O artífice do Renascimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Aparecida Gomes da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Verinotio
Texto Completo: https://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/article/view/73
Resumo: A transformação no modo de produzir a vida material dos homens renascentistas, a partir da intensificação do comércio em várias cidades, do advento da indústria em outras e do contorno das novas classes sociais “endinheiradas”, mercadores e banqueiros, tais fatos suscitaram uma nova maneira de pensar, onde o indivíduo já não aceita um “destino moldado por alguém” mas acredita-se “capaz de criar a si próprio na liberdade”. A maioria dos artífices do Renascimento tiveram sua origem nas oficinas artesanais das cidades humanistas e ao serem estimulados a desenvolver seus talentos individuais, comportaram-se como homens de iniciativa e independência para exercitarem a diversidade do seu tempo, intento possível porque “a estrutura básica da sociedade foi afetada até o domínio da cultura” e a vida cotidiana destes artífices, já imersa na dinâmica da incipiente sociedade burguesa, tornou-os protagonistas de um fazer artístico inesperado e de refinada beleza. Com o novo “molde” social do Renascimento manifestou-se a iniciativa individual, a versatilidade, a autonomia, a autoconfiança vertentes de uma realidade que “engendrou gigantes” no campo das “artes do desenho” – o artifex polytechnes – como Miguelangelo entre outros, artista “emaranhado” no dinamismo da sua realidade, expoente de uma individualidade furiosa, inquieta, criativa e atenta às situações novas, onde a glória e a fama era a meta almejada pelo artista, inseparável do seu trabalho feito com a mente e não apenas com as mãos. Palavras-chave: Renascimento, produção social, capital, artes e ofícios, sociabilidade, construção do humano.
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