Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trancoso, Taíssa Angélica Lemos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6137
Resumo: A dirofilariose é uma infecção parasitária potencialmente zoonótica, sendo uma grande preocupação para proprietários de pequenos animais, principalmente de regiões costeiras de países tropicais e subtropicais. Esta parasitose é determinada pelos nematóides do gênero Dirofilaria sp., sendo Dirofilaria immitis a espécie mais frequente no Brasil. Têm como hospedeiros definitivos principalmente, os canídeos domésticos e silvestres. Sua frequência, particularmente nos cães, apresenta índices variáveis, dependendo da localização geográfica, da população canina suscetível e das técnicas utilizadas para o diagnóstico laboratorial, as quais apresentam sensibilidade variada. Poucos estudos comparam a eficácia das diversas técnicas utilizadas no diagnóstico dessa parasitose. Considerando essa carência de informações, o objetivo deste estudo foi comparar as técnicas parasitológicas microscópicas, imunológicas e moleculares no diagnóstico da dirofilariose canina. Foram coletadas 103 amostras de sangue de cães de Cabo Frio, RJ, as quais foram processadas pelas técnicas parasitológicas microscópicas (TPMs) como o exame direto, distensão espessa, distensão delgada e Knott modificada, além da Reação em cadeia da Polimerase (PCR) e o ensaio imunoenzimático (ELISA) para captura de antígeno (Snap™ 4Dx® IDEXX). Dessas, 19,4% foram positivas pelas técnicas parasitológicas por microscopia (TPM), e 15,5% pela PCR sem diferença estatística significativa. As técnicas de Knott modificada e distensão espessa foram positivas nas 20 amostras positivas (K=1,0). O índice de concordância entre as técnicas parasitológicas por microscopia foi excelente e entre as TPMs e a PCR (K=0,79) substancial. Ao analisar amostras de sangue de 60 animais pelo ELISA pode-se evidenciar positividade de 26,9% (25/60), havendo detecção de dirofilariose oculta em 30,7% (8/25), o que favoreceu diferença estatística significativa entre o ELISA e a PCR e entre o ELISA e as TPMs. A mensuração das microfilárias e o seqüenciamento do fragmento genômico amplificado de uma amostra confirmaram a infecção por D. immitis. Dentre as técnicas parasitológicas por microscopia, em áreas endêmicas, sugere-se o uso da distensão espessa por ser de menor custo e gerar uma lâmina permanente, o que possibilita releitura e avaliação morfológica. Os resultados obtidos reafirmam a importância do uso do ELISA para captura de antígenos no diagnóstico clínico e em estudos epidemiológicos da dirofilariose canina.
id UFF-2_029ebd1dd174eb1ec05567048961d8c7
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/6137
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninasCãesPCRDistensão espessaKnott modificadaParasitoElisaDirofilariaDogsPCRThick SmearModified KnottA dirofilariose é uma infecção parasitária potencialmente zoonótica, sendo uma grande preocupação para proprietários de pequenos animais, principalmente de regiões costeiras de países tropicais e subtropicais. Esta parasitose é determinada pelos nematóides do gênero Dirofilaria sp., sendo Dirofilaria immitis a espécie mais frequente no Brasil. Têm como hospedeiros definitivos principalmente, os canídeos domésticos e silvestres. Sua frequência, particularmente nos cães, apresenta índices variáveis, dependendo da localização geográfica, da população canina suscetível e das técnicas utilizadas para o diagnóstico laboratorial, as quais apresentam sensibilidade variada. Poucos estudos comparam a eficácia das diversas técnicas utilizadas no diagnóstico dessa parasitose. Considerando essa carência de informações, o objetivo deste estudo foi comparar as técnicas parasitológicas microscópicas, imunológicas e moleculares no diagnóstico da dirofilariose canina. Foram coletadas 103 amostras de sangue de cães de Cabo Frio, RJ, as quais foram processadas pelas técnicas parasitológicas microscópicas (TPMs) como o exame direto, distensão espessa, distensão delgada e Knott modificada, além da Reação em cadeia da Polimerase (PCR) e o ensaio imunoenzimático (ELISA) para