A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Antônio José Lopes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Verinotio
Texto Completo: https://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/article/view/106
Resumo: O presente artigo tem como objetivo explicitar o sentido preciso da categoria Standpunkt (posição), conforme esta aparece na elaboração teórica marxiana de maturidade, em especial na sua Crítica da economia política. Objetiva-se trazer à tona sua importância central para o entendimento do complexo da determinação social do pensamento, o modo como Marx delimita a pressuposição da efetividade societária que condiciona as expressões ideais. Nesse sentido, a posição assim determinada não se identifica com um posicionamento de talhe subjetivo eletivo, contido na forma de seu entendimento como ponto de vista individual. Trata-se antes de um dado ângulo social que posiciona, ampliando ou restringindo o escopo das formações ideais – aí inclusas tanto as ciências quanto a ideologia – por meio das quais se compreende, se ajuíza e se explica a realidade. O caso particular abordado neste artigo é o exame marxiano do debate em torno da determinação conceitual de trabalho produtivo/improdutivo ocorrido entre os diferentes autores e correntes da economia política. Marx demonstra o pressuposto social objetivo de tal querela, a oposição interna ao capital como forma social entre, de um lado, as personæ do capital industrial, e, de outro lado, aquelas cuja forma de apropriação do mais-valor criado na produção se dá sob a forma da renda (renda da terra e juros). Ficando assim a classe efetivamente produtiva (os trabalhadores assalariados que trocam força de trabalho por capital) à parte da tematização. Tal modo de apresentação e de discussão do problema não se origina apenas de fatores e determinações internos à lógica da cientificidade, mas, principalmente, do desenvolvimento das formas econômicas próprias ao capital, como o capital a juros, por exemplo, que passam a expressar-se como formas de consciência àquelas correspondentes. Palavras-chave: Marxologia, Crítica da Economia Política, Cientificidade, Standpunkt, Trabalho Produtivo.
id UFF-14_9f7e9735f18768e582cc6b1f44022809
oai_identifier_str oai:http://verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/oai:article/106
network_acronym_str UFF-14
network_name_str Verinotio
repository_id_str
spelling A questão do Standpunkt na cientificidade marxianaO presente artigo tem como objetivo explicitar o sentido preciso da categoria Standpunkt (posição), conforme esta aparece na elaboração teórica marxiana de maturidade, em especial na sua Crítica da economia política. Objetiva-se trazer à tona sua importância central para o entendimento do complexo da determinação social do pensamento, o modo como Marx delimita a pressuposição da efetividade societária que condiciona as expressões ideais. Nesse sentido, a posição assim determinada não se identifica com um posicionamento de talhe subjetivo eletivo, contido na forma de seu entendimento como ponto de vista individual. Trata-se antes de um dado ângulo social que posiciona, ampliando ou restringindo o escopo das formações ideais – aí inclusas tanto as ciências quanto a ideologia – por meio das quais se compreende, se ajuíza e se explica a realidade. O caso particular abordado neste artigo é o exame marxiano do debate em torno da determinação conceitual de trabalho produtivo/improdutivo ocorrido entre os diferentes autores e correntes da economia política. Marx demonstra o pressuposto social objetivo de tal querela, a oposição interna ao capital como forma social entre, de um lado, as personæ do capital industrial, e, de outro lado, aquelas cuja forma de apropriação do mais-valor criado na produção se dá sob a forma da renda (renda da terra e juros). Ficando assim a classe efetivamente produtiva (os trabalhadores assalariados que trocam força de trabalho por capital) à parte da tematização. Tal modo de apresentação e de discussão do problema não se origina apenas de fatores e determinações internos à lógica da cientificidade, mas, principalmente, do desenvolvimento das formas econômicas próprias ao capital, como o capital a juros, por exemplo, que passam a expressar-se como formas de consciência àquelas correspondentes. Palavras-chave: Marxologia, Crítica da Economia Política, Cientificidade, Standpunkt, Trabalho Produtivo.Universidade Federal Fluminense - UFF2018-03-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/article/view/106Verinotio – Revista on-line de Filosofia e Ciências Humanas; n. 12 (2010): Edição N°12; 41981-061Xreponame:Verinotioinstname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFFporhttps://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/article/view/106/96Alves, Antônio José Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-03-12T23:29:50Zoai:http://verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/oai:article/106Revistahttps://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotioPRIhttps://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/oairevistaverinotio@gmail.com || roger_f_silva@hotmail.com1981-061X1981-061Xopendoar:2019-03-12T23:29:50Verinotio - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
title A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
spellingShingle A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
Alves, Antônio José Lopes
title_short A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
title_full A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
title_fullStr A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
title_full_unstemmed A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
title_sort A questão do Standpunkt na cientificidade marxiana
author Alves, Antônio José Lopes
author_facet Alves, Antônio José Lopes
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, Antônio José Lopes
description O presente artigo tem como objetivo explicitar o sentido preciso da categoria Standpunkt (posição), conforme esta aparece na elaboração teórica marxiana de maturidade, em especial na sua Crítica da economia política. Objetiva-se trazer à tona sua importância central para o entendimento do complexo da determinação social do pensamento, o modo como Marx delimita a pressuposição da efetividade societária que condiciona as expressões ideais. Nesse sentido, a posição assim determinada não se identifica com um posicionamento de talhe subjetivo eletivo, contido na forma de seu entendimento como ponto de vista individual. Trata-se antes de um dado ângulo social que posiciona, ampliando ou restringindo o escopo das formações ideais – aí inclusas tanto as ciências quanto a ideologia – por meio das quais se compreende, se ajuíza e se explica a realidade. O caso particular abordado neste artigo é o exame marxiano do debate em torno da determinação conceitual de trabalho produtivo/improdutivo ocorrido entre os diferentes autores e correntes da economia política. Marx demonstra o pressuposto social objetivo de tal querela, a oposição interna ao capital como forma social entre, de um lado, as personæ do capital industrial, e, de outro lado, aquelas cuja forma de apropriação do mais-valor criado na produção se dá sob a forma da renda (renda da terra e juros). Ficando assim a classe efetivamente produtiva (os trabalhadores assalariados que trocam força de trabalho por capital) à parte da tematização. Tal modo de apresentação e de discussão do problema não se origina apenas de fatores e determinações internos à lógica da cientificidade, mas, principalmente, do desenvolvimento das formas econômicas próprias ao capital, como o capital a juros, por exemplo, que passam a expressar-se como formas de consciência àquelas correspondentes. Palavras-chave: Marxologia, Crítica da Economia Política, Cientificidade, Standpunkt, Trabalho Produtivo.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-03-25
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/article/view/106
url https://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/article/view/106
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.verinotio.org/sistema/index.php/verinotio/article/view/106/96
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Fluminense - UFF
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Fluminense - UFF
dc.source.none.fl_str_mv Verinotio – Revista on-line de Filosofia e Ciências Humanas; n. 12 (2010): Edição N°12; 4
1981-061X
reponame:Verinotio
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Verinotio
collection Verinotio
repository.name.fl_str_mv Verinotio - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv revistaverinotio@gmail.com || roger_f_silva@hotmail.com
_version_ 1798044869010128896