Histórias de autoidentificação do quilombo Luizes: tensões, disputas e contradições
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Gestão & Conexões |
Texto Completo: | https://periodicos.ufes.br/ppgadm/article/view/34722 |
Resumo: | O objetivo desse estudo é analisar a construção da história de autoidentificação da comunidade Luizes a partir da memória de seus membros. O estudo foi feito por meio das narrativas anciãs do Quilombo Luizes em entrevistas não estruturadas. As histórias e memórias evidenciaram alguns achados dentre os quais: i) o discurso de autoidentificação da Comunidade Luizes é marcado por reconhecimento positivo do termo, mas não por todas as pessoas da comunidade, o que indica que a homogeneidade não é condição para a existência de uma organização; ii) a autoidentificação quilombola é um discurso atravessado por outros diversos, que exercem tensões e disputas em torno do significado; iii) as contradições observadas não dizem respeito a incoerência de seus membros, antes, porém, estão ligadas a uma sociedade constituída no racismo estrutural que levou a invisibilização de histórias e apagamento de humanidades. |
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Histórias de autoidentificação do quilombo Luizes: tensões, disputas e contradiçõesSPEECH AND SELF-IDENTIFICATION: HABLA Y AUTODENTIFICACIÓN: HISTORIA Y MEMORIA DE UNA COMUNIDAD KILOMBOLAQuilombolasHistóriaMemóriaDiscursoAutoidentificaçãoEstudos OrganizacionaisQuilombosMemóriaHistóriaO objetivo desse estudo é analisar a construção da história de autoidentificação da comunidade Luizes a partir da memória de seus membros. O estudo foi feito por meio das narrativas anciãs do Quilombo Luizes em entrevistas não estruturadas. As histórias e memórias evidenciaram alguns achados dentre os quais: i) o discurso de autoidentificação da Comunidade Luizes é marcado por reconhecimento positivo do termo, mas não por todas as pessoas da comunidade, o que indica que a homogeneidade não é condição para a existência de uma organização; ii) a autoidentificação quilombola é um discurso atravessado por outros diversos, que exercem tensões e disputas em torno do significado; iii) as contradições observadas não dizem respeito a incoerência de seus membros, antes, porém, estão ligadas a uma sociedade constituída no racismo estrutural que levou a invisibilização de histórias e apagamento de humanidades. El problema de este estudio es cómo se puede construir la historia de la autoidentificación en la comunidad de Luizes a partir de la memoria de sus miembros. El trabajo se realizó a través de las viejas narrativas del quilombo Luize en entrevistas no estructuradas. Los relatos y memorias arrojaron algunos hallazgos, entre los cuales: i) el discurso de autoidentificación de la Comunidad Luizes está marcado por el reconocimiento positivo del término, pero no por parte de todas las personas de la comunidad, lo que indica que la homogeneidad no es una condición para la existencia de una organización, ii) la autoidentificación quilombola es un discurso atravesado por varios otros, que ejercen tensiones y disputas en torno al significado, iii) las contradicciones observadas no se relacionan con la incoherencia de sus miembros, sino que están vinculadas a una sociedad constituida en estructura racismo que llevó a la invisibilidad de las historias y al borrado de las humanidades.The problem with this study is how the history of self-identification in the Luizes community can be constructed from the memory of its members. The work was done through the quilombo Luizes' old narratives in unstructured interviews. The stories and memories showed some findings, among which: i) the Luizes Community's self-identification discourse is marked by positive recognition of the term, but not by all people in the community, which indicates that homogeneity is not a condition for the existence of an organization, ii) quilombola self-identification is a discourse crossed by several others, which exert tensions and disputes around the meaning, iii) the contradictions observed do not relate to the incoherence of its members, but are linked to a constituted society in structural racism that led to the invisibility of stories and the erasure of humanities.Universidade Federal do Espírito Santo2021-04-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/ppgadm/article/view/3472210.47456/regec.2317-5087.2020.9.3.34722.147-167Revista Gestão & Conexões; v. 9 n. 3 (2020); 147-167Management and Connections Journal; Vol. 9 No. 3 (2020); 147-1672317-5087reponame:Gestão & Conexõesinstname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/ppgadm/article/view/34722/23314Copyright (c) 2021 Revista Gestão & Conexõesinfo:eu-repo/semantics/openAccess Silva, Elisângela de Jesus Furtado da2022-05-19T00:32:03Zoai:periodicos.ufes.br:article/34722Revistahttps://periodicos.ufes.br/ppgadmPUBhttps://periodicos.ufes.br/ppgadm/oaigestao.conexoes@gmail.com||gestaoeconexoes@gmail.com2317-50872317-5087opendoar:2022-05-19T00:32:03Gestão & Conexões - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false |
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