Características físico-químicas dos dejetos de suínos brutos e tratados em função da categoria animal: um estudo de revisão sistemática com meta-análise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Waleska Nayane Costa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
Texto Completo: http://lattes.cnpq.br/4820312584419227
http://orcid.org/0000-0001-7144-5750
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7702
Resumo: A disposição inadequada de resíduos orgânicos produzidos por atividades agrícolas impacta negativamente no meio ambiente. Desse modo, a suinocultura tornou-se, com o tempo, um dos grandes responsáveis por essa produção de dejetos, uma vez que a atividade representa valor econômico para o Brasil e o mundo. Essa produção é oriunda de modelos de criação com base nas fases de desenvolvimento, onde granjas podem ter o ciclo completo da criação, ou apenas parte do processo. Portanto, objetivou-se com esse trabalho avaliar a influência da categoria animal de suínos nas características físico químicas dos dejetos brutos e tratados por meio de revisão sistemática com meta-análise. Para isso, foi realizada uma meta-análise nos bancos de dados SciELO Br e PubMed dos últimos dez anos (2012-2022) usando os descritores “Swine manure”, “Oragnic waste”, “Swine” e “Manure”. Dos 500 artigos pesquisados, apenas 49 passaram pelas etapas de pré seleção, seleção primária e secundária. Os dados coletados foram DBO, SV, ST, pH, Cu e Zn dos dejetos bruto e tratado. E ainda, para os dejetos brutos os N, P, K, Ca, Mg e Fe. Os dados encontrados foram submetidos ao teste de Shapiro-Wilk a nível de 5% de probabilidade para normalização dos dados. Os dados normalizados foram comparados pelo Teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade, e os dados não paramétricos pelo Shapiro-Wilk ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados mostraram que para dejetos brutos, as categorias animais podem influenciar parâmetros como N, P, Mg, Cu e pH. Para N, crescimento/terminação teve média menor que as demais categorias. Para P, Mg e Cu a creche apresentou média maior que as demais categorias, com exceção de lactação no parâmetro Mg que não obteve observações suficientes. Para pH, tanto o bruto como o tratado, a gestação apresentou média menor que creche e crescimento/terminação. Já Cu e Zn nos tratados apresentaram média maior da lactação em relação a creche e crescimento/terminação. Para DQO, foram avaliados apenas crescimento/terminação e creche que apresentou menor potencial poluidor. As possíveis explicações das diferenças estatísticas encontradas envolvem o desequilíbrio nutricional dos animais, os desperdícios de rações e o conteúdo de água envolvido no processo, além da presença de agentes biológicos nos DS. Dessa forma, é possível alegar que N está presente menor quantidade nos DS da fase crescimento/terminação. Para a creche, P, Mg e Cu estão presentes em maior quantidade devido um possível desperdício da ração. A fase da gestação mostrou influir na acidez tanto do dejeto bruto como tratado e pode ser associado aos microrganismos presentes, além de inviabilizar o processo de tratamento compostagem. Para Cu e Zn nos dejetos tratados a lactação mostrou-se como uma categoria animal crítica. No tocante a DQO, crescimento/terminação mostrou potencial poluidor superior a creche. Por fim, os processos de biodigestão, compostagem, poço profundo e lagoas mostraram-se eficazes no tratamento de dejetos suínos independente da categoria animal.
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