Avaliação das técnicas de criopreservação da pele e cartilagem auricular apical de Galea spixii (Wagler, 1831)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Olindo, Samara Lima
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/10327
Resumo: A ordem Rodentia é constituída por uma variedade de espécies de pequeno a grande porte, e destes, o Galea spixii é um representante de importante papel ecológico, econômico e científico. Buscando contribuir para a conservação e conhecimento da espécie, bancos de tecidos somáticos representam um passo significativo para o uso destas amostras como estratégias de conservação, sendo o estabelecimento adequado dos protocolos de criopreservação tecidual a primeira etapa da formação destes bancos. Portanto, o objetivo foi comparar duas técnicas de criopreservação tecidual (vitrificação em superfície sólida vs. congelação lenta) na conservação de tecidos somáticos de G. spixii. Para tanto, tecidos somáticos derivados de biópsias do pavilhão auricular apical de quatro G. spixii machos e adultos pertencentes ao Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS/UFERSA) foram coletados, e transportados ao laboratório em meio essencial mínimo modificado por Dulbecco (DMEM) acrescido de 10% de soro fetal bovino (SFB) e 2% de solução de antibióticos­antimicótico. No laboratório, as amostras foram tricotomizadas, fragmentadas em 9,0 mm3 e distribuídas, aleatoriamente, entre os grupos: i) grupo controle (não criopreservado); ii) vitrificação em superfície sólida (VSS) e iii) congelação lenta (CL). Para a CL, DMEM em associação a 10% de dimetilsulfóxido (DMSO), 10% de SFB e sacarose (SAC; 0,2 M) foram empregados como solução de criopreservação, enquanto para a VSS, 3,0 M de DMSO em associação a 3,0 M de etilenoglicol (EG) e 0,25 M de SAC foram empregados. Tecidos somáticos foram avaliados quanto às suas características morfológicas, morfométricas e proliferativas por técnicas histológicas. Além disso, fragmentos foram submetidos ao cultivo primário, onde foi observada a viabilidade, atividade proliferativa e metabólica, e níveis apoptóticos das células recuperadas. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão, considerando um animal/uma repetição. Os dados foram analisados pelo software GraphPad, considerando P < 0,05. Para a análise da espessura da pele, apenas a córnea sofreu alteração após a criopreservação por VSS (0,99 ± 0,31 μm), quando comparada ao controle (0,81 ± 0,16 μm). Já na epiderme, derme e pele total, não foi verificado diferença entre os grupos avaliados. Em relação à quantificação celular, a VSS (77 ± 17,8) se mostrou similar ao controle (81 ± 18,9) quanto ao número de células da epiderme, enquanto a CL (22 ± 3,93) apresentou um maior número de halos perinucleares quando comparado ao controle (19 ± 3,97). Na derme, o número de fibroblastos manteve­se similar entre os grupos experimentais, apesar da técnica por CL ter apresentado um menor percentual de fibras colágenas. Após a avaliação da cartilagem, foi observado que a VSS continha um maior número de condrócitos degenerados. Contudo, a CL apresentou um menor número de condrócitos normais e lacunas preenchidas. Ainda, a técnica por CL (1,65 ± 0,47) revelou uma maior área de AgNOR/célula quando comparado ao controle (1,07 ± 0,14) e VSS (1,30 ± 0,31). Após o cultivo in vitro dos tecidos somáticos, não foi observada diferença após a análise da viabilidade celular e atividade metabólica, demonstrando uma eficiência das técnicas empregadas. Embora isso tenha ocorrido, as células pertencentes aos tecidos da VSS (34,1 h ± 2,9) necessitaram de um maior tempo para duplicar­se quando comparado ao controle (19,6 h ± 4,3) e CL (24,4 h ± 2,9). Quanto aos níveis apoptóticos, foi observado que a CL continha um maior número de células em apoptose tardia (22,3 ± 4,2) e necróticas (5,6 ± 2,2) quando comparado a técnica por VSS (5,8 ± 1,6; 0,4 ± 0,3, respectivamente). Em síntese, os protocolos de criopreservação foram eficientemente empregados em pele e cartilagem auricular de G. spixii. Contudo, considerando a manutenção da arquitetura estrutural do tecido após a avaliação por histologia e cultivo in vitro, a técnica por VSS se destaca em virtude da sua fácil execução, baixo custo e por oferecer a possibilidade de aplicação em campo. Portanto, com essas informações, foi possível compreender algumas das etapas envolvidas para a formação de bancos somáticos para o G. spixii.
