Pensando minorias sexuais e de gênero sob a perspectiva das políticas pública e de subjetivação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Henrique José Alves
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)
Texto Completo: http://repositorio.ufes.br/handle/10/2883
Resumo: Esta dissertação de mestrado se propõe a por em análise o campo problemático denominado minorias sexuais e de gênero em suas dimensões de política pública e de política de subjetivação. Para pensar esse referido campo, o movimento de pesquisa percorreu cinco eixos de análise: 1- Pensar política pública, enquanto impulso de construção de comum, conceito que o marxismo contemporâneo de Negri e Hardt elaborou; 2- A filosofia da diferença Foucault/ Deleuze/Guattari/Rolnik se constitui no segundo eixo deste trabalho, com as análises sobre os processos de subjetivação contemporâneos e, sobretudo, a construção de uma noção de minoria que se distancia das leituras de forte apelo identitário das clássicas Ciências Sociais; 3- Aprofundando a crítica aos discursos identitários, uma referência importante para este trabalho foi a controversa teoria queer que, com seu conceito de performatividade e a reformulação da categoria de gênero, se contrapõe não só às Ciências Sociais clássicas, mas também aos discursos de grande parte dos movimentos de minorias; 4- O movimento de pesquisa procurou também pensar as minorias sexuais e de gênero a partir da leitura histórica que Júlio Simões e Regina Facchini (2009) empreenderam sobre o movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) no Brasil, buscando compreender o lugar que a bandeira por políticas públicas ocupou em cada fase desta história; 5- O quinto eixo que compõem esta pesquisa é a experiência de participar do Programa Vitória Sem Homofobia da Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos do Município de Vitória/ES (SEMCID), tendo como questão de análise os movimentos produzidos pelo Programa para se constituir em política efetivamente pública e não meramente um prestador de serviços a um segmento específico da sociedade. Procurou-se assumir uma postura cartográfica de pesquisa em que a problematização criação de novos problemas fosse uma força mais intensa do que a mera verificação de processos ou aplicação de conceitos. Nesta perspectiva, procurou-se criar uma nova paisagem para o campo problemático das minorias sexuais e de gênero, composta por forças conceituais do marxismo contemporâneo, da filosofia da diferença, da teoria queer, do registro histórico e pela experiência de participar do Programa Vitória Sem Homofobia. O Programa não foi entendido como objeto de aplicação conceitual, mas como mais um eixo do campo problemático a produzir questões sobre a temática das minorias sexuais e de gênero.
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