Efeitos do Ametryn em espécies de ocorrência nos biomas da caatinga e cerrado: um estudo de simulação de contaminação de águas subterrâneas rasas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ruana Karoline Viana
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7259
Resumo: O ametryn é amplamente utilizado em pré e pós emergência no controle das plantas daninhas, é medianamente lixiviável e persistente no ambiente e o uso inadequado desse herbicida pode causar vários problemas de caráter ambiental, tais como a intoxicação em algumas culturas sensíveis, contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas, além de causar danos à mata nativa. Neste trabalho foi avaliado o efeito do uso do ametryn sobre espécies nativas em áreas de Caatinga e Cerrado. O experimento foi conduzido com dez espécies florestais: Amburana cearensis, Anadenanthera macrocarpa, Bauhinia cheilantha, Enterolobium contortisiliquum, Hymenaea courbaril, Libidibia férrea, Mimosa caesalpiniifolia, Mimosa tenuiflora, Myracrodruon urundeuva e Tabebuia aurea, simulando uma contaminação de águas subsuperficiais por ametryn. A unidade experimental consistiu em colunas de PVC, tendo na parte interior de cada coluna uma tampa de PVC com furos para permitir a entrada de água no sistema por capilaridade, acoplada a um recipiente contendo água necessária para irrigação das mudas na parte inferior das colunas. A quantidade de ametryn adicionada em cada aplicação foi de 2500 g i.a.ha correspondente 50% da dose comercial, recomendado para cana-de-açúcar. A intoxicação das mudas foram avaliadas aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a aplicação. As espécies nativas do Cerrado e Caatinga possuem tolerância diferencial ao ametryn. A H. courbaril e a A. cearensis são mais tolerantes ao herbicida ametryn o crescimento dessas espécies não foram afetadas com a contaminação da água subsuperfial. Já as espécies de E. contortisiliquum e L.ferrea foram as mais afetadas com a contaminação via água subsuperficial, o crescimento das folhas e raízes foram afetadas. As espécies B. cheilantha e A. macrocarpa foram mais afetadas na massa seca do caule. T. teniflora teve um uso mais eficiente da água contaminada. As espécies M. ceasalpinifolia, T. aurea e M. urundeuva são sensíveis ao ametryn. Diante disso, nos confirma o potencial do ametryn como agente de seleção de espécies nos biomas Cerrado e Caatinga. Portanto, o mal planejamento das aplicações e uso constante do ametryn são um risco potencial capazes de reduzir a diversidade florística do Cerrado e Caatinga, tanto em áreas de recuperação como preservação permanente.
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