Memórias de pescadores artesanais de Farol de São Tomé e Lagoa de Cima (Campos dos Goytacazes / RJ) em meio aos conflitos provocados pela instalação das Plataformas de petróleo da Petrobras na Bacia de Campos.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24318 |
Resumo: | Este trabalho se propõe a analisar o modo pelo qual pescadores artesanais de Farol de São Tomé e de Lagoa de Cima, comunidades pesqueiras localizadas em Campos dos Goytacazes (RJ), constroem as suas memórias em meio aos intensos conflitos provocados pela instalação das plataformas de petróleo da Petrobras, na Bacia de Campos. O objetivo central deste trabalho foi o de analisar como as mudanças que ocorrem na região são sentidas pelos pescadores e como a valorização das lembranças vividas no passado são acionadas no presente, por meio de suas narrativas que carregam consigo uma maneira de legitimarem suas práticas e sua permanência nestas localidades. Para tanto, interpretaremos à luz de Michael Pollak (1989) as lembranças dos pescadores artesanais como “memórias subterrâneas” que prosseguem com o trabalho de quebra do silêncio e são afloradas no atual momento de conflitos e mudanças nas regiões. Ademais, pensaremos a relação densa e complexa construída entre pescadores e o mar, recorrendo à noção de patrimônio e os diversos contornos semânticos que esta categoria pode assumir, tal como sugerida por Reginaldo Gonçalves (2008). Trata-se, também, de interpretar a categoria patrimônio como um “fato social total”, proposta por Marcell Mauss (1974) e, consequentemente, a arte de pescar será interpretada como um fenômeno social total, o que nos possibilitou perceber os pescadores artesanais como um todo interrelacionado. Os resultados aqui discutidos são oriundos de visitas de campo, entrevistas informais e participação em grupos focais, realizadas no período de 2015 e 2016, enquanto bolsista de iniciação científica do Projeto de Educação Ambiental Pescarte. |
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