Imigração, Internacionalismo e Solidariedade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Argumentum (Vitória) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/27030 |
Resumo: | O presente artigo tem como objetivo demonstrar que a imigração, tema que divide a sociedade Europeia, está relacionada com um fator objetivo - o valor da massa salarial e a segurança no emprego. As políticas migratórias do lado dos Estados europeus têm respondido prioritariamente à gestão da força de trabalho e não em primeiro lugar – nem principalmente - a causas humanitárias ou de inspiração multicultural. As políticas de incentivo à imigração para reverter a escassez de força de trabalho, para a Europa ser “competitiva” no quadro da concorrência globalizada, longe de responder a chamada “crise demográfica”, constitui a grande “válvula de escape” do modo de acumulação capitalista hoje. Com essas políticas há uma queda real do salário dos trabalhadores, inserindo a concorrência massiva – de dois lados: deslocalização de fábricas e empresas da Europa para fora; deslocalização de trabalhadores da periferia para o centro ou da semi-periferia. Este contexto, embora tenha criado concorrência entre trabalhadores rebaixando o salário de todos à escala mundial, pode ter criado também o seu contrário - o internacionalismo e a solidariedade, como observado na greve protagonizada pelos portuários de Portugal, em contestação às relações laborais precárias. |
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Imigração, Internacionalismo e SolidariedadeO presente artigo tem como objetivo demonstrar que a imigração, tema que divide a sociedade Europeia, está relacionada com um fator objetivo - o valor da massa salarial e a segurança no emprego. As políticas migratórias do lado dos Estados europeus têm respondido prioritariamente à gestão da força de trabalho e não em primeiro lugar – nem principalmente - a causas humanitárias ou de inspiração multicultural. As políticas de incentivo à imigração para reverter a escassez de força de trabalho, para a Europa ser “competitiva” no quadro da concorrência globalizada, longe de responder a chamada “crise demográfica”, constitui a grande “válvula de escape” do modo de acumulação capitalista hoje. Com essas políticas há uma queda real do salário dos trabalhadores, inserindo a concorrência massiva – de dois lados: deslocalização de fábricas e empresas da Europa para fora; deslocalização de trabalhadores da periferia para o centro ou da semi-periferia. Este contexto, embora tenha criado concorrência entre trabalhadores rebaixando o salário de todos à escala mundial, pode ter criado também o seu contrário - o internacionalismo e a solidariedade, como observado na greve protagonizada pelos portuários de Portugal, em contestação às relações laborais precárias.Programa de Pós-Graduação em Política Social da UFES2019-08-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/2703010.18315/argumentum.v11i2.27030Argumentum; v. 11 n. 2 (2019): Violência estatal e paraestatal no Brasil contemporâneo; 210-224Argumentum; Vol. 11 No. 2 (2019): Violência estatal e paraestatal no Brasil contemporâneo; 210-2242176-957510.18315/argumentum.v11i2reponame:Argumentum (Vitória)instname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/27030/18507Copyright (c) 2019 Argumentuminfo:eu-repo/semantics/openAccessVarela, Raquel Cordeira2019-11-13T20:54:18Zoai:periodicos.ufes.br:article/27030Revistahttp://periodicos.ufes.br/argumentumPUBhttps://periodicos.ufes.br/argumentum/oairevistaargumentum@ufes.br2176-95752176-9575opendoar:2019-11-13T20:54:18Argumentum (Vitória) - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false |
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