A Multiplicidade de Vozes na Formação Conceitual: Michel Foucault e Mikhail Bakhtin numa relação de vizinhança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serra, Margarida de Andrade
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/17047
Resumo: Esta tese, sob orientação da análise de Discurso apresentada na Arqueologia do Saber, por Michel Foucault, tem por objetivo investigar a situação paradoxal em que se encontra a análise das condições de existência que habitam o interior de todo e qualquer enunciado, visto que Foucault deixa claro que elas não aparecem de modo tão manifesto como uma estrutura lógica ou gramátical, mas encontram-se na superfície mesma do enunciado o que faz com que: ele não é visível, e não está oculto . Para isso, estabelecemos relações de vizinhança com a teoria da polifonia de Mikhail Bakhtin, servindo-nos, como primeiro passo, da metodologia de Oswald Ducrot, desenvolvida em sua teoria da Polifonia. A partir do entendimento de que todo conceito é o efeito da elaboração de um gesto discursivo, obedecendo a um conjunto de regras que definem seu domínio, e, levando em consideração de que um conceito deva sempre vir acompanhado de sua definição, sendo esta apresentada sob a forma de um enunciado investimos num texto, num diálogo, numa palavra e num enunciado, a fim de atingirmos nosso objetivo. Especificamente, analisamos a construção do conceito de corpo por Jean-Paul Sartre, cercando-o de diferentes construções do mesmo conceito para que, por contraste ou comparação, a força das vozes em seus enunciados sustentem a definição que está sendo proposta. O mesmo se repete em relação ao diálogo de Platão, no Crátilo, assim como com o conceito de liquidez . Quanto a este conceito de liquidez , questões que aí estão envolvidas quanto a prática social e o momento histórico, vêm corroborar a orientação arqueológica das condições de possibilidade . Concluímos com uma análise do gesto educativo, centrados numa frase de Paulo Freire, citada na Pedagogia da Autonomia, cuja relação às suas condições de existência serão vistas como uma estética da existência.
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