Avaliação de risco ambiental de fármacos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ronaldo Ferreira da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12776
http://dx.doi.org/10.22409/PPSIG.2019.d.61912530791
Resumo: Os fármacos são inseridos no ambiente aquático após sua excreção pelos pacientes, podendo persistir no meio em função de sua difícil remoção em estações de tratamento de esgoto. No Brasil, o problema é agravado porque a maioria dos serviços de saúde não realiza tratamento prévio em seus efluentes, lançando-os diretamente na rede de águas residuárias e o país conta com baixa cobertura de coleta e tratamento de esgotos. A melhoria dos indicadores de saneamento e do acesso aos serviços de saúde faz parte dos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, entretanto uma das consequências do desenvolvimento socioeconômico é o aumento da inserção de poluentes no ambiente, como, por exemplo, os fármacos. Os objetivos do estudo são a contextualização do impacto dos medicamentos sobre o ambiente aquático no âmbito dos ODS, a avaliação preliminar do risco ambiental de fármacos oncológicos em um município brasileiro seguindo o disposto numa diretriz internacional, a adequação destas normas à realidade brasileira e a ordenação de municípios pelo potencial de inserção de fármacos no ambiente aquático. Foram utilizadas informações de atividades socioeconômicas, demográficas e de saneamento, além do consumo, ecotoxicologia e propriedades físico-químicas de fármacos. Os resultados indicaram que os fármacos constituem uma classe de poluentes emergentes que comprometem o alcance dos ODS. Dos vinte fármacos avaliados, dez apresentam possibilidade de remoção pelo tratamento de esgoto, demonstrando que o saneamento é importante para mitigar seus efeitos sobre o ambiente. O estudo propõe ainda uma metodologia alternativa e simplificada, adaptada à realidade brasileira, para a avaliação do risco ambiental de fármacos no país. A estimativa preliminar do potencial de contaminação do ambiente aquático por fármacos oncológicos em 142 municípios brasileiros mostrou que os municípios menos populosos e com baixos índices de tratamento de esgoto e cujos serviços de saúde realizam mais procedimentos de quimioterapia antineoplásica, têm maior possibilidade de contaminação de seus recursos hídricos por resíduos desses fármacos.
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Os objetivos do estudo são a contextualização do impacto dos medicamentos sobre o ambiente aquático no âmbito dos ODS, a avaliação preliminar do risco ambiental de fármacos oncológicos em um município brasileiro seguindo o disposto numa diretriz internacional, a adequação destas normas à realidade brasileira e a ordenação de municípios pelo potencial de inserção de fármacos no ambiente aquático. Foram utilizadas informações de atividades socioeconômicas, demográficas e de saneamento, além do consumo, ecotoxicologia e propriedades físico-químicas de fármacos. Os resultados indicaram que os fármacos constituem uma classe de poluentes emergentes que comprometem o alcance dos ODS. Dos vinte fármacos avaliados, dez apresentam possibilidade de remoção pelo tratamento de esgoto, demonstrando que o saneamento é importante para mitigar seus efeitos sobre o ambiente. O estudo propõe ainda uma metodologia alternativa e simplificada, adaptada à realidade brasileira, para a avaliação do risco ambiental de fármacos no país. A estimativa preliminar do potencial de contaminação do ambiente aquático por fármacos oncológicos em 142 municípios brasileiros mostrou que os municípios menos populosos e com baixos índices de tratamento de esgoto e cujos serviços de saúde realizam mais procedimentos de quimioterapia antineoplásica, têm maior possibilidade de contaminação de seus recursos hídricos por resíduos desses fármacos.Drugs are inserted into the aquatic environment after excretion by patients and may persist in the environment due to their difficult removal in sewage treatment plants (STP). In Brazil, the problem is aggravated because most health services do not carry out pre-treatment on their effluents, launching the evictions in the STP influents or in the surface waters. Improving sanitation indicators and access to health services is part of the United Nations Sustainable Development Goals (SDGs), however one consequence of economic and social development is the increased insertion of organic micro-pollutants such as drugs into the aquatic environment. The objectives of this study are: contextualize the impact of medicines consumption on the aquatic environment within the scope of the SDGs; make a preliminary environmental risk assessment of cancer drugs in a Brazilian municipality following the provisions of an international guideline; evaluate the adequacy of these standards to the Brazilian reality and other municipalities by the potential of drug insertion in the aquatic environment. The study uses information on socioeconomic activities and demographic and sanitation aspects, as well as drug consumption, ecotoxicology and physicochemical properties. Results indicated that drugs constitute a class of emerging pollutants that compromise the reach of the ODS. Of the twenty drugs evaluated, ten have the possibility of removal by sewage treatment, demonstrating that sanitation is important to mitigate its effects on the environment. Preliminary estimation of the potential for contamination of the aquatic environment by cancer drugs in 142 Brazilian municipalities showed that the less populous municipalities with low rates of sewage treatment and whose health services perform more antineoplastic chemotherapy procedures, are more likely to contaminate their water resources by residues of these drugs.222 f.NiteróiBidone, Edison DausackerPontes, André TeixeiraMoreira, Josino CostaRocha, Leandro MachadoRottuno Filho, Otto CorrêaLima, Gílson Brito AlvesSilva, Ronaldo Ferreira da2020-02-04T18:58:21Z2020-02-04T18:58:21Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSilva, Ronaldo Ferreira da Silva. Avaliação de risco ambiental de fármacos. 2019. 222 f. 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