Modulação fenotípica e genotípica da aorta e seu tecido adiposo perivascular (TAPV) em camundongos c57bl/6 submetidos à dieta aterogênica
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/7987 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Todas as artérias, incluindo a aorta, são cercadas por amontoados significantes de tecido adiposo perivascular (TAPV) e estudos recentes apontam que ele seria responsável tanto pelo suporte mecânico, quanto pela secreção de diversas substâncias vasoativas, justificando uma associação entre a obesidade e as doenças cardiovasculares como a aterosclerose. OBJETIVOS: Caracterizar longitudinalmente a morfologia da aorta torácica e abdominal e seu respectivo tecido adiposo perivascular nos estágios iniciais da aterosclerose em camundongos C57BL/6 alimentados com uma dieta aterogênica. METODOLOGIA: Camundongos C57BL/6 machos (CEUA/UFF n°647/2015) foram submetidos à dieta controle (C) ou dieta aterogênica (A) contendo excesso de lipídios saturados, colesterol e ácido cólico, durante 2, 4 ou 8 semanas (n=12/grupo). Foi aferida massa corporal (MC) e a ingestão de ração. No momento da eutanásia foi coletado sangue para analise bioquímica e o ventrículo esquerdo (VE). Também foi coletado a aorta torácica e abdominal com seus respectivos TAPVs para a análise morfológica quantitativa. A análise estatística foi realizada no software GraphPad Prisma 6.0, sendo considerado significativo um p<0,05. RESULTADOS: Os animais alimentados com dieta controle por 2 (C2), 4 (C4) ou 8 (C8) semanas apresentaram massa corporal (MC) final de 27±0,4g (média±EPM), 30±0,6g e 30±0,8g, respectivamente. Não houve aumento MC nos animais do grupo experimental (A2: 28±0,6g A4: 30±1g e A8: 28±0,8). A ingestão de ração foi menor nos grupos submetidos à dieta aterogênica (A2: -15%; A4: -14,6% e A8: -27,9%), todavia, houve aumento no consumo de energia nos grupos A2 e A4 (+11,6% e +12,2%, respectivamente). Na análise bioquímica, os animais alimentados com a dieta experimental não apresentaram alterações nos níveis séricos de triacilglicerol e fosfatase alcalina, no entanto, houve aumento nos níveis de colesterol total (A2: +62,6% A4: +35,4% e A8: +40%), HDL (A2: +99% A4:+369% e A8: +111,2%), LDL (A2: +162,8% A4: +128,9% e A8: +109%), ALT (A2: +806,4% A4: +194,4% e A8: 107,6%) e AST (A2: +89,8% e A4: +39,7%). Na quantificação morfológica da aorta (espessura da túnica média e diâmetro da luz) e seu respectivo TAPV (diâmetro do adipócito e volume de gotículas lipídicas), não foram encontrados alterações morfológicas nos animais submetidos à dieta aterogênica quando comparados com seus respectivos controles. CONCLUSÃO: A dieta aterogênica é capaz de alterar o metabolismo lipídico e hepático, mesmo sem o ganho de massa corporal e sem ser necessário um tempo prolongado de exposição à dieta. Porém, no tempo ofertado, ela não foi capaz de produzir alterações morfológicas na parede arterial e TAPV das aortas torácica e abdominal |
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Modulação fenotípica e genotípica da aorta e seu tecido adiposo perivascular (TAPV) em camundongos c57bl/6 submetidos à dieta aterogênicaObesidadeTecido adiposo perivascularDieta aterogênicaMorfologiaObesidadeAteroscleroseMorfologiaDieta aterogênicaObesityAtherosclerosisPerivascular adipose tissueAtherogenic dietMorphology.INTRODUÇÃO: Todas as artérias, incluindo a aorta, são cercadas por amontoados significantes de tecido adiposo perivascular (TAPV) e estudos recentes apontam que ele seria responsável tanto pelo suporte mecânico, quanto pela secreção de diversas substâncias vasoativas, justificando uma associação entre a obesidade e as doenças cardiovasculares como a aterosclerose. OBJETIVOS: Caracterizar longitudinalmente a morfologia da aorta torácica e abdominal e seu respectivo tecido adiposo perivascular nos estágios iniciais da aterosclerose em camundongos C57BL/6 alimentados com uma dieta aterogênica. METODOLOGIA: Camundongos C57BL/6 