Análise da estruturação da paisagem costeira do Espírito Santo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) |
Texto Completo: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/9141 |
Resumo: | A estruturação da paisagem costeira foi avaliada a partir de uma série temporal produzida através de um conjunto de mapas de uso e cobertura do solo para as décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010. Os mapas foram produzidos a partir da classificação supervisionada de imagens orbitais do satélite Landsat 5, através do algoritmo classificador Bathhacharia. Os índices de estruturação da paisagem calculados através do software Fragstats foram analisados a nível de classe e fragmento. Para a análise da evolução temporal do uso e ocupação da paisagem foram aplicados os índices PLAND (porcentagem da paisagem) e CA (área da classe), já para a análise da estruturação da paisagem costeira foram empregados os índices PLAND (porcentagem da paisagem), AREA_MN (área média dos fragmentos), AREA_AM (área média ponderada por área dos fragmentos), NP (número de Fragmentos), ENN_MN (distância média euclidiana do vizinho mais próximo), PROX_MN (índices de proximidade média) SHAPE_AM (índice de forma). Através da análise da paisagem foi possível observar uma quase equiparação entre os sistemas naturais e semi-naturais e uma predominância dos mesmos sobre o sistema urbano-industrial. A partir das 12 classes analisadas foi possível identificar que a paisagem costeira do Espírito Santo compõe um mosaico extremamente heterogêneo em termos de distribuição e composição. A partir dos conceitos apresentados por Forman e Godron (1986) a classe pastagem constitui a matriz da paisagem costeira do estado, sendo o tipo de uso de solo predominante na área de estudo, apresentando o maior grau de conectividade. Os ecossistemas naturais Floresta, Restinga e Mangue, analisados para a região costeira do Espírito Santo apresentaram estruturação bastante variada. A classe Floresta apresentou uma grande quantidade de fragmentos, com tamanhos bastante variados e ligeiramente próximos, indicando uma grande fragmentação dos ecossistemas. A classe Restinga por sua vez, apresentou-se distribuída ao longo da paisagem em uma quantidade reduzida de fragmentos e com tamanhos médios superiores à classe floresta, apresentando-se ainda relativamente próximos, indicado que as áreas de restinga ainda se encontram relativamente preservadas e conectadas. Os ecossistemas Manguezais estão distribuídos ao longo da paisagem em manchas, localizadas nos principais estuários do estado; sua participação na paisagem costeira foi bem mais modesta, apresentando poucos fragmentos com tamanho relativamente pequenos se comparados com as classes Floresta e Restinga. As áreas urbanas e industrias presentes no estado do Espírito Santo vêm apresentando um constante crescimento ao longo do período analisado. A partir da comparação feita com o estudo realizado por Lorena et al (2013), fica evidente a caráter antropizado da linha de costa do Espírito Santo, onde observa-se a maior parte da população do estado representada pela região metropolitana da Grande Vitória. Tendo em vista esse caráter antrópico, fica claro a necessidade de proteção, restauração e manutenção dos ecossistemas costeiros do estado. As Unidades de Proteção (UCs) estão distribuídas ao longo de toda a linha de costa. As áreas de manguezais encontram-se em um bom nível de proteção, visto que a maioria dos ecossistemas estão inseridos totalmente ou parcialmente dentro de UCs; entretanto as os ambientes de restinga e remanescentes florestais ainda apresentam-se pouco protegidos por unidades de conservação. Uma estratégia de alocação de unidades de conservação em redes de corredores parece ser a melhor opção para a manutenção da qualidade dos habitats, bem como o estabelecimento de novas fronteiras para as unidades já existentes contemplando fragmentos que se localizam às margens das UCs e uma área de amortecimento para minimizar os efeitos de borda. De uma forma geral, a utilização das medidas de estruturação da paisagem se mostraram uma importante ferramenta para a caracterização, diagnóstico, monitoramento e da região costeira, possuindo potencial aplicação como indicadores da qualidade ambiental para os diversos instrumentos disponível pelo Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro. |
