Como peixes fora d’água: o caso dos pescadores profissionais artesanais na UHE Foz de Chapecó

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Renk, Arlene
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Agnolin, Gilberto Luiz, Winckler, Silvana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Antropolítica (Online)
Texto Completo: https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41606
Resumo: Nas construç.es de usinas hidrelétricas, a formação de reservatórios artificiais nos locais onde existiam rios é uma consequência inevitável. Durante todo o processo de implementação da usina, da licitação até a entrada em operação, muitas aç.es são desencadeadas pelo empreendedor, com autorização do Estado, tendo como base o Plano Básico Ambiental (PBA). Uma dessas aç.es é o processo de aquisição das terras que serão alagadas e das margens do futuro reservatório, gerando o deslocamento compulsório dos ribeirinhos. O presente artigo descreve as estratégias de negociaç.es e suas consequências para as populaç.es rurais e ribeirinhas, especialmente os pescadores que habitavam a região adquirida pela Foz do Chapecó, inaugurada em dezembro de 2010. Leva-se em consideração os diferentes pesos de que estavam dotados os grupos em “diálogo”, sendo que os pescadores profissionais sequer figuraram no EIA e RIMA realizados. De um lado, esses segmentos organizam-se na busca de direitos; de outro, o empreendedor vale-se de estratégias que vão da invisibilidade dos grupos ao reconhecimento pelo uso da filantropia empresarial, fazendo as vezes do Estado. O trabalho resulta de pesquisa de campo com ribeirinhos e levantamento documental, procurando descrever o fluxo migratório, problematizando a dinâmica ocorrida e os imponderáveis de diálogos em situaç.es díspares, como a dos ribeirinhos e a do empreendedor.
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