Drummond e o escritor modernista: a memória sem espetáculo

• Autor(a) principal: Maio, Sandro Roberto
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Contexto: Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras
• Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/contexto/article/view/36765

RESUMO: Na década de 1950, o escritor Carlos Drummond de Andrade, assim como outros escritores de sua geração se voltam para o debate e a elaboração de livros de memórias. Frente aos novos artistas e a incipiente sociedade de espetáculo e cultura de massas, o poeta reage por meio de textos publicados em sua coluna no jornal Correio da Manhã. A partir de tal contexto, o artigo busca observar e refletir sobre como a construção literária mediada pela ideia de memória acaba por ser uma forma de combate aos novos objetos de exposição da modernidade universalizante, cuja emergência se filia à indústria do entretenimento, o que pode ser verificado nas reflexões do poeta. PALAVRAS-CHAVE: Memória; Espetáculo; Escritor; Drummond; Modernistas   REFERÊNCIAS ADORNO, Theodor W. Notas de literatura I. São Paulo: Editora 34, 2003. Tradução Jorge de Almeida. AGAMBEN, Giorgio. O relato e o fogo. São Paulo: Boitempo, 2014. Tradução Andrea Santurbano e Patricia Peterle. ANDRADE. Carlos Drummond de. Nova reunião. 23 livros de poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. ____ . “Maiores de 50 anos”. Correio da Manhã. Suplemento de Literatura e Arte. Domingo, 09 de abril de 1950 ____. “Memórias”. Correio da Manhã, “Suplemento Letras e Artes” em 15 de março de 1953. _____. Passeios na ilha [1952]. SP: Cosac Naify, 2001. 2a edição. ANDRADE, Oswald de. Os dentes do dragão. Entrevistas. Organização, introdução e notas: Maria Eugênia Boaventura. São Paulo: Globo, 2009, 2ª ed. ________. Um homem sem profissão. Memórias e confissões I. Sob as ordens da mamãe. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954. ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. Metrópole e cultura. São Paulo no meio do século XX. São Paulo: EDUSC, 2001. BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 1984. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas I. Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1996. CANDIDO, Antonio. “Introdução”. Formação da Literatura Brasileira (Momentos decisivos). São Paulo: Martins, 1969. ______. “Literatura e cultura de 1900 a 1945”. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2014. CARPEAUX. Otto Maria. História da Literatura Ocidental. São Paulo: Leya, 2011. CASTELO, Rodrigo. “O novo desenvolvimentismo e a decadência ideológica do pensamento econômico brasileiro”. In. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 112, p. 613-636, out./dez. 2012. DANTAS, Vinicius. “O canibal e o capital. A arte do Telefonema de Oswald de Andrade”. In. ABDALA JR., Benjamin  e CARA, Salete de Almeida (orgs). Moderno de nascença. São Paulo: Boitempo, 2007, pp. 151-177. DEBORD, GUY (1997). A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto. IANNI, Octávio. Enigmas da Modernidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. LIMA, Jorge de. Jorge de Lima. Obra completa. Volume I. Organização Afrânio Coutinho. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1958.  MASSI, Augusto. A prosa de Drummond. Cadernos de leitura. São Paulo: Companhia das Letras. Link de acesso: [https://www.companhiadasletras.com.br/sala_professor/pdfs/CL_Drummond_AProsadeCDA.pdf] SANTIAGO, Silviano. “Vale quanto pesa. (A ficção brasileira modernista)”. In: Vale quanto pesa. Ensaios sobre questões político-culturais. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. p. 25-40. WISNIK, José Miguel. Maquinação do mundo. Drummond e a mineração. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.