Esparta e o Oriente entre os Períodos Arcaico e Clássico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral Bernardo, Gabriel
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Romanitas
Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/30135
Resumo: A história de Esparta é geralmente dividida entre os Períodos Arcaico e Clássico, caracterizados, respectivamente, pela abertura a influências externas e pelo posterior bloqueio dessas. Entretanto, uma análise mais cuidadosa da relação entre Esparta e o Oriente Próximo pode mostrar, nesses dois períodos, um continuum e não fases completamente diferentes de uma mesma sociedade. Considerando a cultura material espartana e as evidências literárias dos períodos Arcaico e Clássico, temos um quadro em que Esparta manteve sim alguma inserção nas redes do Mediterrâneo oriental, mas indiretamente, associando-se a cidades ou agentes já bem estabelecidos nessas redes. Nesse sentido, Esparta não mudou completamente de atitude em relação às suas relações “internacionais”, mas manteve a mesma lógica de conexão, investindo apenas na conectividade que respondia às suas demandas internas específicas.
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spelling Esparta e o Oriente entre os Períodos Arcaico e ClássicoSparte et l'Orient entre les Périodes Archaïque et ClassiqueSparta e l'Oriente tra il Periodo Arcaico e ClassicoSparta and the East between the Archaic and Classical PeriodsEsparta y el Oriente entre los Períodos Arcaico y ClásicoSpartaMediterraneoConnettivitàVicino OrienteSparteMéditerranéenConnectivitéProche OrientEspartaMediterrâneoConectividadeOriente PróximoEspartaMediterráneoConectividadPróximo OrienteSpartaMediterraneanConnectivityNear EastA história de Esparta é geralmente dividida entre os Períodos Arcaico e Clássico, caracterizados, respectivamente, pela abertura a influências externas e pelo posterior bloqueio dessas. Entretanto, uma análise mais cuidadosa da relação entre Esparta e o Oriente Próximo pode mostrar, nesses dois períodos, um continuum e não fases completamente diferentes de uma mesma sociedade. Considerando a cultura material espartana e as evidências literárias dos períodos Arcaico e Clássico, temos um quadro em que Esparta manteve sim alguma inserção nas redes do Mediterrâneo oriental, mas indiretamente, associando-se a cidades ou agentes já bem estabelecidos nessas redes. Nesse sentido, Esparta não mudou completamente de atitude em relação às suas relações “internacionais”, mas manteve a mesma lógica de conexão, investindo apenas na conectividade que respondia às suas demandas internas específicas.La storia di Sparta è generalmente divisa tra i periodi arcaico e classico, questi caratterizzati, rispettivamente, dall'apertura alle influenze esterne e dal suo conseguente blocco. Tuttavia, un'analisi più approfondita del rapporto tra Sparta e il Vicino Oriente può mostrare, in questi due periodi, un continuum e non fasi completamente diverse della stessa società. Considerando la cultura materiale spartana e le evidenze letterarie dei periodi arcaico e classico, abbiamo un quadro in cui Sparta mantenne un certo inserimento nelle reti del Mediterraneo orientale, ma indirettamente, associandosi a città o agenti già ben stabiliti in queste reti. In questo senso, Sparta non cambiò completamente il suo atteggiamento nei confronti delle sue relazioni "internazionali", ma mantenne la stessa logica di connessione, investendo solo nella connettività che rispondeva alle sue specifiche esigenze interne.La historia de Esparta generalmente se divide entre los períodos arcaico y clásico, estos caracterizados, respectivamente, por la apertura a las influencias externas y su posterior bloqueo. Sin embargo, un análisis más detallado de la relación entre Esparta y el Cercano Oriente puede mostrar, en estos dos períodos, un continuo en lugar de fases completamente diferentes de la misma sociedad. Teniendo en cuenta la cultura material espartana y las evidencias literarias de los períodos arcaico y clásico, tenemos una imagen en la que Esparta mantuvo cierta inserción en las redes del Mediterráneo oriental, pero indirectamente, asociándose con ciudades o agentes ya bien establecidos en estas redes. En este sentido, Sparta no cambió por completo su actitud hacia sus relaciones "internacionales", sino que mantuvo la misma lógica de conexión, invirtiendo solo en la conectividad que respondía a sus demandas internas específicas.The history of Sparta is usually divided between the Archaic and Classical periods, these characterized, respectively, by openness to external influences and its subsequent blockage. However, a closer analysis of the relationship between Sparta and the Near East may show, in these two periods, a continuum rather than completely different phases of the same society. Considering the Spartan material culture and the literary evidences of the Archaic and Classical periods, we have a picture in which Sparta did maintain some insertion in the Eastern Mediterranean networks, but indirectly, associating itself with cities or agents already well established in these networks. In this sense, Sparta did not completely changed its attitude towards its “international” relations, but maintained the same logic of connection, investing only in the connectivity that responded to its specific internal demands.L'histoire de Sparte est généralement divisée entre les périodes archaïque et classique, caractérisées respectivement par l'ouverture aux influences extérieures et son blocage ultérieur. Cependant, une analyse plus approfondie de la relation entre Sparte et le Proche-Orient peut montrer, dans ces deux périodes, un continuum plutôt que des phases complètement différentes d'une même société. Compte tenu de la culture matérielle spartiate et des évidences littéraires des périodes archaïque et classique, nous avons une image dans laquelle Sparte a maintenu une certaine insertion dans les réseaux de la Méditerranée orientale, mais indirectement, en s'associant à des villes ou des agents déjà bien établis dans ces réseaux. En ce sens, Sparte n'a pas complètement changé d'attitude vis-à-vis de ses relations «internationales», mais a conservé la même logique de connexion, investissant uniquement dans la connectivité qui répondait à ses demandes internes spécifiques.Portal de Periódicos da Ufes2020-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/3013510.17648/rom.v0i15.30135Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos; N. 15 (2020): janeiro-junho; 75-94Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos; n. 15 (2020): janeiro-junho; 75-94Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos; No. 15 (2020): janeiro-junho; 75-94Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos; Núm. 15 (2020): janeiro-junho; 75-94Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos; No 15 (2020): janeiro-junho; 75-942318-930410.17648/rom.v0i15reponame:Romanitasinstname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/30135/21204Copyright (c) 2020 Gabriel Cabral Bernardohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCabral Bernardo, Gabriel2023-08-14T20:25:20Zoai:periodicos.ufes.br:article/30135Revistahttps://periodicos.ufes.br/romanitasPUBhttps://periodicos.ufes.br/romanitas/oaigil-ventura@uol.com.br || es.leir@gmail.com2318-93042318-9304opendoar:2023-08-14T20:25:20Romanitas - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false
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