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Barroso, Gilberto FonsecaCancian, Tobias BetzelQuaresma, Valéria da Silva2018-08-01T23:42:39Z2018-08-012018-08-01T23:42:39Z2014-11-28A estruturação da paisagem costeira foi avaliada a partir de uma série temporal produzida através de um conjunto de mapas de uso e cobertura do solo para as décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010. Os mapas foram produzidos a partir da classificação supervisionada de imagens orbitais do satélite Landsat 5, através do algoritmo classificador Bathhacharia. Os índices de estruturação da paisagem calculados através do software Fragstats foram analisados a nível de classe e fragmento. Para a análise da evolução temporal do uso e ocupação da paisagem foram aplicados os índices PLAND (porcentagem da paisagem) e CA (área da classe), já para a análise da estruturação da paisagem costeira foram empregados os índices PLAND (porcentagem da paisagem), AREA_MN (área média dos fragmentos), AREA_AM (área média ponderada por área dos fragmentos), NP (número de Fragmentos), ENN_MN (distância média euclidiana do vizinho mais próximo), PROX_MN (índices de proximidade média) SHAPE_AM (índice de forma). Através da análise da paisagem foi possível observar uma quase equiparação entre os sistemas naturais e semi-naturais e uma predominância dos mesmos sobre o sistema urbano-industrial. A partir das 12 classes analisadas foi possível identificar que a paisagem costeira do Espírito Santo compõe um mosaico extremamente heterogêneo em termos de distribuição e composição. A partir dos conceitos apresentados por Forman e Godron (1986) a classe pastagem constitui a matriz da paisagem costeira do estado, sendo o tipo de uso de solo predominante na área de estudo, apresentando o maior grau de conectividade. Os ecossistemas naturais Floresta, Restinga e Mangue, analisados para a região costeira do Espírito Santo apresentaram estruturação bastante variada. A classe Floresta apresentou uma grande quantidade de fragmentos, com tamanhos bastante variados e ligeiramente próximos, indicando uma grande fragmentação dos ecossistemas. A classe Restinga por sua vez, apresentou-se distribuída ao longo da paisagem em uma quantidade reduzida de fragmentos e com tamanhos médios superiores à classe floresta, apresentando-se ainda relativamente próximos, indicado que as áreas de restinga ainda se encontram relativamente preservadas e conectadas. Os ecossistemas Manguezais estão distribuídos ao longo da paisagem em manchas, localizadas nos principais estuários do estado; sua participação na paisagem costeira foi bem mais modesta, apresentando poucos fragmentos com tamanho relativamente pequenos se comparados com as classes Floresta e Restinga. As áreas urbanas e industrias presentes no estado do Espírito Santo vêm apresentando um constante crescimento ao longo do período analisado. A partir da comparação feita com o estudo realizado por Lorena et al (2013), fica evidente a caráter antropizado da linha de costa do Espírito Santo, onde observa-se a maior parte da população do estado representada pela região metropolitana da Grande Vitória. Tendo em vista esse caráter antrópico, fica claro a necessidade de proteção, restauração e manutenção dos ecossistemas costeiros do estado. As Unidades de Proteção (UCs) estão distribuídas ao longo de toda a linha de costa. As áreas de manguezais encontram-se em um bom nível de proteção, visto que a maioria dos ecossistemas estão inseridos totalmente ou parcialmente dentro de UCs; entretanto as os ambientes de restinga e remanescentes florestais ainda apresentam-se pouco protegidos por unidades de conservação. Uma estratégia de alocação de unidades de conservação em redes de corredores parece ser a melhor opção para a manutenção da qualidade dos habitats, bem como o estabelecimento de novas fronteiras para as unidades já existentes contemplando fragmentos que se localizam às margens das UCs e uma área de amortecimento para minimizar os efeitos de borda. 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