O des-lugar da pixação: uma escrita de resistência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) |
Texto Completo: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/9233 |
Resumo: | Para compreender melhor o aspecto resistente da escrita de pixação e salientar as tensões existentes entre discurso, poder e resistência, partimos do pressuposto de que o poder está em toda parte porque provém de todos os lugares, justamente por não ser uma instituição e nem uma estrutura, e sim uma situação estratégica complexa. Assim, como alguns discursos tentam controlar os indivíduos, existe também a luta pelo discurso (FOUCAULT, 2003). Um conjunto enorme de regras na sociedade rege os corpos e gera reações e contrarreações, criando vários cerceamentos: o muro protege do outro e a câmera protege o muro e o que está dentro dele. Há uma normatização, mas não uma normalização, afinal as pixações são formas de opor resistências a um discurso padrão e tentativas de inserir novas formações discursivas (FERNANDES, 2011). Se pixar conota recusa em aceitar determinados conceitos de valor, também reforça o ímpeto de estar em seu des-lugar o lugar errado por (in)direito. Da maneira em que aparece, a escrita política é também um mecanismo de desterritorializaçãoe um agenciamento coletivo, o que nos permite aproximar a pixação do conceito de literatura menor (DELEUZE; GUATTARI, 1977). Sendo as pixações componentes dos sentidos da cidade, elas também simbolizam as tensões urbanas vigentes, como forma de manifestar reinvindicações sócio-político-culturais.Para evidenciar a potência de uns devires contramuros, selecionamos algumas pixações (tag-frases e frases) encontradas na Grande Vitória entre 2013 e 2015, que de forma afirmativa e / ou combativa inscrevem minorias em espaços estabelecidos por / para maioria. |
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