Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves, Marcos Freire de Andrade
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Antropolítica (Online)
Texto Completo: https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41782
Resumo: A presença de cadáveres em laboratórios universitários de anatomia é observada, pelo menos, desde o século XVI. Alvo de polêmicas no decorrer de seus primeiros momentos, a prática, atualmente, é garantida pela Constituição Federal Brasileira, que define não apenas as finalidades para as quais tais cadáveres podem ser utilizados, como também quais podem ser estes cadáveres. A partir de um laboratório de anatomia de uma universidade na cidade de Porto Alegre, busca-se refletir acerca do estatuto dos corpos que lá se encontram, questionando, fundamentalmente, o processo através do qual estes foram cedidos ao laboratório. Regido por acordos entre as partes cedente e receptora, o processo formula uma dinâmica legal na qual o corpo humano torna-se algo passível de ingressar em um sistema de troca. Uma dinâmica em que a institucionalização do cadáver pelo Departamento Médico Legal (DML) e sua cessão ao laboratório acabam por ressignificar o corpo ao transpô-lo do estatuto de pessoa para o de coisa.
id UFF-18_71c7cbc6264af272b4ed0356d6949c2c
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/41782
network_acronym_str UFF-18
network_name_str Antropolítica (Online)
repository_id_str
spelling Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomiaAnatomiaCadáverLaboratórioMercadoriaTrocabilidade.A presença de cadáveres em laboratórios universitários de anatomia é observada, pelo menos, desde o século XVI. Alvo de polêmicas no decorrer de seus primeiros momentos, a prática, atualmente, é garantida pela Constituição Federal Brasileira, que define não apenas as finalidades para as quais tais cadáveres podem ser utilizados, como também quais podem ser estes cadáveres. A partir de um laboratório de anatomia de uma universidade na cidade de Porto Alegre, busca-se refletir acerca do estatuto dos corpos que lá se encontram, questionando, fundamentalmente, o processo através do qual estes foram cedidos ao laboratório. Regido por acordos entre as partes cedente e receptora, o processo formula uma dinâmica legal na qual o corpo humano torna-se algo passível de ingressar em um sistema de troca. Uma dinâmica em que a institucionalização do cadáver pelo Departamento Médico Legal (DML) e sua cessão ao laboratório acabam por ressignificar o corpo ao transpô-lo do estatuto de pessoa para o de coisa.Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense2022-04-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/4178210.22409/antropolitica2016.1i40.a41782Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia; n. 40 (2016)2179-73311414-737810.22409/antropolitica2016.1i40reponame:Antropolítica (Online)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFFporhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41782/23775https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41782/31876Copyright (c) 2017 Marcos Freire de Andrade Neveshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessNeves, Marcos Freire de Andrade2017-08-24T15:31:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/41782Revistahttp://www.revistas.uff.br/index.php/antropoliticaPUBhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/oaiperiodicos@proppi.uff.br||antropoliticauff@gmail.com||lauragraziela@gmail.com2179-73312179-7331opendoar:2017-08-24T15:31:42Antropolítica (Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
title Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
spellingShingle Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
Neves, Marcos Freire de Andrade
Anatomia
Cadáver
Laboratório
Mercadoria
Trocabilidade.
title_short Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
title_full Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
title_fullStr Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
title_full_unstemmed Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
title_sort Entre pessoa, corpo e coisa: a vida social de cadáveres em laboratórios de anatomia
author Neves, Marcos Freire de Andrade
author_facet Neves, Marcos Freire de Andrade
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Neves, Marcos Freire de Andrade
dc.subject.por.fl_str_mv Anatomia
Cadáver
Laboratório
Mercadoria
Trocabilidade.
topic Anatomia
Cadáver
Laboratório
Mercadoria
Trocabilidade.
description A presença de cadáveres em laboratórios universitários de anatomia é observada, pelo menos, desde o século XVI. Alvo de polêmicas no decorrer de seus primeiros momentos, a prática, atualmente, é garantida pela Constituição Federal Brasileira, que define não apenas as finalidades para as quais tais cadáveres podem ser utilizados, como também quais podem ser estes cadáveres. A partir de um laboratório de anatomia de uma universidade na cidade de Porto Alegre, busca-se refletir acerca do estatuto dos corpos que lá se encontram, questionando, fundamentalmente, o processo através do qual estes foram cedidos ao laboratório. Regido por acordos entre as partes cedente e receptora, o processo formula uma dinâmica legal na qual o corpo humano torna-se algo passível de ingressar em um sistema de troca. Uma dinâmica em que a institucionalização do cadáver pelo Departamento Médico Legal (DML) e sua cessão ao laboratório acabam por ressignificar o corpo ao transpô-lo do estatuto de pessoa para o de coisa.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-04-14
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41782
10.22409/antropolitica2016.1i40.a41782
url https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41782
identifier_str_mv 10.22409/antropolitica2016.1i40.a41782
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41782/23775
https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41782/31876
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2017 Marcos Freire de Andrade Neves
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2017 Marcos Freire de Andrade Neves
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
text/xml
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense
dc.source.none.fl_str_mv Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia; n. 40 (2016)
2179-7331
1414-7378
10.22409/antropolitica2016.1i40
reponame:Antropolítica (Online)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Antropolítica (Online)
collection Antropolítica (Online)
repository.name.fl_str_mv Antropolítica (Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv periodicos@proppi.uff.br||antropoliticauff@gmail.com||lauragraziela@gmail.com
_version_ 1797068793695961088