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Portanto, o objetivo foi comparar duas técnicas de criopreservação tecidual (vitrificação em superfície sólida vs. congelação lenta) na conservação de tecidos somáticos de G. spixii. Para tanto, tecidos somáticos derivados de biópsias do pavilhão auricular apical de quatro G. spixii machos e adultos pertencentes ao Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS/UFERSA) foram coletados, e transportados ao laboratório em meio essencial mínimo modificado por Dulbecco (DMEM) acrescido de 10% de soro fetal bovino (SFB) e 2% de solução de antibióticos­antimicótico. No laboratório, as amostras foram tricotomizadas, fragmentadas em 9,0 mm3 e distribuídas, aleatoriamente, entre os grupos: i) grupo controle (não criopreservado); ii) vitrificação em superfície sólida (VSS) e iii) congelação lenta (CL). Para a CL, DMEM em associação a 10% de dimetilsulfóxido (DMSO), 10% de SFB e sacarose (SAC; 0,2 M) foram empregados como solução de criopreservação, enquanto para a VSS, 3,0 M de DMSO em associação a 3,0 M de etilenoglicol (EG) e 0,25 M de SAC foram empregados. Tecidos somáticos foram avaliados quanto às suas características morfológicas, morfométricas e proliferativas por técnicas histológicas. Além disso, fragmentos foram submetidos ao cultivo primário, onde foi observada a viabilidade, atividade proliferativa e metabólica, e níveis apoptóticos das células recuperadas. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão, considerando um animal/uma repetição. Os dados foram analisados pelo software GraphPad, considerando P < 0,05. Para a análise da espessura da pele, apenas a córnea sofreu alteração após a criopreservação por VSS (0,99 ± 0,31 μm), quando comparada ao controle (0,81 ± 0,16 μm). Já na epiderme, derme e pele total, não foi verificado diferença entre os grupos avaliados. Em relação à quantificação celular, a VSS (77 ± 17,8) se mostrou similar ao controle (81 ± 18,9) quanto ao número de células da epiderme, enquanto a CL (22 ± 3,93) apresentou um maior número de halos perinucleares quando comparado ao controle (19 ± 3,97). Na derme, o número de fibroblastos manteve­se similar entre os grupos experimentais, apesar da técnica por CL ter apresentado um menor percentual de fibras colágenas. Após a avaliação da cartilagem, foi observado que a VSS continha um maior número de condrócitos degenerados. Contudo, a CL apresentou um menor número de condrócitos normais e lacunas preenchidas. Ainda, a técnica por CL (1,65 ± 0,47) revelou uma maior área de AgNOR/célula quando comparado ao controle (1,07 ± 0,14) e VSS (1,30 ± 0,31). Após o cultivo in vitro dos tecidos somáticos, não foi observada diferença após a análise da viabilidade celular e atividade metabólica, demonstrando uma eficiência das técnicas empregadas. Embora isso tenha ocorrido, as células pertencentes aos tecidos da VSS (34,1 h ± 2,9) necessitaram de um maior tempo para duplicar­se quando comparado ao controle (19,6 h ± 4,3) e CL (24,4 h ± 2,9). Quanto aos níveis apoptóticos, foi observado que a CL continha um maior número de células em apoptose tardia (22,3 ± 4,2) e necróticas (5,6 ± 2,2) quando comparado a técnica por VSS (5,8 ± 1,6; 0,4 ± 0,3, respectivamente). Em síntese, os protocolos de criopreservação foram eficientemente empregados em pele e cartilagem auricular de G. spixii. Contudo, considerando a manutenção da arquitetura estrutural do tecido após a avaliação por histologia e cultivo in vitro, a técnica por VSS se destaca em virtude da sua fácil execução, baixo custo e por oferecer a possibilidade de aplicação em campo. Portanto, com essas informações, foi possível compreender algumas das etapas envolvidas para a formação de bancos somáticos para o G. spixii.The order Rodentia is composed of a variety of species from small to large, and of these, the Galea spixii is a representative of important ecological, economic, and scientific role. Seeking to contribute to the conservation and knowledge of the species, somatic tissue banks represent a significant step towards the use of these samples as conservation strategies, and the adequate establishment of tissue cryopreservation protocols is the first step in the formation of these banks. Therefore, the aim was to compare two techniques of tissue cryopreservation (solid­surface vitrification vs. slow freezing) in the conservation of ear cartilage and skin of G. spixii. For this purpose, somatic tissues