM acrescido de 10% de SFB e 2% de solução de antibióticos-antimicóticos (38,5°C e 6,5% CO2) e células recuperadas foram avaliadas quanto à morfologia usando microscópio invertido, viabilidade usando o ensaio de azul de tripan, atividade metabólica usando o ensaio de brometo de MTT, atividade proliferativa pela determinação do tempo de duplicação e níveis apoptóticos usando brometo de etídio e laranja de acridina. Todos os dados foram expressos como média ± erro padrão e analisados usando o software StatView. Na mensuração das camadas dérmicas, a pele inguinal apresentou uma maior espessura de epiderme e derme quando comparada as demais regiões. Embora a pele auricular tenha apresentado a menor espessura da derme, sendo a única região que manteve a espessura da derme após a criopreservação. Tecidos cartilaginosos foram observados apenas na região auricular, sem alteração gerada pela criopreservação na espessura do pericôndrio; contudo, apresentando condrócitos e lacunas vazias alteradas pela criopreservação. Quanto à quantificação celular, criopreservação não alterou na pele auricular e inguinal o número de células epidermais; contudo, a criopreservação não alterou o número de fibroblastos e halos perinucleares em nenhuma das regiões avaliadas. Interessantemente, a região abdominal apresentou um maior número destas células quando comparada as demais regiões. Ainda, todos os grupos tiveram um aumento de fibras colágenas após vitrificação, enquanto também todas mantiveram a quantidade de AgNOR por célula e a área de AgNOR por célula. Durante o cultivo, todas as regiões tiveram células com viabilidade acima de 90% antes e após criopreservação, assim como foi mantido o tempo de duplicação; contudo, células derivadas das regiões inguinal e abdominal obtiveram taxas metabólicas inferiores ao grupo auricular. Portanto, a pele auricular confirmou ser a melhor região para recuperação de células somáticas, mantendo suas características morfológicas e promovendo a recuperação de células viáveis. Adicionalmente, a pele abdominal demonstrou aspectos positivos, podendo ser uma fonte alternativa para a recuperação de células somáticas. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-11-21T14:55:25Z 2022-11-21T14:55:25Z 2022-11-10 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8114638410593492 https://orcid.org/0000-0003-2137-854X http://lattes.cnpq.br/4391065591828669 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7823 |
url |
http://lattes.cnpq.br/8114638410593492 https://orcid.org/0000-0003-2137-854X http://lattes.cnpq.br/4391065591828669 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7823 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
UFERSA CC-BY-SA https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
UFERSA CC-BY-SA https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
pdf application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
Mossoró |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brasil Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido |
publisher.none.fl_str_mv |
Brasil Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) instname:Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) instacron:UFERSA |
instname_str |
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) |
instacron_str |
UFERSA |
institution |
UFERSA |
reponame_str |
Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
collection |
Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@ufersa.edu.br || admrepositorio@ufersa.edu.br |
_version_ |
1809747483497070592 |