Juventudes “encerradas”: extermínio e aprisionamento segundo opressões de classe, raça e gênero

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gershenson, Beatriz
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Gomes Ferreira, Guilherme, de Freitas Ávila, Lisélen, Oliveira Jacques, Carla
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Argumentum (Vitória)
Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/13724
Resumo: Temos presenciado um clamor cada vez maior por políticas de recrudescimento penal e de punição das classes consideradas perigosas, que não por acaso são aquelas que experimentam processos intensos de vulnerabilidade socioeconômica ao mesmo tempo em que também se caracterizam como oprimidas segundo outros marcadores como raça/etnia e gênero. Esse populismo punitivo, portanto, é dirigido especialmente às juventudes, população que mais é exterminada e aprisionada no Brasil. O intento deste trabalho – fruto de revisão teórica crítica como etapa de projeto de investigação atualmente em curso – é estabelecer relações entre os sistemas de opressão de classe, raça e gênero e a vulnerabilidade e seletividade penal experimentadas pelas juventudes brasileiras. Nossa hipótese é que marcadores sociais determinados aprofundam e acirram as possibilidades de as juventudes periféricas serem consideradas uma população passível de extermínio e aprisionamento, sendo suas vidas consideradas abjetas e desqualificadas no processo de produção e reprodução social.
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