Dinâmica sedimentar no Sistema Estuarino do Piraquê-Açu, Aracruz/ES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) |
Texto Completo: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/9136 |
Resumo: | Estuários são ambientes costeiros de enorme importância ambiental, social e econômica. No contexto da dinâmica sedimentar, estes ambientes atuam principalmente como exportadores de sedimento para a plataforma, porém em algumas situações, eles também podem importar material para dentro do sistema. Dentre os principais estuários do estado do Espírito Santo, o Sistema Estuarino do Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim (SEPAPM) destaca-se por possuir a maior área de manguezal do estado (Barroso, 2004). Inúmeros artigos enfocam as características biológicas, químicas, físicas e sedimentológicas desse ambiente (Barroso, 2004; Neves, 2010; Melado, 2011; Leite, 2012; Silva et al., 2013; Monteiro, 2015, dentre outros). Entretanto, ainda há poucas informações sobre a dinâmica sedimentar do SEPAPM. Dessa maneira, o presente trabalho tem como objetivo principal estimar o balanço sedimentar total na seção inferior do estuário sob diferentes condições de maré (sizígia e quadratura) e de vazão fluvial (período seco e chuvoso), assim como avaliar sua contribuição sedimentar para a plataforma. Utilizando dados coletados in situ de corrente, temperatura, salinidade e material particulado em suspensão, foi analisado o comportamento hidrodinâmico dentro do sistema estuarino, bem como a quantificação da carga total de sedimento transportado através de equações de carga de fundo e carga em suspensão propostas por Van Rijn (2007). De um modo geral, o estuário apresentou uma fraca estratificação da coluna d’água, caracterizado, portanto, por um processo de mistura por difusão turbulenta. Fato esse observado através do cálculo do Número de Richardson por camada (RiL), cujos valores ficaram inferiores a 20. A exceção foi o braço norte do estuário (rio Piraquê-Açu), que durante as quadraturas apresentou a formação de uma cunha salina e RiL superior a 20, sendo caracterizado pelo processo dominante de mistura por entranhamento (entrainment). Em relação ao balanço sedimentar, o estuário se comportou como exportador de sedimento em quase todas as campanhas realizadas, com exceção do período de sizígia chuvoso, onde houve importação de sedimento. O transporte de carga em suspensão foi superior ao transporte de carga de fundo em todas as campanhas analisadas, e os períodos de sizígia apresentaram maiores volumes de transporte em relação aos períodos de quadratura. Anualmente, calcula-se que o SEPAPM seja responsável por exportar aproximadamente 10,5 toneladas de sedimento para a plataforma. |
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Quaresma, Valéria da SilvaAlves, Rodolfo TeixeiraJardim, Alex FabianoGallo, Marcos Nicolás2018-08-01T23:42:38Z2018-08-012018-08-01T23:42:38Z2018-07-16Estuários são ambientes costeiros de enorme importância ambiental, social e econômica. No contexto da dinâmica sedimentar, estes ambientes atuam principalmente como exportadores de sedimento para a plataforma, porém em algumas situações, eles também podem importar material para dentro do sistema. Dentre os principais estuários do estado do Espírito Santo, o Sistema Estuarino do Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim (SEPAPM) destaca-se por possuir a maior área de manguezal do estado (Barroso, 2004). Inúmeros artigos enfocam as características biológicas, químicas, físicas e sedimentológicas desse ambiente (Barroso, 2004; Neves, 2010; Melado, 2011; Leite, 2012; Silva et al., 2013; Monteiro, 2015, dentre outros). Entretanto, ainda há poucas informações sobre a dinâmica sedimentar do SEPAPM. Dessa maneira, o presente trabalho tem como objetivo principal estimar o balanço sedimentar total na seção inferior do estuário sob diferentes condições de maré (sizígia e quadratura) e de vazão fluvial (período seco e chuvoso), assim como avaliar sua contribuição sedimentar para a plataforma. Utilizando dados coletados in situ de corrente, temperatura, salinidade e material particulado em suspensão, foi analisado o comportamento hidrodinâmico dentro do sistema estuarino, bem como a quantificação da carga total de sedimento transportado através de equações de carga de fundo e carga em suspensão propostas por Van Rijn (2007). De um modo geral, o estuário apresentou uma fraca estratificação da coluna d’água, caracterizado, portanto, por um processo de mistura por difusão turbulenta. Fato esse observado através do cálculo do Número de Richardson por camada (RiL), cujos valores ficaram inferiores a 20. A exceção foi o braço norte do estuário (rio Piraquê-Açu), que durante as quadraturas apresentou a formação de uma cunha salina e RiL superior a 20, sendo caracterizado pelo processo dominante de mistura por entranhamento (entrainment). Em relação ao balanço sedimentar, o estuário se comportou como exportador de sedimento em quase todas as campanhas realizadas, com exceção do período de sizígia chuvoso, onde houve importação de sedimento. O transporte de carga em suspensão foi superior ao transporte de carga de fundo em todas as campanhas analisadas, e os períodos de sizígia apresentaram maiores volumes de transporte em relação aos períodos de quadratura. Anualmente, calcula-se que o SEPAPM seja responsável por exportar aproximadamente 10,5 toneladas de sedimento para a plataforma.Texthttp://repositorio.ufes.br/handle/10/9136porUniversidade Federal do Espírito SantoMestrado em Oceanografia AmbientalPrograma de Pós-Graduação em Oceanografia AmbientalUFESBRCiências Ambientais55Dinâmica sedimentar no Sistema Estuarino do Piraquê-Açu, Aracruz/ESinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)instname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESORIGINALtese_12417_Dissertação Rodolfo Alves.pdfapplication/pdf4245746http://repositorio.ufes.br/bitstreams/7d6b99b4-0bea-47ab-8d89-22feda504d6f/download1805c0970a7200648c4efb687444b21cMD5110/91362024-07-02 15:08:11.591oai:repositorio.ufes.br:10/9136http://repositorio.ufes.brRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufes.br/oai/requestopendoar:21082024-07-11T14:38:12.531242Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false |
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