derived from ear apical skin biopsies of four adult male G. spixii belonging to the Center for Multiplication of Wild Animals (CEMAS/UFERSA) were collected and transported to the laboratory in Dulbecco's modified minimal essential medium (DMEM) plus 10% fetal bovine serum (FBS) and 2% antibiotic- antimycotic solution. In the laboratory, the samples were trichotomized, fragmented in 9.0 mm3 and randomly distributed among the groups: i) control group (not cryopreserved); ii) solid­surface vitrification (SSV) and iii) slow freezing (SF). For SF, DMEM in association with 10% dimethyl sulfoxide (DMSO), 10% FBS and sucrose (SUC; 0.2 M) were employed as cryopreservation solution, while for SSV, 3.0 M DMSO in association with 3.0 M ethylene glycol (EG) and 0.25 M SUC were employed. Somatic tissues were evaluated for their morphological, morphometric, and proliferative characteristics by histological techniques. Moreover, fragments were subjected to primary culture, where viability, proliferative and metabolic activity, and apoptotic levels were observed in the recovered cell. The results were expressed as mean ± standard error, considering one animal/one repetition. Finally, the data were analyzed by GraphPad software, considering P < 0.05. For the analysis of skin thickness, only the cornea was altered after cryopreservation by SSV (0.99 ± 0.31 μm), when compared to the control (0.81 ± 0.16 μm). In the epidermis, dermis, and total skin, there was no significant difference between the groups. Regarding cell quantification, the SSV (77 ± 17.8) was similar to the control (81 ± 18.9) regarding the number of epidermal cells, while the SF (22 ± 3.93) showed a higher number of perinuclear halos when compared to the control (19 ± 3.97). In the dermis, the number of fibroblasts remained similar between the experimental groups, although the SF technique showed a lower percentage of collagen fibers. After cartilage evaluation, it was observed that the SSV technique contained a higher number of degenerated chondrocytes. However, the SF technique showed a lower number of normal chondrocytes and filled gaps. Also, the SF technique (1.65 ± 0.47) revealed a larger AgNOR/cell area when compared to control (1.07 ± 0.14) and SSV (1.30 ± 0.31). After in vitro culture of the somatic tissues, no significant difference was observed after analysis of cell viability and metabolic activity, demonstrating an efficiency of the techniques employed. Although this occurred, cells belonging to SSV tissues (34.1 h ± 2.9) required a longer time to duplicate when compared to control (19.6 h ± 4.3) and SF (24.4 h ± 2.9). Finally, on the apoptotic levels, it was observed that the SF technique contained a higher number of cells in late apoptosis (22.3 ± 4.2) and necrotic (5.6 ± 2.2) when compared to the SSV technique (5.8 ± 1.6; 0.4 ± 0.3, respectively). In summary, the cryopreservation protocols were efficiently employed in ear cartilage and skin of G. spixii. However, considering the maintenance of the structural architecture of the tissue after evaluation by histology and in vitro culture, the SSV technique stands out due to its easy execution, low cost and for offering the possibility of application in the field. Therefore, with this information, it was possible to understand some of the steps involved in the formation of somatic banks for G. spixii.68 f.Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSBrasilUFERSAUniversidade Federal Rural do Semi-ÁridoPereira, Alexsandra FernandesPereira, Alexsandra FernandesOliveira, Radan Elvis Matias deAquino, Leonardo Vitorino Costa deOlindo, Samara Lima2024-01-29T19:52:09Z2024-01-29T19:52:09Z2023-09-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesispdfapplication/pdfOLINDO, Samara Lima. Avaliação das técnicas de criopreservação da pele e cartilagem auricular apical de Galea spixii (Wagler, 1831). 2023. 68 f. TCC (Graduação) - Curso de Biotecnologia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufersa.edu.br/home. Acesso em: 11 jan. 2024.https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/10327MossoróAttribution-ShareAlike 3.0 BrazilUFERSAhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)instname:Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)instacron:UFERSA2024-02-23T19:43:26Zoai:repositorio.ufersa.edu.br:prefix/10327Repositório Institucionalhttps://repositorio.ufersa.edu.br/PUBhttps://repositorio.ufersa.edu.br/server/oai/requestrepositorio@ufersa.edu.br || admrepositorio@ufersa.edu.bropendoar:2024-02-23T19:43:26Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)false