machos (CEUA/UFF n°647/2015) foram submetidos à dieta controle (C) ou dieta aterogênica (A) contendo excesso de lipídios saturados, colesterol e ácido cólico, durante 2, 4 ou 8 semanas (n=12/grupo). Foi aferida massa corporal (MC) e a ingestão de ração. No momento da eutanásia foi coletado sangue para analise bioquímica e o ventrículo esquerdo (VE). Também foi coletado a aorta torácica e abdominal com seus respectivos TAPVs para a análise morfológica quantitativa. A análise estatística foi realizada no software GraphPad Prisma 6.0, sendo considerado significativo um p<0,05. RESULTADOS: Os animais alimentados com dieta controle por 2 (C2), 4 (C4) ou 8 (C8) semanas apresentaram massa corporal (MC) final de 27±0,4g (média±EPM), 30±0,6g e 30±0,8g, respectivamente. Não houve aumento MC nos animais do grupo experimental (A2: 28±0,6g A4: 30±1g e A8: 28±0,8). A ingestão de ração foi menor nos grupos submetidos à dieta aterogênica (A2: -15%; A4: -14,6% e A8: -27,9%), todavia, houve aumento no consumo de energia nos grupos A2 e A4 (+11,6% e +12,2%, respectivamente). Na análise bioquímica, os animais alimentados com a dieta experimental não apresentaram alterações nos níveis séricos de triacilglicerol e fosfatase alcalina, no entanto, houve aumento nos níveis de colesterol total (A2: +62,6% A4: +35,4% e A8: +40%), HDL (A2: +99% A4:+369% e A8: +111,2%), LDL (A2: +162,8% A4: +128,9% e A8: +109%), ALT (A2: +806,4% A4: +194,4% e A8: 107,6%) e AST (A2: +89,8% e A4: +39,7%). Na quantificação morfológica da aorta (espessura da túnica média e diâmetro da luz) e seu respectivo TAPV (diâmetro do adipócito e volume de gotículas lipídicas), não foram encontrados alterações morfológicas nos animais submetidos à dieta aterogênica quando comparados com seus respectivos controles. CONCLUSÃO: A dieta aterogênica é capaz de alterar o metabolismo lipídico e hepático, mesmo sem o ganho de massa corporal e sem ser necessário um tempo prolongado de exposição à dieta. Porém, no tempo ofertado, ela não foi capaz de produzir alterações morfológicas na parede arterial e TAPV das aortas torácica e abdominalINTRODUCTION: All arteries, including the aorta, are surrounded by significant clusters of perivascular adipose tissue (PVAT) and recent studies indicate that it would be responsible for both the mechanical support and the secretion of several vasoactive substances, which justifies an association between obesity and cardiovascular diseases such as atherosclerosis. AIM: To characterize longitudinally thoracic and abdominal aorta morphology and of its perivascular adipose tissue during atherosclerosis onset in C57BL/6 mice fed an atherogenic diet. METHODS: Male C57BL/6 mice (CEUA/UFF n 647/2015) were fed with control diet (C) or an atherogenic diet (A) rich in saturated fats, cholesterol and cholic acid during 2, 4 or 8 weeks (n= 12/group). Body mass (MC) was recorded weekly and food intake daily. At euthanasia, blood was collected for biochemical assays. Tissues collected included the left ventricle (VL) of the heart and the thoracic and abdominal aorta with their TAPVs, for quantitative morphology. Statistical analysis was performed using GraphPad Prism 6.0 software, and a p<0,05 was considered significant. RESULTS: Animals that were fed with the control diet for 2 (C2), 4 (C4) or 8 (C8) weeks presented a final body mass (BM) of 27±0.4 g (mean± SEM), 30±0.6g and 30±0,8g, respectively. BM did not increase along the experimental group (A2: 28±0,6g A4: 30±1g and A8: 28±0,8). The feed intake was lower in the groups submitted to the atherogenic diet (A2: -15%, A4: -14.6% and A8: -27.9%), however, there was an increase in energy consumption in groups A2 and A4 (+11.6% and +12.2%, respectively). In biochemical assays, animals fed with the atherogenic diet showed no changes in serum triglycerides and alkaline phosphatase, however, there was an increase in total cholesterol (A2: +62.6%, A4: +35.4% and, A8: +40%), HDL (A2: +99%, A4: +369% and, A8: +111.2%), LDL (A2: +162.8%, A4: +128.9% and, A8: +109%), ALT (A2: +806.4%, A4: +194.4% and, A8: +107.6%) and AST (A2: +89.8% and A4: +39.7%). Among the morphological parameters evaluated (aorta: tunica media thickness and lumen diameter; TAPV: adipocyte diameter and lipid droplet volume), no change was found in animals subjected to the atherogenic diet, compared to their respective controls. CONCLUSION: The atherogenic diet can alter lipid and hepatic metabolism, even without body weight gain and without the need for long-term exposure to the diet. However, this diet was not able to produce morphological changes in the arterial wall and PVAT of thoracic and abdominal aortasBottino, Caroline Fernandes dos SantosGregório, Bianca MartinsHuguenin, Grazielle Vilas-BoasAyres, Natalia Galito Rocha AyresRocha, Gabrielle de SouzaCarneiro, Felipe Demani2018-12-06T13:05:29Z2018-12-06T13:05:29Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7987openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T03:08:30Zoai:app.uff.br:1/7987Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:07:09.828800Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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INTRODUÇÃO: Todas as artérias, incluindo a aorta, são cercadas por amontoados significantes de tecido adiposo perivascular (TAPV) e estudos recentes apontam que ele seria responsável tanto pelo suporte mecânico, quanto pela secreção de diversas substâncias vasoativas, justificando uma associação entre a obesidade e as doenças cardiovasculares como a aterosclerose. OBJETIVOS: Caracterizar longitudinalmente a morfologia da aorta torácica e abdominal e seu respectivo tecido adiposo perivascular nos estágios iniciais da aterosclerose em camundongos C57BL/6 alimentados com uma dieta aterogênica. METODOLOGIA: Camundongos C57BL/6 machos (CEUA/UFF n°647/2015) foram submetidos à dieta controle (C) ou dieta aterogênica (A) contendo excesso de lipídios saturados, colesterol e ácido cólico, durante 2, 4 ou 8 semanas (n=12/grupo). Foi aferida massa corporal (MC) e a ingestão de ração. No momento da eutanásia foi coletado sangue para analise bioquímica e o ventrículo esquerdo (VE). Também foi coletado a aorta torácica e abdominal com seus respectivos TAPVs para a análise morfológica quantitativa. A análise estatística foi realizada no software GraphPad Prisma 6.0, sendo considerado significativo um p<0,05. RESULTADOS: Os animais alimentados com dieta controle por 2 (C2), 4 (C4) ou 8 (C8) semanas apresentaram massa corporal (MC) final de 27±0,4g (média±EPM), 30±0,6g e 30±0,8g, respectivamente. Não houve aumento MC nos animais do grupo experimental (A2: 28±0,6g A4: 30±1g e A8: 28±0,8). A ingestão de ração foi menor nos grupos submetidos à dieta aterogênica (A2: -15%; A4: -14,6% e A8: -27,9%), todavia, houve aumento no consumo de energia nos grupos A2 e A4 (+11,6% e +12,2%, respectivamente). Na análise bioquímica, os animais alimentados com a dieta experimental não apresentaram alterações nos níveis séricos de triacilglicerol e fosfatase alcalina, no entanto, houve aumento nos níveis de colesterol total (A2: +62,6% A4: +35,4% e A8: +40%), HDL (A2: +99% A4:+369% e A8: +111,2%), LDL (A2: +162,8% A4: +128,9% e A8: +109%), ALT (A2: +806,4% A4: +194,4% e A8: 107,6%) e AST (A2: +89,8% e A4: +39,7%). Na quantificação morfológica da aorta (espessura da túnica média e diâmetro da luz) e seu respectivo TAPV (diâmetro do adipócito e volume de gotículas lipídicas), não foram encontrados alterações morfológicas nos animais submetidos à dieta aterogênica quando comparados com seus respectivos controles. CONCLUSÃO: A dieta aterogênica é capaz de alterar o metabolismo lipídico e hepático, mesmo sem o ganho de massa corporal e sem ser necessário um tempo prolongado de exposição à dieta. Porém, no tempo ofertado, ela não foi capaz de produzir alterações morfológicas na parede arterial e TAPV das aortas torácica e abdominal |
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