Krokodil: um levantamento crítico sobre origem, evolução e implicações dessa droga até os dias atuais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28516 |
Resumo: | Krokodil é um opioide cujo principal componente é a desomorfina. Surgindo originalmente em 2002/2003 na região da Sibéria, o seu uso rapidamente se expandiu por diversos países pertencentes à União Soviética. O potencial deletério desse opioide chamou a atenção da comunidade acadêmica e científica em todo o mundo. O modo como o krokodil é sintetizado, a partir de produtos de fácil acesso e sua produção caseira, contribui para sua alta toxicidade. Atualmente observa-se o aumento de registros de casos de uso de krokodil em países da Europa e na América do Norte. Este cenário estimulou novas pesquisas na busca de um maior conhecimento das propriedades químicas da desomorfina. Em 2017, o governo dos Estados Unidos decretou uma epidemia de opioides no país, este fato sinalizou para os países próximos a possibilidade de concretização deste trágico cenário. No Brasil, um recente estudo aponta um aumento do uso de opioides nos últimos anos, com uma alta durante o período de pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2. De acordo com a Anvisa, em seis anos a venda prescrita de analgésicos a base de ópio cresceu 465%. A prescrição inadequada e a consequente utilização indiscriminada de medicamentos que contém opioides pode ser uma porta de entrada para a dependência química de seus consumidores. Os efeitos observados no organismo de usuários de krokodil são sem precedentes. A destruição mental e física leva a morte em cerca de 2-3 anos. Esse dado nos mostra a necessidade de mitigar o consumo dessa droga e de buscar formas de acolhimento social e atendimento médico para recuperação de seus usuários. Além disso, estudos para uma rápida detecção da desomorfina em amostras biológicas devem ser incentivados, pois os resultados dessas análises químicas irão auxiliar nas abordagens clínicas e nas investigações forenses. |
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Krokodil é um opioide cujo principal componente é a desomorfina. Surgindo originalmente em 2002/2003 na região da Sibéria, o seu uso rapidamente se expandiu por diversos países pertencentes à União Soviética. O potencial deletério desse opioide chamou a atenção da comunidade acadêmica e científica em todo o mundo. O modo como o krokodil é sintetizado, a partir de produtos de fácil acesso e sua produção caseira, contribui para sua alta toxicidade. Atualmente observa-se o aumento de registros de casos de uso de krokodil em países da Europa e na América do Norte. Este cenário estimulou novas pesquisas na busca de um maior conhecimento das propriedades químicas da desomorfina. Em 2017, o governo dos Estados Unidos decretou uma epidemia de opioides no país, este fato sinalizou para os países próximos a possibilidade de concretização deste trágico cenário. No Brasil, um recente estudo aponta um aumento do uso de opioides nos últimos anos, com uma alta durante o período de pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2. De acordo com a Anvisa, em seis anos a venda prescrita de analgésicos a base de ópio cresceu 465%. A prescrição inadequada e a consequente utilização indiscriminada de medicamentos que contém opioides pode ser uma porta de entrada para a dependência química de seus consumidores. Os efeitos observados no organismo de usuários de krokodil são sem precedentes. A destruição mental e física leva a morte em cerca de 2-3 anos. Esse dado nos mostra a necessidade de mitigar o consumo dessa droga e de buscar formas de acolhimento social e atendimento médico para recuperação de seus usuários. Além disso, estudos para uma rápida detecção da desomorfina em amostras biológicas devem ser incentivados, pois os resultados dessas análises químicas irão auxiliar nas abordagens clínicas e nas investigações forenses. |
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