O NEOBARROCO EM PRIMEIRAS ESTÓRIAS DE GUIMARÃES ROSA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Contexto: Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras |
Texto Completo: | https://periodicos.ufes.br/contexto/article/view/6639 |
Resumo: | O poeta cubano Severo Sarduy fornece algumas ferramentas para interpretar os elementos barrocos encontrados na literatura contemporânea, tais como a artificialização (grande uso de metáforas), a proliferação (progressão metonímica que remete ao significado ausente) e a condensação (troca ou fusão entre elementos fonéticos). Neste artigo, analisa-se como esses mecanismos aparecem na prosa de Guimarães Rosa, tomando como ponto de partida os contos de Primeiras estórias (1962). Procura-se evitar a categorização peremptória da obra de Guimarães Rosa como neobarroca, já que o termo foge a definições estanques e permeia grande parte da arte contemporânea. A crise da representação artística, apontada por Michel Foucault em A palavra e as coisas (1966),é potencializada na prosa poética do autor brasileiro. Assim, ao reagir a um postulado de regionalismo realista, Guimarães Rosa escapa da mera representação do objeto e procura construir sua arte no tecido lingüístico em si. Sua narrativa é um convite ao leitor para uma viagem nos meandros da linguagem, cuja ambigüidade reflete uma ambigüidade da existência. |
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O NEOBARROCO EM PRIMEIRAS ESTÓRIAS DE GUIMARÃES ROSAO poeta cubano Severo Sarduy fornece algumas ferramentas para interpretar os elementos barrocos encontrados na literatura contemporânea, tais como a artificialização (grande uso de metáforas), a proliferação (progressão metonímica que remete ao significado ausente) e a condensação (troca ou fusão entre elementos fonéticos). Neste artigo, analisa-se como esses mecanismos aparecem na prosa de Guimarães Rosa, tomando como ponto de partida os contos de Primeiras estórias (1962). Procura-se evitar a categorização peremptória da obra de Guimarães Rosa como neobarroca, já que o termo foge a definições estanques e permeia grande parte da arte contemporânea. A crise da representação artística, apontada por Michel Foucault em A palavra e as coisas (1966),é potencializada na prosa poética do autor brasileiro. Assim, ao reagir a um postulado de regionalismo realista, Guimarães Rosa escapa da mera representação do objeto e procura construir sua arte no tecido lingüístico em si. Sua narrativa é um convite ao leitor para uma viagem nos meandros da linguagem, cuja ambigüidade reflete uma ambigüidade da existência.Programa de Pós-Graduação em Letras da UFES2009-12-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/contexto/article/view/663910.47456/contexto.v%vi%i.6639Contexto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFES; n. 16 (2009): Dossiê Guimarães RosaContexto; No. 16 (2009): Dossiê Guimarães RosaContexto; Núm. 16 (2009): Dossiê Guimarães Rosa2358-95661519-054410.47456/contexto.v0i16reponame:Contexto: Revista do Programa de Pós-Graduação em Letrasinstname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/contexto/article/view/6639/4872Paganine, Carolinainfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-02-13T10:59:42Zoai:periodicos.ufes.br:article/6639Revistahttps://periodicos.ufes.br/contexto/indexPUBhttps://periodicos.ufes.br/contexto/oairevistacontexto.ppgl@gmail.com2358-95662358-9566opendoar:2023-01-12T16:39:50.730998Contexto: Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false |
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