A osseointegração inadequada do implante endósseo tem correlação com baixos níveis do fator de crescimento epidérmico e seu receptor na mucosa peri-implantar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Marcos Alexandre da
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14797
Resumo: A inadequada osseointegração, incluindo deficiente cicatrização do tecido mole peri-implantar, pode facilitar a penetração bacteriana, promovendo o desequilíbrio na resposta do hospedeiro e favorecendo a reabsorção óssea. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre a expressão dos genes EGF e EGFR na mucosa peri-implantar com a qualidade da osseointegração do implante endósseo. Quarenta e nove participantes de pesquisa, apresentando 59 implantes endósseos ósseointegráveis, foram recrutados para o estudo. Todos os participantes incluídos foram reabilitados com implantes em procedimento de dois estágios cirúrgicos, mostrando qualidade e quantidade de osso favorável para a instalação. A osseointegração foi avaliada 1 mês após a cirurgia de reabertura, realizada 3 meses (em mandíbula) e 6 meses (em maxila) após a instalação do implante. Os critérios para considerar a osseointegração adequada foram: imobilidade do implante durante o teste clínico; ausência de radiotransparência peri-implantar; e ausência de sinais e/ou sintomas persistentes; e ausência de sinais clínicos de inflamação. Com base nas características clínicas dos sítios, os participantes foram caracterizados como (i) tendo a cicatrização sem complicações (com a osseointegração adequada, sem mobilidade do implante, e sem qualquer sinal clínico de inflamação da mucosa) (grupo controle) ou (ii) cicatrização peri-implantar inadequada (com osseointegração inadequada caracterizada por sinais de inflamação na mucosa e/ou mobilidade de implante) (grupo teste). Os descartes gengivais foram coletados de 49 participantes de pesquisa após o período de osseointegração, durante o procedimento de reabertura do implante. O RNA total a partir das amostras gengivais foi isolado utilizando o reagente Trizol®. A reação de transcrição reversa do PCR foi realizada para a síntese de DNA complementar a partir de 300 ng de RNA. Iniciadores específicos para EGF (NM_001963.4) e EGFR (NM_005228.3) foram confeccionados com base nos dados BLAST. O Método Livak (2-ΔΔCT) foi utilizado para determinar a quantificação relativa da expressão de EGF e EGFR. Os valores foram normalizados em relação à expressão constitutiva de β-actina. Não houve diferença entre os grupos Controle e Teste quanto à raça, sexo, idade, consumo de álcool, condições médicas gerais, medicação atual, edentulismo e fenótipo periodontal. Todas as amostras de RNA apresentavam proporções A260 nm/ A280 nm superior a 1.9. EGF e EGFR mostraram significante menor expressão nos tecidos gengivais removidos de regiões com cicatrização inadequada (grupo teste). EGF apresentou expressão de RNAm com média de 44.53±79.16 e 1.33±1.02 nos grupos controle e teste, respectivamente (p=0.008). Similarmente a expressão de EGFR foi significantemente maior no grupo controle (102.03±329.57) comparado ao teste (7.85±16.04) (p=0.04). Concluímos então, que baixos níveis de EGF e EGFR tem associação com inadequada cicatrização da mucosa peri-implantar durante o período de osseointegração.
