“Nêga qui tu tem? Marimbondo sinhá!”: religião afro amazônica e o modernismo de Bruno de Menezes da década de 1920.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galvão Júnior, Heraldo Márcio
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Cardoso Lustosa , Welceli
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Ágora (Vitória)
Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/43293
Resumo: Com o presente trabalho analisamos um poema de Bruno de Menezes, modernista da Amazônia, escrito na década de 1920. Este poema é analisado pela historiografia e pela crítica literária como uma “festa” de negros em que se tem a percepção de características afro-brasileiras. Entretanto, nossa proposta vai no sentido de compreender a narração do episódio enquanto “ritual” espiritual ou religiosidade afro amazônica que contempla características católicas, de religiões de matrizes africanas e de matrizes indígenas. Assim, por meio da reconstrução do episódio não enquanto pessoas dançantes, mas pessoas em transe, compreendemos melhor a cultura, as relações de poder e identitárias deste negro amazônico representado pelo autor. Para isso, reconstruiu-se a biografia do autor, compreendeu-se sua rede de sociabilidade e analisou-se o poema à luz da realidade amazônica da década de 1920.
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spelling “Nêga qui tu tem? Marimbondo sinhá!”: religião afro amazônica e o modernismo de Bruno de Menezes da década de 1920.“Nêga qui tu tem? Marimbondo sinhá!”: the Afro Amazonian religion and the modernism of Bruno de Menezes in the 1920s“Nêga qui tu tem? Marimbondo sinhá!”: la religión afroamazónica y el modernismo de Bruno de Menezes en los años veinteModernismoBruno de MenezesAmazonasbatuqueLiteraturaModernismoBruno de MenezesBruno de MenezesmodernismbatuqueAmazonBruno de MenezesmodernismobatuqueAmazonasCom o presente trabalho analisamos um poema de Bruno de Menezes, modernista da Amazônia, escrito na década de 1920. Este poema é analisado pela historiografia e pela crítica literária como uma “festa” de negros em que se tem a percepção de características afro-brasileiras. Entretanto, nossa proposta vai no sentido de compreender a narração do episódio enquanto “ritual” espiritual ou religiosidade afro amazônica que contempla características católicas, de religiões de matrizes africanas e de matrizes indígenas. Assim, por meio da reconstrução do episódio não enquanto pessoas dançantes, mas pessoas em transe, compreendemos melhor a cultura, as relações de poder e identitárias deste negro amazônico representado pelo autor. Para isso, reconstruiu-se a biografia do autor, compreendeu-se sua rede de sociabilidade e analisou-se o poema à luz da realidade amazônica da década de 1920.With this work we analyze a poem by Bruno de Menezes, a modernist from the Amazon, written in the 1920s. This poem is analyzed by historiography and literary criticism as a “party” of black people in which there is a perception of Afro characteristics. -Brazilian. However, our proposal aims to understand the narration of the episode as a spiritual “ritual” or Afro-Amazonian religiosity that includes Catholic characteristics, religions of African origins and indigenous origins. Thus, by reconstructing the episode not as people dancing, but people in trance, we better understand the culture, power and identity relations of this black Amazonian represented by the author. To this end, the author's biography was reconstructed, his sociability network was understood and the poem was analyzed in light of the Amazonian reality of the 1920s.Com o presente trabalho analisamos um poema de Bruno de Menezes, modernista da Amazônia, escrito na década de 1920. Este poema é analisado pela historiografia e pela crítica literária como uma “festa” de negros em que se tem a percepção de características afro -brasileñas. Sin embargo, nuestra propuesta apunta a entender la narración del episodio como un “ritual” espiritual o religiosidad afroamazónica que incluye características católicas, religiones de origen africano y de origen indígena. Así, al reconstruir el episodio no como personas bailando, sino como personas en trance, entendemos mejor las relaciones culturales, de poder y de identidad de este amazónico negro representado por el autor. Para ello, se reconstruyó la biografía del autor, se comprendió su entramado de sociabilidad y se analizó el poema a la luz de la realidad amazónica de los años veinte.Programa de Pós-Graduação em História2024-03-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTextoapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/agora/article/view/4329310.47456/e-20243507Revista Ágora; v. 35 (2024); e-20243507Ágora Journal; Vol. 35 (2024); e-20243507Revista Ágora; Vol. 35 (2024); e-202435071980-0096reponame:Revista Ágora (Vitória)instname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/agora/article/view/43293/29795BoaCopyright (c) 2024 Revista Ágorahttps://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGalvão Júnior, Heraldo MárcioCardoso Lustosa , Welceli2024-04-01T19:01:24Zoai:periodicos.ufes.br:article/43293Revistahttps://periodicos.ufes.br/agoraPUBhttps://periodicos.ufes.br/agora/oairevistaagoraufes@gmail.com1980-00961980-0096opendoar:2024-04-01T19:01:24Revista Ágora (Vitória) - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false
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