captura de antígeno (Snap™ 4Dx® IDEXX). Dessas, 19,4% foram positivas pelas técnicas parasitológicas por microscopia (TPM), e 15,5% pela PCR sem diferença estatística significativa. As técnicas de Knott modificada e distensão espessa foram positivas nas 20 amostras positivas (K=1,0). O índice de concordância entre as técnicas parasitológicas por microscopia foi excelente e entre as TPMs e a PCR (K=0,79) substancial. Ao analisar amostras de sangue de 60 animais pelo ELISA pode-se evidenciar positividade de 26,9% (25/60), havendo detecção de dirofilariose oculta em 30,7% (8/25), o que favoreceu diferença estatística significativa entre o ELISA e a PCR e entre o ELISA e as TPMs. A mensuração das microfilárias e o seqüenciamento do fragmento genômico amplificado de uma amostra confirmaram a infecção por D. immitis. Dentre as técnicas parasitológicas por microscopia, em áreas endêmicas, sugere-se o uso da distensão espessa por ser de menor custo e gerar uma lâmina permanente, o que possibilita releitura e avaliação morfológica. Os resultados obtidos reafirmam a importância do uso do ELISA para captura de antígenos no diagnóstico clínico e em estudos epidemiológicos da dirofilariose canina.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorHeartworm infection is a potentially zoonotic parasitic disease and is a major concern for small animal owners, mainly coastal regions of tropical and subtropical countries. This parasite is to be determined by the parasites of the genus Dirofilaria sp., being Dirofilaria immitis the most frequent species in Brazil. They have as definitive hosts mainly the domestic and wild canids. Their frequency, particularly in dogs, varies depending on the geographic location, the susceptible canine population and the techniques used for laboratory diagnosis, which vary in sensitivity. Few studies compare the efficacy of several techniques used in the diagnosis of this parasite. Considering this lack of information, the objective of this study was to compare microscopic parasitological, immunological and molecular techniques in the diagnosis of canine heartworm infection. A total of 103 blood samples were collected from dogs from Cabo Frio, RJ, Brazil, which were processed by microscopic parasitological techniques such as wet fresh blood film, thick smear, thin smear and modified Knott, Polymerase Chain Reaction (PCR) and or enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) for antigen capture (Snap ™ 4Dx® IDEXX). Of these, 19.4% were positive by parasitological techniques by microscopy (PTM), and 15.5% by PCR, without significant statistical difference. The modified Knott and thick smear techniques were positive in 20 samples (K = 1.0). The concordance index between parasitological techniques by microscopy among each other was excellent and substantial between PTMs and PCR (K = 0.79). When analyzing blood samples from 60 animals by the ELISA, a positivity of 26.9% (25/60) could be detected, with hidden heartworm detected in 30.7% (8/25), favoring a statistically significant difference Between ELISA and PCR and between ELISA and PTMs. Measurement of microfilariae and sequencing of the amplified genomic fragment of a sample confirmed D. immitis infection. Among the parasitological techniques by microscopy, in endemic areas, it is suggested the use of thick smear because it is of lower cost and generate a permanent slide, which allows re-reading and morphological evaluation. The results obtained reaffirm the importance of the use ELISA for antigen capture in clinical diagnosis and in epidemiological studies of canine heartworm disease.Universidade Federal FluminenseNiteróiMaior, Claudia Maria Antunes Uchôa SoutoBastos, Otilio Machado PereiraBarbosa, Alynne da SilvaLabarthe, Norma VollmerTrancoso, Taíssa Angélica Lemos2018-04-06T18:10:08Z2018-04-06T18:10:08Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/6137Aluno de MestradoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-07-13T03:08:25Zoai:app.uff.br:1/6137Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-07-13T03:08:25Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
title Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
spellingShingle Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
Trancoso, Taíssa Angélica Lemos
Cães
PCR
Distensão espessa
Knott modificada
Parasito
Elisa
Dirofilaria
Dogs
PCR
Thick Smear
Modified Knott
title_short Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
title_full Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
title_fullStr Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
title_full_unstemmed Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
title_sort Comparação de técnicas para o diagnóstico de filarioses caninas
author Trancoso, Taíssa Angélica Lemos
author_facet Trancoso, Taíssa Angélica Lemos
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Maior, Claudia Maria Antunes Uchôa Souto
Bastos, Otilio Machado Pereira
Barbosa, Alynne da Silva
Labarthe, Norma Vollmer
dc.contributor.author.fl_str_mv Trancoso, Taíssa Angélica Lemos
dc.subject.por.fl_str_mv Cães
PCR
Distensão espessa
Knott modificada
Parasito
Elisa
Dirofilaria
Dogs
PCR
Thick Smear
Modified Knott
topic Cães
PCR
Distensão espessa
Knott modificada
Parasito
Elisa
Dirofilaria
Dogs
PCR
Thick Smear
Modified Knott
description A dirofilariose é uma infecção parasitária potencialmente zoonótica, sendo uma grande preocupação para proprietários de pequenos animais, principalmente de regiões costeiras de países tropicais e subtropicais. Esta parasitose é determinada pelos nematóides do gênero Dirofilaria sp., sendo Dirofilaria immitis a espécie mais frequente no Brasil. Têm como hospedeiros definitivos principalmente, os canídeos domésticos e silvestres. Sua frequência, particularmente nos cães, apresenta índices variáveis, dependendo da localização geográfica, da população canina suscetível e das técnicas utilizadas para o diagnóstico laboratorial, as quais apresentam sensibilidade variada. Poucos estudos comparam a eficácia das diversas técnicas utilizadas no diagnóstico dessa parasitose. Considerando essa carência de informações, o objetivo deste estudo foi comparar as técnicas parasitológicas microscópicas, imunológicas e moleculares no diagnóstico da dirofilariose canina. Foram coletadas 103 amostras de sangue de cães de Cabo Frio, RJ, as quais foram processadas pelas técnicas parasitológicas microscópicas (TPMs) como o exame direto, distensão espessa, distensão delgada e Knott modificada, além da Reação em cadeia da Polimerase (PCR) e o ensaio imunoenzimático (ELISA) para captura de antígeno (Snap™ 4Dx® IDEXX). Dessas, 19,4% foram positivas pelas técnicas parasitológicas por microscopia (TPM), e 15,5% pela PCR sem diferença estatística significativa. As técnicas de Knott modificada e distensão espessa foram positivas nas 20 amostras positivas (K=1,0). O índice de concordância entre as técnicas parasitológicas por microscopia foi excelente e entre as TPMs e a PCR (K=0,79) substancial. Ao analisar amostras de sangue de 60 animais pelo ELISA pode-se evidenciar positividade de 26,9% (25/60), havendo detecção de dirofilariose oculta em 30,7% (8/25), o que favoreceu diferença estatística significativa entre o ELISA e a PCR e entre o ELISA e as TPMs. A mensuração das microfilárias e o seqüenciamento do fragmento genômico amplificado de uma amostra confirmaram a infecção por D. immitis. Dentre as técnicas parasitológicas por microscopia, em áreas endêmicas, sugere-se o uso da distensão espessa por ser de menor custo e gerar uma lâmina permanente, o que possibilita releitura e avaliação morfológica. Os resultados obtidos reafirmam a importância do uso do ELISA para captura de antígenos no diagnóstico clínico e em estudos epidemiológicos da dirofilariose canina.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017
2018-04-06T18:10:08Z
2018-04-06T18:10:08Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://app.uff.br/riuff/handle/1/6137
Aluno de Mestrado
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/6137
identifier_str_mv Aluno de Mestrado
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Fluminense
Niterói
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Fluminense
Niterói
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1797044770293415936