Religião da arte e tragédia grega na "fenomenologia do Espírito" de G. W. F. Hegel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Marcio Lourenço
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)
Texto Completo: http://repositorio.ufes.br/handle/10/6272
Resumo: The Greek tragedy, in the Hegelian scheme, is situated as an eloquent sign of the final moment of the religion of art, then, is this step that takes place a painful schism between the state law and the family law. Then, in the tragedy, the need of the concept, still unconscious-of-itself, approaches the content of the life of the tragic hero s fate, as well as the language of minstrel ceases to be impersonal (as in epic) and actively participates in this content as actor. He actively participates in the drama and can interfere in the drama, its language indicates the pain of the hero. The ancient tragedy begins, then, to realize the unity of the gods as claimed by the philosophers of antiquity, and will culminate in a comedy in which happens the process of the absolutism of the Self and the passage of the happy consciousness for the unhappy consciousness. The progressive manifestation of the Spirit can be translated by the movement of get out of immediate substance, viewed in the religion of art, which supersedes the moments of the abstract work of art and of the living work of art, resulting in the spiritual work of art. This movement means the output of the substance for himself, because it claims the recognition of their uniqueness by the collective. Moreover, the Self is the creator of the singularity in the religion of art and, in the development of tragedy, is tool for self-knowledge of the Spirit in its moments, in the time, because his self-consciousness reveals itself through the universal powers offended and to seek revenge, because such a religion of art is like the mirror of the Spirit. This content is actually present, therefore, in itself, is a thing, and to the consciousness another. The right upper and the lower receive the significance that the first represents the power that knows, which manifests itself to consciousness, and, the second takes the meaning of power that escapes the consciousness and hides in the underworld of the Erinyes. This same religion of art sharpens the mind and imagination of all spectators to get up a flight to the heights of the consideration of his life in the city, the human and divine right - the first one as the female character, and, the second, the male - in the flow of logical necessity and that is the fate of total Spirit: the tragedy shows that there is no existence that is not already divided in itself and that this opposition is to the highest good of all the unity of the Spirit.
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The ancient tragedy begins, then, to realize the unity of the gods as claimed by the philosophers of antiquity, and will culminate in a comedy in which happens the process of the absolutism of the Self and the passage of the happy consciousness for the unhappy consciousness. The progressive manifestation of the Spirit can be translated by the movement of get out of immediate substance, viewed in the religion of art, which supersedes the moments of the abstract work of art and of the living work of art, resulting in the spiritual work of art. This movement means the output of the substance for himself, because it claims the recognition of their uniqueness by the collective. Moreover, the Self is the creator of the singularity in the religion of art and, in the development of tragedy, is tool for self-knowledge of the Spirit in its moments, in the time, because his self-consciousness reveals itself through the universal powers offended and to seek revenge, because such a religion of art is like the mirror of the Spirit. This content is actually present, therefore, in itself, is a thing, and to the consciousness another. The right upper and the lower receive the significance that the first represents the power that knows, which manifests itself to consciousness, and, the second takes the meaning of power that escapes the consciousness and hides in the underworld of the Erinyes. This same religion of art sharpens the mind and imagination of all spectators to get up a flight to the heights of the consideration of his life in the city, the human and divine right - the first one as the female character, and, the second, the male - in the flow of logical necessity and that is the fate of total Spirit: the tragedy shows that there is no existence that is not already divided in itself and that this opposition is to the highest good of all the unity of the Spirit.A tragédia grega, no esquema hegeliano, é situada como um sinal eloquente do momento final da religião da arte, pois, é nessa etapa que se efetua um doloroso cisma entre as leis do Estado e as leis da família. Então, na tragédia, a necessidade do conceito, ainda inconsciente-de-si, se aproxima do conteúdo de vida do destino do herói trágico, assim como a linguagem do aedo deixa de ser impessoal (como na epopéia) e participa ativamente desse conteúdo como ator. Este participa ativamente do drama e interfere no mesmo, sua linguagem denota o pathos do herói. A tragédia antiga começa, pois, a realizar a unidade dos deuses tão reclamada pelos filósofos da antiguidade, e irá desembocar na comédia onde se processará a absolutização do Si e a passagem da consciência feliz para a consciência infeliz. A progressiva manifestação do Espírito pode ser traduzida pelo movimento de saída da substância imediata, visto na religião da arte, que suprassume os momentos da obra-de-arte abstracta e da obra-de-arte vivente, a resultar na obra-de-arte espiritual. Esse movimento consiste no sair da substância em direção ao Si, pois, este reivindica o reconhecimento da sua singularidade pelo coletivo. Ademais, o Si criador da singularidade na religião da arte e no desembocar da tragédia, é instrumento para o autoconhecimento do Espírito, em seus momentos, no tempo, porquanto, sua consciência-de-si revela-se a si mesma mediante as potências universais ofendidas e que reclamam vingança, pois tal religião da arte é como que um espelho do conteúdo do Espírito. Este conteúdo efetivamente presente é, pois, em-si, uma coisa, e, para a consciência, outra. O direito de cima e o de baixo recebem a significação de que o primeiro representa a potência que sabe e que se manifesta à consciência, e, o segundo toma a significação da potência que se subtrai à consciência e se esconde no mundo subterrâneo das Erínias. Esta mesma religião da arte também aguça o espírito e faz alçar a imaginação e a fantasia de todos os espectadores até às alturas da consideração de sua peculiar vida na cidade, do direito humano e do direito divino um sendo o caráter feminino, e o outro, o masculino no caudal da necessidade lógica e que é o próprio destino do Espírito total. A tragédia mostra para a consciência-de-si que não há existência que não seja já de per si cindida e que tal oposição vem a ser o máximo bem de toda a unidade do Espírito.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorTextGARCIA, Marcio Lourenço. Religião da arte e tragédia grega na "fenomenologia do Espírito" de G. W. F. Hegel. 2013. 86 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2013.http://repositorio.ufes.br/handle/10/6272porUniversidade Federal do Espírito SantoMestrado em FilosofiaPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFESBRSpiritReligious ArtTragedyAbsoluteSplit upReconciliationReligião da ArteCisãoReconciliaçãoEspíritoTragédiaAbsolutoReconciliaçãoArte e religiãoFilosofia e religiãoFilosofia101Religião da arte e tragédia grega na "fenomenologia do Espírito" de G. W. F. 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