Interface entre aspectos emocionais e dor crônica: desafios para a prática de enfermeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conceição, Alessandra Cristina Azevedo da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/17039
Resumo: Introdução: a dor crônica é considerada um evento mundial pelo fato de acometer 10,1 a 80% da população, acomete mais mulheres e jovens, além disso, causa impactos social, emocional e físico. A Sociedade Brasileira do Estudo da Dor (SBED) salienta que a taxa de pessoas que sofrem de dor crônica no Brasil se encontra em 30%. Objetivos: compreender as interfaces entre os aspectos emocionais e a dor crônica em pacientes que participam do Programa Integrador da Clínica da Dor do INTO; Identificar como os aspectos emocionais se relacionam com a dor crônica em pacientes da Clínica da Dor do INTO e Analisar a relação entre aspectos emocionais e dimensões da qualidade de vida de pacientes que vivem com a dor crônica. Metodologia: estudo de abordagem qualitativa, de natureza descritiva e exploratório, cujo cenário foi o Programa Integrador da Clínica da Dor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Participaram oito pacientes atendidos no Programa Integrador e que responderam ao Questionário SF-36 durante as consultas de enfermagem e que, também, participaram de entrevistas narrativas por meio de telemonitoramento, estratégia essa eleita devido ao período de isolamento social no Rio de Janeiro. Resultados: as participantes são mulheres, na faixa etária de 35 e 66 anos, católicas, e 37% delas possuem ensino médio, as demais não iniciaram nível superior. A renda mensal é via aposentadoria do INSS, e dentre as comorbidades existentes destaca-se a hipertensão arterial. A dimensão mais afeta nas participantes foi a emocional, que atingiu escore zero na aplicação do SF-36. Evidenciou-se a presença de ansiedade, medo, solidão, tristeza na maioria delas. Os depoimentos coletados nas entrevistas geraram duas categorias de análise: Um novo cotidiano e um turbilhão de sentimentos soma-se a dor. Conclusão: evidenciou-se que indivíduos que vivem com dor crônica possuem múltiplas dimensões de vida afetadas, mas que nesse momento de isolamento social devido a pandemia de Covid19 a de pior comprometimento foi a emocional. Faz-se necessário formar e capacitar os profissionais para lidarem de forma resolutiva com a dor crônica.
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