A revolução iraniana na perspectiva de Khomeini: representações e paradigmas de um governo islâmico xiita (1979-1989)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Eduardo Teixeira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)
Texto Completo: http://repositorio.ufes.br/handle/10/3375
Resumo: The vicissitudes of the Islamic State, Xiita, and the connections established between religion and the government in dialectic of consecration are analyzed. The political-theological thinking of Ruhullah Khomeini is investigated, both its endogenous motivations and the structural theological typologies, elucidating the possible connections between politics and religion in the cultural processes that form alternatives and identities in its nuclear socialpolitical expression as well as investigating the institutional systems, politicizing prophecy and radicalism as a form of social expression and political emancipation; Focusing on the innovations of the Khomeini paradigm in the political construction of the Iranian revolution, understanding that moulding the "Ayatollahs Republic” represents a personal and Islamic vision of modernity. Specific ideas of Khomeini´s, introduced into Iranian political history in his reinterpretation of Xiita theology are highlighted; such as: the call for; clerical political activism, for a tutor conducting them to the creation of just and certain laws configuring a political apparatus orientated by governmental scripture ; Khomeini promoted a depersonalization of Xiita thinking, that is, the centrality of religious law substituted the religious person. The institutional rites and the hegemony mechanisms are geared to sanctify the politics and government under the aegis of the Koran. Additionally paradigms for the implantation of an Islamic government under the aegis of governmental scripture are presented following Khomeini's argument. The expectation generated by the Iranian revolution for the Islamic minorities stationed on the periphery of world is highlighted stressing Iran's ascension as a regional political actor and the developments in the relationships between Mussulman world and the West. The historical intrigues and the current configuration of the diverse tensions between modernity and Xiita symbolism are stressed recognizing congruities and disparities. Faith is the revolutionary road for approximation between two such worlds apparently so far apart which are however in fact so close together this apparent distance being principally because of errors of interpretation of interlocutors who insist on determined historical postures thereby consolidating and maintaining a political environment and morale of hostility and incomprehension.
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The political-theological thinking of Ruhullah Khomeini is investigated, both its endogenous motivations and the structural theological typologies, elucidating the possible connections between politics and religion in the cultural processes that form alternatives and identities in its nuclear socialpolitical expression as well as investigating the institutional systems, politicizing prophecy and radicalism as a form of social expression and political emancipation; Focusing on the innovations of the Khomeini paradigm in the political construction of the Iranian revolution, understanding that moulding the "Ayatollahs Republic” represents a personal and Islamic vision of modernity. Specific ideas of Khomeini´s, introduced into Iranian political history in his reinterpretation of Xiita theology are highlighted; such as: the call for; clerical political activism, for a tutor conducting them to the creation of just and certain laws configuring a political apparatus orientated by governmental scripture ; Khomeini promoted a depersonalization of Xiita thinking, that is, the centrality of religious law substituted the religious person. The institutional rites and the hegemony mechanisms are geared to sanctify the politics and government under the aegis of the Koran. Additionally paradigms for the implantation of an Islamic government under the aegis of governmental scripture are presented following Khomeini's argument. The expectation generated by the Iranian revolution for the Islamic minorities stationed on the periphery of world is highlighted stressing Iran's ascension as a regional political actor and the developments in the relationships between Mussulman world and the West. The historical intrigues and the current configuration of the diverse tensions between modernity and Xiita symbolism are stressed recognizing congruities and disparities. Faith is the revolutionary road for approximation between two such worlds apparently so far apart which are however in fact so close together this apparent distance being principally because of errors of interpretation of interlocutors who insist on determined historical postures thereby consolidating and maintaining a political environment and morale of hostility and incomprehension.Analisa-se as vicissitudes do Estado islâmico xiita e o conjunto de conexões entre a religião e o governo em sua dialética do sagrado. Investiga-se o pensamento político-teológico de Ruhullah Khomeini, tanto suas motivações endógenas como as tipologias teológicas estruturais, elucidando as conexões possíveis entre política e religião nos seus processos culturais que formam alteridades e identidades em seu bojo de expressões sócio-políticas: os sistemas institucionais, o profetismo politizante e o radicalismo como uma forma também de expressão social e política emancipatória. Focaliza-se os ineditismos do paradigma Khomeinista na construção política da revolução iraniana, compreendendo de que forma a “República dos Aiatolás” configura uma visão própria e islâmica da modernidade. Resgata-se as especificidades das idéias de Khomeini que engendraram pontos inéditos na história política iraniana, tais como: A chamada política para o ativismo político clerical; a tutela de um guardião os conduzindo às leis justas e retas configurando um aparato político norteado pelo escrituralismo governamental; Khomeini protagonizou a despersonificação do xiismo, isto é, a centralidade da lei religiosa substituiu a da pessoa religiosa. Os ritos de instituição e os aparatos de representações hegemônicas estão voltados para sacralização da política e do governo sob a égide do Corão. Apresenta-se ainda os paradigmas para implantação do governo islâmico sob a égide do escrituralismo governamental, segundo a formação discursiva de Khomeini. Destaca-se a expectativa que a revolução iraniana engendra nas minorias islâmicas estacionadas na periferia do capitalismo mundial, ressaltando a ascensão do Irã como ator político regional e seus desdobramentos nas relações entre o mundo muçulmano e o Ocidente. Ressalta-se os meandros históricos e os contornos atuais das diversas tensões entre a modernidade e a simbologia xiita, resgatando congruências e disparidades. O predomínio da fé é um caminho revolucionário para aproximação entre tais mundos tão mais próximos do que admitem. Principalmente no que tange aos erros de interpretação do interlocutor que insistindo em readotar determinadas posturas históricas, formata e consolida um ambiente moral e político de hostilidade e incompreensão.Universidade Federal do Espírito SantoBRMestrado em HistóriaUFESPrograma de Pós-Graduação em HistóriaSoares, Geraldo AntonioSilva, Gilvan Ventura daFeldman, Sergio AlbertoPinto, Paulo Gabriel Hilu da RochaGomes, Eduardo Teixeira2016-08-29T14:11:50Z2016-07-112016-08-29T14:11:50Z2007-05-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisTextapplication/pdfGOMES, Eduardo Teixeira. A revolução iraniana na perspectiva de Khomeini: representações e paradigmas de um governo islâmico xiita (1979-1989). 2007. 215 f. 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