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Quarenta e nove participantes de pesquisa, apresentando 59 implantes endósseos ósseointegráveis, foram recrutados para o estudo. Todos os participantes incluídos foram reabilitados com implantes em procedimento de dois estágios cirúrgicos, mostrando qualidade e quantidade de osso favorável para a instalação. A osseointegração foi avaliada 1 mês após a cirurgia de reabertura, realizada 3 meses (em mandíbula) e 6 meses (em maxila) após a instalação do implante. Os critérios para considerar a osseointegração adequada foram: imobilidade do implante durante o teste clínico; ausência de radiotransparência peri-implantar; e ausência de sinais e/ou sintomas persistentes; e ausência de sinais clínicos de inflamação. Com base nas características clínicas dos sítios, os participantes foram caracterizados como (i) tendo a cicatrização sem complicações (com a osseointegração adequada, sem mobilidade do implante, e sem qualquer sinal clínico de inflamação da mucosa) (grupo controle) ou (ii) cicatrização peri-implantar inadequada (com osseointegração inadequada caracterizada por sinais de inflamação na mucosa e/ou mobilidade de implante) (grupo teste). Os descartes gengivais foram coletados de 49 participantes de pesquisa após o período de osseointegração, durante o procedimento de reabertura do implante. O RNA total a partir das amostras gengivais foi isolado utilizando o reagente Trizol®. A reação de transcrição reversa do PCR foi realizada para a síntese de DNA complementar a partir de 300 ng de RNA. Iniciadores específicos para EGF (NM_001963.4) e EGFR (NM_005228.3) foram confeccionados com base nos dados BLAST. O Método Livak (2-ΔΔCT) foi utilizado para determinar a quantificação relativa da expressão de EGF e EGFR. Os valores foram normalizados em relação à expressão constitutiva de β-actina. Não houve diferença entre os grupos Controle e Teste quanto à raça, sexo, idade, consumo de álcool, condições médicas gerais, medicação atual, edentulismo e fenótipo periodontal. Todas as amostras de RNA apresentavam proporções A260 nm/ A280 nm superior a 1.9. EGF e EGFR mostraram significante menor expressão nos tecidos gengivais removidos de regiões com cicatrização inadequada (grupo teste). EGF apresentou expressão de RNAm com média de 44.53±79.16 e 1.33±1.02 nos grupos controle e teste, respectivamente (p=0.008). Similarmente a expressão de EGFR foi significantemente maior no grupo controle (102.03±329.57) comparado ao teste (7.85±16.04) (p=0.04). Concluímos então, que baixos níveis de EGF e EGFR tem associação com inadequada cicatrização da mucosa peri-implantar durante o período de osseointegração.Osseointegration failure can promote host response imbalance and bone resorption by bacteria infiltration. The objective of this study was to evaluate the association between the expression of EGF and EGFR genes expression in the peri-implant mucosa with the quality of osseointegration of endosseous implant. Forty-nine participants, with 59 endosseos implants, were recruited for this study. All participants included were rehabilitated with implants in two stages surgical protocol, presenting favorable bone quality and quantity. Osseointegration was evaluated one month after exposure surgery, wich was performed three months (mandible) and 6 months (maxillary) after implant placement. The criteria to consider the proper osseointegration were: implant immobility; absence of peri-implant radiolucency; and no clinical signs of inflammation. Based on clinical and radiographic characteristics of peri-implant sites, participants were characterized as (i) having healing without complications (with proper osseointegration without mobility of the implant, and without clinical signs of mucosal inflammation) (control group) or (ii) failure peri-implant healing (with inadequate osseointegration characterized by signs of mucosae inflammation and/or implant mobility) (test group). Gingival biopsies were collected from 49 participants after osseointegration period, during the exposure procedure. Total RNA from gingival samples was isolated using the Trizol® reagent. The reaction of reverse transcription of PCR was performed for the synthesis of complementary DNA from 300ng RNA using Improm-II Reverse Transcription System ™. Specific primers for EGF (NM_001963.4) and EGFR (NM_005228.3) were based on the BLAST data. The Livak method (2-ΔΔCT) was used to determine the relative quantification of the expression of EGF and EGFR. The values were normalized by relative expression of β-actin. There was no difference between control and test groups to race, sex, age, alcohol consumption, general medical conditions, current medications, edentulism and periodontal phenotype. All RNA samples revealed proportions A260 nm / A280 nm more than 1.9. EGF and EGFR showed significant lower expression in gingival tissues removed from regions with failure healing (test group). EGF showed mRNA expression with an average of 44.53 ± 79.16 and 01.02 ± 1:33 in the control groups and test, respectively (p = 0.008). Similarly EGFR expression was significantly higher in the control group (102.03 ± 329.57) compared to the test group (7.85 ± 4.16) (p = 0:04). We conclude that low levels of EGF and EGFR are associated with inadequate healing of mucosal peri-implant during the osseointegration period.42Casado, Priscila LadeiraGranjeiro, José Maurohttp://lattes.cnpq.br/8928414093493138Fonseca, Marcos Alexandre da2020-08-28T13:49:35Z2020-08-28T13:49:35Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/vnd.oasis.opendocument.texthttps://app.uff.br/riuff/handle/1/14797openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-10-13T15:38:02Zoai:app.uff.br:1/14797Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-10-13T15:38:02Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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