Formação docente a distância e a hegemonia do setor privado com fins lucrativos

• Autor(a) principal: Coelho, Mariana Gondim
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24076
• topic: Formação docente; Educação a distância; Setor privado; Formação docente; Educação a distância; Setor privado

No ano de 2019, a concentração de matrículas nos cursos de licenciatura na modalidade de Educação a Distância (EaD) alcançou um importante marco ao superar o número total da modalidade presencial. O domínio do setor privado, que caracteriza o processo de expansão do Ensino Superior no Brasil, com destaque para as instituições com fins lucrativos, permanece como retrato também da distribuição dos cursos deste grau acadêmico. Tendo em vista o processo de reconfiguração do Ensino Superior, esta pesquisa tem como objetivo compreender as mudanças na formação de professores, tendo como exemplo a trajetória do grupo Cogna Educação, antiga Kroton Educacional, mais especificamente, a Universidade Pitágoras Unopar, mantida por este grupo educacional. A instituição aparece não somente como aquela com maior número de matrículas na EaD, mas igualmente com o maior número de matrículas em cursos de licenciatura de todo o país. Levando isso em conta, a questão central que se coloca é compreender os desdobramentos que colocam a formação de docentes a distância, hegemonizada e oligopolizada pelo setor privado com fins lucrativos, em posição de destaque. Para realização da pesquisa, foram utilizados os Microdados do Censo da Educação Superior em combinação com os registros das instituições de ensino e mantenedoras através de consulta pelo e-MEC, e os dados disponibilizados pelos portais próprios do grupo educacional estudado, além de ter como referência bibliográfica os estudos já realizados sobre o tema. Temos como resultado dessa a corroboração da tese de que a diversificação e a forma de expansão do Ensino Superior pelo setor privado-mercantil, impulsionada por essas mudanças e incentivos estatais, representaram uma preferência pela formação docente onde o principal interesse encontra-se na ampliação da margem de lucros dos seus representantes.