Heréticas à margem: os estabelecidos inquisidores e as bruxas 'outsiders'
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Ágora (Vitória) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/18718 |
Resumo: | O presente artigo analisa historicamente os hereges e as heresias, particularmente a feitiçaria perseguida pela Inquisição portuguesa no período Tardo Medieval e Idade Moderna. Muitas mulheres foram acusadas de práticas desviantes que maculavam a ortodoxia religiosa. Quem determinava estas condutas consideradas fora da lei? O que legitima a criminalização de um grupo acusado de heterodoxo? As leis são filhas do tempo no qual foram produzidas e, portanto, é inequívoco o embate entre duas visões de mundo, de um lado, a concepção erudita dos juristas e teólogos os quais definem situações e comportamentos como “certos” ou “errados”; e do outro, a da cultura popular do povo supersticioso. Neste embate, as feiticeiras não tinham a mínima chance de saírem ilesas. As bruxas acuadas e punidas pelos tribunais do Santo Ofício eram mulheres que não se enquadravam na sociedade normativa imposta pela Igreja e pelo Estado? Viveram elas à margem das convenções sociais e determinaram ao seu bel prazer o próprio estilo de vida através de suas crenças e valores? Seriam as feiticeiras proscritas outsiders? |
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Heréticas à margem: os estabelecidos inquisidores e as bruxas 'outsiders'O presente artigo analisa historicamente os hereges e as heresias, particularmente a feitiçaria perseguida pela Inquisição portuguesa no período Tardo Medieval e Idade Moderna. Muitas mulheres foram acusadas de práticas desviantes que maculavam a ortodoxia religiosa. Quem determinava estas condutas consideradas fora da lei? O que legitima a criminalização de um grupo acusado de heterodoxo? As leis são filhas do tempo no qual foram produzidas e, portanto, é inequívoco o embate entre duas visões de mundo, de um lado, a concepção erudita dos juristas e teólogos os quais definem situações e comportamentos como “certos” ou “errados”; e do outro, a da cultura popular do povo supersticioso. Neste embate, as feiticeiras não tinham a mínima chance de saírem ilesas. As bruxas acuadas e punidas pelos tribunais do Santo Ofício eram mulheres que não se enquadravam na sociedade normativa imposta pela Igreja e pelo Estado? Viveram elas à margem das convenções sociais e determinaram ao seu bel prazer o próprio estilo de vida através de suas crenças e valores? Seriam as feiticeiras proscritas outsiders?Programa de Pós-Graduação em História2018-12-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/agora/article/view/18718Revista Ágora; n. 26 (2017); 65-77Ágora Journal; No. 26 (2017); 65-77Revista Ágora; Núm. 26 (2017); 65-771980-0096reponame:Revista Ágora (Vitória)instname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/agora/article/view/18718/12763Copyright (c) 2018 Revista Ágorahttps://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPieroni, GeraldoMartins, Alexandre2020-08-23T21:10:44Zoai:periodicos.ufes.br:article/18718Revistahttps://periodicos.ufes.br/agoraPUBhttps://periodicos.ufes.br/agora/oairevistaagoraufes@gmail.com1980-00961980-0096opendoar:2020-08-23T21:10:44Revista Ágora (Vitória) - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false |
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