Meu nome é favela? a reconfiguração urbana do Rio de Janeiro e os impactos na favela do Vidigal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Anna Carolina Macedo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8921
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo de estudo analisar o processo atual de reconfiguração urbana do Rio de Janeiro e suas expressões na favela do Vidigal. Tendo como recorte temporal a inserção da Unidade de Polícia Pacificadora e compreendendo as configurações as quais esse programa se modela especificamente no Vidigal. As implicações dessas modificações no território se revelam no cotidiano dos moradores da favela, os quais sofrem com a proposição de formas atuais de remoção, como também são imbricados no movimento de valorização desse espaço. Para compreender a totalidade desse contexto empreende-se uma análise sobre a conformação das cidades no capitalismo, o papel do Estado no ordenamento espacial e no desenvolvimento desse modo de produção, e como se configura a cidade do Rio de Janeiro dentro dessa conjuntura. A avaliação do Rio de Janeiro como uma cidade que traz em seu solo a distinção entre classes sociais auxilia na compreensão das políticas públicas voltadas para as favelas. As favelas se constituem como uma importante alternativa de moradia para a classe trabalhadora. Atualmente a favela do Vidigal vive um processo de intensificação da especulação imobiliária de seu espaço, essa pesquisa buscou compreender esse movimento através de pesquisa bibliográfica, coleta de dados, entrevistas e observação participante. Tal estudo possibilitou o entendimento que o processo em curso no Vidigal provoca o deslocamento de parcela dessa população, como também resulta na elaboração de estratégias pelos próprios moradores visando driblar algumas questões colocadas no cotidiano. O processo é percebido pelos moradores, porém as estratégias para assegurar a hegemonia (da forma de viver e pensar) das classes dominantes dificultam a articulação para a mobilização dessa população.
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