Microplásticos em Crassostrea sp. (Mollusca: Bivalvia) do estuário do Rio Cocó, Fortaleza, Ceará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
Texto Completo: | https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/10136 |
Resumo: | Os plásticos são os resíduos poluentes mais comuns encontrados no ambiente natural. Em ambiente marinho, após sofrer com a abrasão das ondas e dos raios solares, esse material se fragmenta em pequenas partículas conhecidas como microplásticos. Por seu tamanho pequeno (1μm - 5000μm), os microplásticos se acumulam em vários compartimentos marinhos, como sedimento, água e biota, entrando nas cadeias alimentares através do processo de bioacumulação e biomagnificação. Dentre os organismos que acumulam microplásticos em seus tecidos estão os bivalves, organismos de grande relevância ecológica e econômica e que, devido aos efeitos negativos dos microplásticos, sua contaminação pode ser uma grande ameaça para biodiversidade e para a segurança alimentar humana. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a presença de microplásticos em ostras (Crassostrea sp.) coletadas no estuário do rio Cocó (Fortaleza, Ceará). Os animais foram coletados trimestralmente durante um ano, de forma manual, nas raízes de Rhizophora mangle e nas pilastras da ponte sobre o Rio Cocó. Posteriormente, os organismos foram submetidos ao processo de digestão/filtragem para separação das partículas de microplásticos. Os microplásticos presentes nas amostras foram identificados e separados em categorias de acordo com a cor, formato e tamanho. Os resultados revelaram que 53% dos indivíduos apresentaram microplásticos em seus tecidos. As partículas encontradas foram classificadas em fibras (57%), filmes (38%) e fragmentos (5%), com tamanhos entre 0,10 mm e 4,44 mm. Os resultados revelaram também os animais com maior peso tendem a acumular microplásticos maiores. Embora pioneiro na região estudada, esses resultados se assemelham a outros já encontrados na literatura, o que denota uma necessidade de desenvolver estratégias eficientes de conservação focados na poluição plástica em ambientes estuarinos, uma vez que a presença de microplásticos nos animais pode trazer efeitos negativos para biodiversidade. Além disso, acende um alerta sobre a segurança alimentar, tendo em vista que muitas pessoas utilizam desses organismos para subsistência, seja para consumo local ou para venda. |
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Microplásticos em Crassostrea sp. (Mollusca: Bivalvia) do estuário do Rio Cocó, Fortaleza, CearáCIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAMariscosContaminação alimentarEstuáriosPoluiçãoBioacumulaçãoOs plásticos são os resíduos poluentes mais comuns encontrados no ambiente natural. Em ambiente marinho, após sofrer com a abrasão das ondas e dos raios solares, esse material se fragmenta em pequenas partículas conhecidas como microplásticos. Por seu tamanho pequeno (1μm - 5000μm), os microplásticos se acumulam em vários compartimentos marinhos, como sedimento, água e biota, entrando nas cadeias alimentares através do processo de bioacumulação e biomagnificação. Dentre os organismos que acumulam microplásticos em seus tecidos estão os bivalves, organismos de grande relevância ecológica e econômica e que, devido aos efeitos negativos dos microplásticos, sua contaminação pode ser uma grande ameaça para biodiversidade e para a segurança alimentar humana. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a presença de microplásticos em ostras (Crassostrea sp.) coletadas no estuário do rio Cocó (Fortaleza, Ceará). Os animais foram coletados trimestralmente durante um ano, de forma manual, nas raízes de Rhizophora mangle e nas pilastras da ponte sobre o Rio Cocó. Posteriormente, os organismos foram submetidos ao processo de digestão/filtragem para separação das partículas de microplásticos. Os microplásticos presentes nas amostras foram identificados e separados em categorias de acordo com a cor, formato e tamanho. Os resultados revelaram que 53% dos indivíduos apresentaram microplásticos em seus tecidos. As partículas encontradas foram classificadas em fibras (57%), filmes (38%) e fragmentos (5%), com tamanhos entre 0,10 mm e 4,44 mm. Os resultados revelaram também os animais com maior peso tendem a acumular microplásticos maiores. Embora pioneiro na região estudada, esses resultados se assemelham a outros já encontrados na literatura, o que denota uma necessidade de desenvolver estratégias eficientes de conservação focados na poluição plástica em ambientes estuarinos, uma vez que a presença de microplásticos nos animais pode trazer efeitos negativos para biodiversidade. Além disso, acende um alerta sobre a segurança alimentar, tendo em vista que muitas pessoas utilizam desses organismos para subsistência, seja para consumo local ou para venda.Plastics are the most common waste found in the natural environment. In the marine environment, after being abraded by waves and sunlight, this material fragments into small, tiny particles such as microplastics. Due to their small size (1μm - 5000μm), microplastics accumulate in various marine compartments, such as sediment, water and biota, entering food chains through the process of bioaccumulation and biomagnification. Among the organisms that accumulate microplastics in their tissues are bivalves, organisms of great ecological and economic importance and which, due to the negative effects of microplastics, their contamination can be a major threat to biodiversity and human food security. Therefore, this work aimed to evaluate the presence of microplastics in oysters (Crassostrea sp.) collected in the Cocó river estuary (Fortaleza, Ceará). The animals were found quarterly for a year, manually, in the roots of Rhizophora mangle and in the pillars of the bridge over the Rio Cocó. Subsequently, the organisms were subjected to the digestion/filtration process to separate the microplastic particles. The microplastics present in the samples were identified and separated into categories according to color, shape and size. The results revealed that 53% of individuals had microplastics in their tissues. The particles found were found in fibers (57%), films (38%) and fragments (5%), with sizes between 0.10 mm and 4.44 mm. The results also revealed that animals with greater weight tend to accumulate larger microplastics. Although pioneering studies in the region, these results are similar to others already found in the literature, which denotes a need to develop efficient conservation strategies focused on plastic pollution in estuarine environments, since the presence of microplastics in animals can have negative effects on biodiversity. Furthermore, raise an alert about food safety, considering that many people use these organisms for subsistence, whether for local consumption or for sale.33 f.Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSBrasilUFERSAUniversidade Federal Rural do Semi-ÁridoRabelo, Emanuelle FonteneleRabelo, Emanuelle FonteneleSoares, Marcelo de OliveiraGarcia, Tatiane MartinsOliveira, Rilari Carla Maia2024-01-18T13:06:16Z2024-01-18T13:06:16Z2023-10-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesispdfapplication/pdfOLIVEIRA, Rilari Carla Maia. Microplásticos em Crassostrea sp. (Mollusca: Bivalvia) do estuário do Rio Cocó, Fortaleza, Ceará. 2023. 33 f. TCC (Graduação) - Curso de Ecologia, Centro de Ciências Biológica e da Saúde - CCBS, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, Mossoró/RN, 2023.https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/10136MossoróAttribution-ShareAlike 3.0 BrazilUFERSAhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)instname:Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)instacron:UFERSA2024-01-18T21:06:16Zoai:repositorio.ufersa.edu.br:prefix/10136Repositório Institucionalhttps://repositorio.ufersa.edu.br/PUBhttps://repositorio.ufersa.edu.br/server/oai/requestrepositorio@ufersa.edu.br || admrepositorio@ufersa.edu.bropendoar:2024-01-18T21:06:16Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)false |
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