Diagnóstico dos resíduos sólidos de construção e demolição: um estudo de caso do município de Caraúbas-RN.

• Autor(a) principal: Oliveira, Maria Aparecida Bezerra
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
• Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11005
• topic: ENGENHARIAS::ENGENHARIA CIVIL; Gestão de resíduos; Caracterização; Disposição final

A construção civil é uma das áreas que apresentam constante crescimento e contribui para a valorização e desenvolvimento de uma região. A implantação de novas edificações ocasiona mudanças e impactos econômicos, sociais e ambientais. Este trabalho teve como objetivo realizar um diagnóstico dos resíduos sólidos de construção e demolição do município e identificar os impactos ambientais ocasionados pelo mesmo, analisando a manipulação dos resíduos por partes dos construtores e sua disposição final. A avaliação foi realizada por meio de levantamento de dados in loco pela zona urbana, onde foi aplicado um questionário há 54 construtores sobre a manipulação dos resíduos sólidos. O município de Caraúbas-RN está em pleno crescimento, já que a maioria das obras visitadas são construções de novas edificações (94,44%). Das construções visitadas e dos construtores entrevistados pode-se afirmar que 61,11% das obras são particulares, sendo essas tocadas apenas por um pedreiro ou mestre de obra. Do total de entrevistados 88,89% afirmaram possuir licença. Nesta etapa foi questionado se as obras possuíam plano de gerenciamento de resíduos sólidos e 85,15% afirmaram que não possuía. Há uma disposição inadequada dos RCD, ou seja, estão dispostos de forma irregular proporcionando diversos impactos ambientais como: problemas com o trafego de transporte e pessoas nas ruas onde estes estavam dispostos; local propicio á atração de animais peçonhentos e vetores de doenças; além de problemas relacionados com a drenagem urbana em dias de chuva. O reaproveitamento dos resíduos para confecção de aterro é devido uma questão econômica e não por uma preocupação ambiental. Os resíduos da classe A se apresentaram com maior frequência em relação às demais, destacando-se os tijolos e argamassas. A classe C apresentou-se superior a classe B, tornando um fato preocupante, pois esta classe não possui tecnologias aplicáveis para a reciclagem e reutilização de seus componentes, destacando-se o gesso como o material mais relevante. Foram encontrados resíduos da classe D nas amostras, resíduos considerados como uma classe perigosa. A taxa de geração média calculada para as três obras correspondeu á 197 Kg/m². O maior índice calculado correspondeu a uma obra de reforma, sendo este igual á 260 Kg/m².