Anuros de ilhas continentais: vicariância ou dispersão?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) |
Texto Completo: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/6892 |
Resumo: | A utilização de ilhas para estudos de eventos evolutivos trouxe importantes respostas para o entendimento de processos de isolamento de populações e colonização por poucos indivíduos fundadores. Porém, a maioria desses resultados foram observados em ilha oceânicas, que devido sua formação possui características extremas para estes fatores (isolamento e efeito fundador). Em ilhas continentais, a teoria de biogeografia de ilhas é menos aplicada, devido principalmente à sua proximidade com o continente e ao seu processo de formação. Seu tipo de formação e proximidade com o continente geram a manutenção e surgimento de espécies nas ilhas que seriam incapazes de se dispersar efetivamente pelo ambiente marinho. Anfíbios são intolerantes à ambientes salinos e altas temperaturas, sendo sua incapacidade de dispersão por ambientes marinhos bem aceita. Dessa forma, a presença de anuros em ilhas oceânicas é um evento extremante raro, porém, comum em ilhas continentais. A existência de sapos em ilhas continentais é atribuída a um evento vicariante durante a elevação do nível do oceano que ocasionou a formação da ilha. Examinamos as espécies Thoropa miliaris e Adenomera marmorata que estão presentes tanto em ilhas continentais quanto na porção costeira continental. Utilizamos a polução insular residente de Ilha Grande na costa sul do Rio de Janeiro e diversas amostras do continente para entender os processos de isolamento e colonização da mesma. Através de análises moleculares com os marcadores mitocondriais 16s e Nd2 elucidamos informações sobre os efeitos da insularização na população, a possibilidade de eventos migratórios e se a colonização da ilha foi devido a um evento vicariante ou dispersivo. A perda da diversidade genética foi visualizada nas duas espécies, sendo condizente com animais isolados em ilhas, como já reportados em outros estudos. T. miliaris se comportou como o esperado para um anuro incapaz de se dispersar por ambiente marinho, apresentado alta divergência com a população costeira e migração tendendo à zero, com separação das populações datando a última grande elevação do nível do mar. Porém, A. marmorata apresentou resultados que indicam alta taxa migratória e uma colonização recente da ilha, compatível com eventos de colonização por dispersão. |
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Costa, Leonora PiresOrnellas, Iago SilvaRocha, Carlos Frederico Duarte daVargas, Sarah Maria2018-03-22T15:49:00Z2018-02-212018-03-22T15:49:00Z2018-02-20A utilização de ilhas para estudos de eventos evolutivos trouxe importantes respostas para o entendimento de processos de isolamento de populações e colonização por poucos indivíduos fundadores. Porém, a maioria desses resultados foram observados em ilha oceânicas, que devido sua formação possui características extremas para estes fatores (isolamento e efeito fundador). Em ilhas continentais, a teoria de biogeografia de ilhas é menos aplicada, devido principalmente à sua proximidade com o continente e ao seu processo de formação. Seu tipo de formação e proximidade com o continente geram a manutenção e surgimento de espécies nas ilhas que seriam incapazes de se dispersar efetivamente pelo ambiente marinho. Anfíbios são intolerantes à ambientes salinos e altas temperaturas, sendo sua incapacidade de dispersão por ambientes marinhos bem aceita. Dessa forma, a presença de anuros em ilhas oceânicas é um evento extremante raro, porém, comum em ilhas continentais. A existência de sapos em ilhas continentais é atribuída a um evento vicariante durante a elevação do nível do oceano que ocasionou a formação da ilha. Examinamos as espécies Thoropa miliaris e Adenomera marmorata que estão presentes tanto em ilhas continentais quanto na porção costeira continental. Utilizamos a polução insular residente de Ilha Grande na costa sul do Rio de Janeiro e diversas amostras do continente para entender os processos de isolamento e colonização da mesma. Através de análises moleculares com os marcadores mitocondriais 16s e Nd2 elucidamos informações sobre os efeitos da insularização na população, a possibilidade de eventos migratórios e se a colonização da ilha foi devido a um evento vicariante ou dispersivo. A perda da diversidade genética foi visualizada nas duas espécies, sendo condizente com animais isolados em ilhas, como já reportados em outros estudos. T. miliaris se comportou como o esperado para um anuro incapaz de se dispersar por ambiente marinho, apresentado alta divergência com a população costeira e migração tendendo à zero, com separação das populações datando a última grande elevação do nível do mar. Porém, A. marmorata apresentou resultados que indicam alta taxa migratória e uma colonização recente da ilha, compatível com eventos de colonização por dispersão.TextORNELLAS, Iago Silva. Anuros de ilhas continentais: vicariância ou dispersão?. 2018. 48 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitória, 2018.http://repositorio.ufes.br/handle/10/6892porUniversidade Federal do Espírito SantoMestrado em Biologia AnimalPrograma de Pós-Graduação em Ciências BiológicasUFESBRAnuros x PopulaçõesEcologia insularAnuros x MigraçãoAnuros x EvoluçãoZoologia57Anuros de ilhas continentais: vicariância ou dispersão?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)instname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESORIGINALIago_Ornellas_Dissertacao.pdfapplication/pdf1486545http://repositorio.ufes.br/bitstreams/38f03d2d-bd3e-4611-a199-e2075afddf94/download66712064171451a03d3d52a161fd10e6MD5110/68922024-07-01 16:23:42.401oai:repositorio.ufes.br:10/6892http://repositorio.ufes.brRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufes.br/oai/requestopendoar:21082024-07-11T14:32:15.388688Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false |
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