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description A ordem Rodentia é constituída por uma variedade de espécies de pequeno a grande porte, e destes, o Galea spixii é um representante de importante papel ecológico, econômico e científico. Buscando contribuir para a conservação e conhecimento da espécie, bancos de tecidos somáticos representam um passo significativo para o uso destas amostras como estratégias de conservação, sendo o estabelecimento adequado dos protocolos de criopreservação tecidual a primeira etapa da formação destes bancos. Portanto, o objetivo foi comparar duas técnicas de criopreservação tecidual (vitrificação em superfície sólida vs. congelação lenta) na conservação de tecidos somáticos de G. spixii. Para tanto, tecidos somáticos derivados de biópsias do pavilhão auricular apical de quatro G. spixii machos e adultos pertencentes ao Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS/UFERSA) foram coletados, e transportados ao laboratório em meio essencial mínimo modificado por Dulbecco (DMEM) acrescido de 10% de soro fetal bovino (SFB) e 2% de solução de antibióticos­antimicótico. No laboratório, as amostras foram tricotomizadas, fragmentadas em 9,0 mm3 e distribuídas, aleatoriamente, entre os grupos: i) grupo controle (não criopreservado); ii) vitrificação em superfície sólida (VSS) e iii) congelação lenta (CL). Para a CL, DMEM em associação a 10% de dimetilsulfóxido (DMSO), 10% de SFB e sacarose (SAC; 0,2 M) foram empregados como solução de criopreservação, enquanto para a VSS, 3,0 M de DMSO em associação a 3,0 M de etilenoglicol (EG) e 0,25 M de SAC foram empregados. Tecidos somáticos foram avaliados quanto às suas características morfológicas, morfométricas e proliferativas por técnicas histológicas. Além disso, fragmentos foram submetidos ao cultivo primário, onde foi observada a viabilidade, atividade proliferativa e metabólica, e níveis apoptóticos das células recuperadas. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão, considerando um animal/uma repetição. Os dados foram analisados pelo software GraphPad, considerando P < 0,05. Para a análise da espessura da pele, apenas a córnea sofreu alteração após a criopreservação por VSS (0,99 ± 0,31 μm), quando comparada ao controle (0,81 ± 0,16 μm). Já na epiderme, derme e pele total, não foi verificado diferença entre os grupos avaliados. Em relação à quantificação celular, a VSS (77 ± 17,8) se mostrou similar ao controle (81 ± 18,9) quanto ao número de células da epiderme, enquanto a CL (22 ± 3,93) apresentou um maior número de halos perinucleares quando comparado ao controle (19 ± 3,97). Na derme, o número de fibroblastos manteve­se similar entre os grupos experimentais, apesar da técnica por CL ter apresentado um menor percentual de fibras colágenas. Após a avaliação da cartilagem, foi observado que a VSS continha um maior número de condrócitos degenerados. Contudo, a CL apresentou um menor número de condrócitos normais e lacunas preenchidas. Ainda, a técnica por CL (1,65 ± 0,47) revelou uma maior área de AgNOR/célula quando comparado ao controle (1,07 ± 0,14) e VSS (1,30 ± 0,31). Após o cultivo in vitro dos tecidos somáticos, não foi observada diferença após a análise da viabilidade celular e atividade metabólica, demonstrando uma eficiência das técnicas empregadas. Embora isso tenha ocorrido, as células pertencentes aos tecidos da VSS (34,1 h ± 2,9) necessitaram de um maior tempo para duplicar­se quando comparado ao controle (19,6 h ± 4,3) e CL (24,4 h ± 2,9). Quanto aos níveis apoptóticos, foi observado que a CL continha um maior número de células em apoptose tardia (22,3 ± 4,2) e necróticas (5,6 ± 2,2) quando comparado a técnica por VSS (5,8 ± 1,6; 0,4 ± 0,3, respectivamente). Em síntese, os protocolos de criopreservação foram eficientemente empregados em pele e cartilagem auricular de G. spixii. Contudo, considerando a manutenção da arquitetura estrutural do tecido após a avaliação por histologia e cultivo in vitro, a técnica por VSS se destaca em virtude da sua fácil execução, baixo custo e por oferecer a possibilidade de aplicação em campo. Portanto, com essas informações, foi possível compreender algumas das etapas envolvidas para a formação de bancos somáticos para o G. spixii.
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