Lazer noturno e resistências juvenis em tempos de (pós-)pandemia: o caso dos jovens do bar Antù em Lisboa
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Antropolítica (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/54935 |
Resumo: | With the arrival of the COVID-19 pandemic, thousands of young people were no longer able to enjoy Lisbon´s night. As a result, young people were not able to forget their everyday problems through the consumption practices of nocturnal leisure. In this article we explore some alternatives that were put in place for young people to enjoy leisure time during the (post-)pandemic. Here, and using the case study of one young alternative group located in front of the bar Antù, one of the most vivid night leisure place of Pink Street, Lisbon, we will: i. longitudinally review the measures impacting the night industry and their effects on the young alternative group; ii: describe the way in which the group of alternative young people appropriated the festive urban night spaces during the pandemic. Here, we present part of the critical ethnographic data collected during 2020-2022, excerpts from interviews with some members of the young alternative group and a deep documental review of legal and news published during the same period. We end up illustrating the dissatisfaction felt by the group of alternative youngsters with the measures imposed by the government, as they tend to racialize, stigmatize, reprimand, and punish this group of youngsters. |
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Lazer noturno e resistências juvenis em tempos de (pós-)pandemia: o caso dos jovens do bar Antù em LisboaLazer noturno e resistências juvenis em tempos de (pós-)pandemia: o caso dos jovens do bar Antù em LisboaNight LeisureSociabilityYouthPartyPink StreetLazer NoturnoSociabilidadesJovensFestaPink StreetLazer NoturnoSociabilidadesJovensFestaPink Street.With the arrival of the COVID-19 pandemic, thousands of young people were no longer able to enjoy Lisbon´s night. As a result, young people were not able to forget their everyday problems through the consumption practices of nocturnal leisure. In this article we explore some alternatives that were put in place for young people to enjoy leisure time during the (post-)pandemic. Here, and using the case study of one young alternative group located in front of the bar Antù, one of the most vivid night leisure place of Pink Street, Lisbon, we will: i. longitudinally review the measures impacting the night industry and their effects on the young alternative group; ii: describe the way in which the group of alternative young people appropriated the festive urban night spaces during the pandemic. Here, we present part of the critical ethnographic data collected during 2020-2022, excerpts from interviews with some members of the young alternative group and a deep documental review of legal and news published during the same period. We end up illustrating the dissatisfaction felt by the group of alternative youngsters with the measures imposed by the government, as they tend to racialize, stigmatize, reprimand, and punish this group of youngsters.Em Lisboa, desde o primeiro verão pandêmico, observamos o surgimento de novos atores informais na noite turística do antigo bairro portuário do Cais do Sodré que desenvolviam práticas alternativas de lazer com algumas particularidades: são jovens de nível socioeconômico precário, apresentam traços culturais alternativos e concentram-se para socializar e consumir álcool no espaço público em frente ao bar Antù. Esses jovens são vistos pelas autoridades públicas e por seu braço repressivo policial como atores “indesejáveis” à “normalidade” da noite turística do Cais do Sodré. A sua “alteridade” (ligada a cor de pele, estética corporal e classe social) constitui-se como um elemento perturbador na noite turística da Pink Street. Essa área de diversão noturna tem uma natureza marcadamente hedonista e orientada quase exclusivamente para indivíduos brancos (lisboetas ou não) de classe média alta. Este artigo, resultante de um enfoque etnográfico, visa a analisar a dialética desigual entre a repressão policial (por vezes, violenta) e a resistência performativa dos atores “indesejáveis” da noite turística do Cais do Sodré. O artigo argumenta que os espaços em causa – o bar Antù e o espaço público situado ao redor do estabelecimento – não só emergem como palcos de uma forma de resistência performativa e recusa dos valores societais capitalistas, mas também como um local que proporciona alternativas de (de)construção comunitária e coesão social dentro de um contexto pós-pandêmico profundamente criminalizado, racializado e punitivo.Com a chegada da pandemia de COVID-19, milhares de jovens deixaram de poder usufruir da noite de Lisboa. Como resultado, os jovens não tiveram oportunidade de esquecer os seus problemas do quotidiano por intermédio das práticas de consumo programado pelo lazer noturno. Assim, neste artigo exploramos as alternativas postas em prática para que os jovens desfrutassem de momentos de lazer durante a (pós-)pandemia. Aqui, e recorrendo a um estudo de caso relativo a um grupo de jovens alternativos situado em frente do bar Antù, uma das zonas de lazer noturno mais animadas da Pink Street, em Lisboa, iremos: i. rever longitudalmente as medidas que impactaram a indústria noturna e os seus efeitos sobre o grupo de jovens alternativos; ii. descrever a forma como o grupo de jovens alternativos se apropriou do espaço urbano da noite festiva durante a pandemia. Aqui apresentamos parte dos dados etnográficos coletados durante 2020-2022, excertos de entrevistas com alguns membros do grupo de jovens alternativos e uma profunda revisão documental de notícias e de elementos legais publicados no mesmo período. Acabamos a ilustrar a insatisfação sentida pelo grupo de jovens alternativos para com as medidas impostas pelo governo, uma vez que estas tendem a racializar, estigmatizar, repreender e punir o grupo.Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense2022-11-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/5493510.22409/antropolitica2022.i3.a54935Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia; v. 54 n. 3 (2022): SET/OUT/NOV/DEZ2179-73311414-737810.22409/antropolitica2022.33reponame:Antropolítica (Online)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFFporhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/54935/33206https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/54935/33172Copyright (c) 2022 Guilherme Costa, Otávio Raposo, João Carlos Martins, Manuel Garcia-Ruiz, Jordi Nofrehttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCosta, GuilhermeRaposo, OtávioMartins, João CarlosGarcia-Ruiz, ManuelNofre, Jordi2022-11-03T11:45:22Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/54935Revistahttp://www.revistas.uff.br/index.php/antropoliticaPUBhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/oaiperiodicos@proppi.uff.br||antropoliticauff@gmail.com||lauragraziela@gmail.com2179-73312179-7331opendoar:2022-11-03T11:45:22Antropolítica (Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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