Da festa ao ativismo no Quilombo da Liberdade: a atuação de mulheres no Bumba Meu Boi durante a pandemia de Covid-19
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Antropolítica (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/54928 |
Resumo: | Os bairros de Camboa, Diamante, Fé em Deus, Liberdade e Sítio do Meio integram o quilombo urbano da Liberdade, o primeiro da categoria a ser certificado pela Fundação Cultural Palmares no Maranhão, precisamente em 2019. Localizado nas margens do rio Anil, na porção central de São Luís, o quilombo concentra cerca de 160 mil habitantes, muitos deles oriundos da Região de Planejamento do Litoral Ocidental e da Baixada Maranhense, regiões que concentraram grande número de negros escravizados. A população da Liberdade também é majoritariamente negra e, apesar de sua histórica situação de vulnerabilidade social, é responsável por uma vivaz produção cultural, expressa em inúmeras celebrações, entre elas o bumba meu boi, que dinamiza o turismo e a economia local. No contexto da pandemia de covid-19, por força do isolamento social mandatório, os bois não puderam realizar apresentações em arraiais e tiveram de suspender ensaios e ritos públicos comumente realizados em suas sedes. A vida no quilombo foi sensivelmente afetada: as líderes de dois dos mais antigos e respeitados bois do Maranhão, o Bumba Meu Boi da Liberdade e o Bumba Meu Boi da Floresta, foram instadas a criar estratégias simultâneas de celebração e ativismo social, com o duplo objetivo de assegurar a execução de ritos sagrados e prestar ajuda humanitária a brincantes e vizinhos necessitados. Este artigo aborda as estratégias acionadas pelas dirigentes dos referidos bois, duas mulheres negras que têm usado a sensibilidade feminina e a força da tradição e do prestígio de seus grupos culturais em prol do bemestar comunitário. |
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Da festa ao ativismo no Quilombo da Liberdade: a atuação de mulheres no Bumba Meu Boi durante a pandemia de Covid-19Bumba Meu Boi do MaranhãoPandemia de covid-19Ativismo social.Os bairros de Camboa, Diamante, Fé em Deus, Liberdade e Sítio do Meio integram o quilombo urbano da Liberdade, o primeiro da categoria a ser certificado pela Fundação Cultural Palmares no Maranhão, precisamente em 2019. Localizado nas margens do rio Anil, na porção central de São Luís, o quilombo concentra cerca de 160 mil habitantes, muitos deles oriundos da Região de Planejamento do Litoral Ocidental e da Baixada Maranhense, regiões que concentraram grande número de negros escravizados. A população da Liberdade também é majoritariamente negra e, apesar de sua histórica situação de vulnerabilidade social, é responsável por uma vivaz produção cultural, expressa em inúmeras celebrações, entre elas o bumba meu boi, que dinamiza o turismo e a economia local. No contexto da pandemia de covid-19, por força do isolamento social mandatório, os bois não puderam realizar apresentações em arraiais e tiveram de suspender ensaios e ritos públicos comumente realizados em suas sedes. A vida no quilombo foi sensivelmente afetada: as líderes de dois dos mais antigos e respeitados bois do Maranhão, o Bumba Meu Boi da Liberdade e o Bumba Meu Boi da Floresta, foram instadas a criar estratégias simultâneas de celebração e ativismo social, com o duplo objetivo de assegurar a execução de ritos sagrados e prestar ajuda humanitária a brincantes e vizinhos necessitados. Este artigo aborda as estratégias acionadas pelas dirigentes dos referidos bois, duas mulheres negras que têm usado a sensibilidade feminina e a força da tradição e do prestígio de seus grupos culturais em prol do bemestar comunitário.Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense2022-11-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/5492810.22409/antropolitica2022.i3.a54928Antropolítica - Revista Contemporânea de Antropologia; v. 54 n. 3 (2022): SET/OUT/NOV/DEZ2179-73311414-737810.22409/antropolitica2022.33reponame:Antropolítica (Online)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFFporhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/54928/33116https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/54928/33168Copyright (c) 2022 Luciana Gonçalves de Carvalho, Wilmara Aparecida Silva Figueiredohttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCarvalho, Luciana Gonçalves deFigueiredo, Wilmara Aparecida Silva2022-11-03T11:45:22Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/54928Revistahttp://www.revistas.uff.br/index.php/antropoliticaPUBhttps://periodicos.uff.br/antropolitica/oaiperiodicos@proppi.uff.br||antropoliticauff@gmail.com||lauragraziela@gmail.com2179-73312179-7331opendoar:2022-11-03T11:45:22Antropolítica (Online) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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