Adesão ao protocolo do surviving sepsis campaign (2012) em crianças com sepse grave e choque séptico internadas em unidade de terapia intensiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/9710 |
Resumo: | Introdução:Sepse grave e choque séptico são causas importantes de morte em pediatria no mundo inteiro e principalmente em países em desenvolvimento, onde a mortalidade varia entre 10 e 50%. Desde 2002, a Surviving Sepsis Campaign (Campanha Sobrevivendo à Sepse), através da aplicação de protocolo baseado nas melhores evidências científicas disponíveis, vem contribuindo com a melhoria da assistência à beira-leito aos pacientes com sepse grave. A observância das recomendações reduziu a mortalidade de 38 para 8% entre os pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico. Entretanto, estudos têm mostrado uma baixa adesão a essas diretrizes. Objetivo: Determinar a frequência de adesão ao protocolo da Surviving Sepsis Campaign 2012, para as evidências nível 1A e 1B, relacionadas ao uso de terapia antimicrobiana e estado hemodinâmico, em pacientes com sepse grave e choque séptico internados em unidade de terapia intensiva pediátrica.Metodos: Estudo retrospectivo, longitudinal. Procedeu-se a coleta de dados nos prontuários de pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico internados na unidade de terapia intensiva pediátrica, de janeiro de 2014 a janeiro de 2016. As variáveis estudadas representaram características dos pacientes, quadro clínico, laboratorial, as estratégias da Surviving Sepsis Campaign 2012 e a evolução sobrevida ou óbito (nível de significância de 5%). Resultados: Foram incluídos 105 pacientes com mediana de idade de 37 meses, sendo 59% do gênero masculino. A mortalidade global foi de 12,4%. A adesão às recomendações isoladas variou de 4,2 a 100%. O uso de antibiótico na 1ª hora ocorreu em 68,6% da amostra. Nos pacientes com choque séptico, a mortalidade foi de 23,1%, a adesão às recomendações variou de 27,7 a 100%; 78,9% receberam expansão de volume (em todos os casos cristaloide) porém a maioria até 40 ml/kg (73,2%). O uso de droga vasoativa ocorreu em 90,4% dos casos, sendo a noradrenalina a 1ª escolha em 27,7%. Considerando o pacote de medidas (antibioticoterapia, fluidoterapia na primeira hora, uso de cristalóide e uso de noradrenalina), somente 10% dos pacientes receberam as três intervenções.Conclusão: O volume infundido na 1ª hora, antes de iniciar a infusão de droga vasoativa pode melhorar, além da escolha da noradrenalina como 1ª opção e a administração de antibiótico na 1ª hora |
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Adesão ao protocolo do surviving sepsis campaign (2012) em crianças com sepse grave e choque séptico internadas em unidade de terapia intensivaSepse graveCriançaChoque sépticoSepseCriançaChoque sépticoSevere sepsisChildSeptic shockIntrodução:Sepse grave e choque séptico são causas importantes de morte em pediatria no mundo inteiro e principalmente em países em desenvolvimento, onde a mortalidade varia entre 10 e 50%. Desde 2002, a Surviving Sepsis Campaign (Campanha Sobrevivendo à Sepse), através da aplicação de protocolo baseado nas melhores evidências científicas disponíveis, vem contribuindo com a melhoria da assistência à beira-leito aos pacientes com sepse grave. A observância das recomendações reduziu a mortalidade de 38 para 8% entre os pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico. Entretanto, estudos têm mostrado uma baixa adesão a essas diretrizes. Objetivo: Determinar a frequência de adesão ao protocolo da Surviving Sepsis Campaign 2012, para as evidências nível 1A e 1B, relacionadas ao uso de terapia antimicrobiana e estado hemodinâmico, em pacientes com sepse grave e choque séptico internados em unidade de terapia intensiva pediátrica.Metodos: Estudo retrospectivo, longitudinal. Procedeu-se a coleta de dados nos prontuários de pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico internados na unidade de terapia intensiva pediátrica, de janeiro de 2014 a janeiro de 2016. As variáveis estudadas representaram características dos pacientes, quadro clínico, laboratorial, as estratégias da Surviving Sepsis Campaign 2012 e a evolução sobrevida ou óbito (nível de significância de 5%). Resultados: Foram incluídos 105 pacientes com mediana de idade de 37 meses, sendo 59% do gênero masculino. A mortalidade global foi de 12,4%. A adesão às recomendações isoladas variou de 4,2 a 100%. O uso de antibiótico na 1ª hora ocorreu em 68,6% da amostra. Nos pacientes com choque séptico, a mortalidade foi de 23,1%, a adesão às recomendações variou de 27,7 a 100%; 78,9% receberam expansão de volume (em todos os casos cristaloide) porém a maioria até 40 ml/kg (73,2%). O uso de droga vasoativa ocorreu em 90,4% dos casos, sendo a noradrenalina a 1ª escolha em 27,7%. Considerando o pacote de medidas (antibioticoterapia, fluidoterapia na primeira hora, uso de cristalóide e uso de noradrenalina), somente 10% dos pacientes receberam as três intervenções.Conclusão: O volume infundido na 1ª hora, antes de iniciar a infusão de droga vasoativa pode melhorar, além da escolha da noradrenalina como 1ª opção e a administração de antibiótico na 1ª horaIntroduction: Severe sepsis and septic shock are important causes of death in pediatrics worldwide and especially in developing countries where mortality ranges from 10% to 50%. Since 2002, the Surviving Sepsis Campaign, through the application of a protocol based on the best scientific evidence available, has been contributing to the improvement of bedside care for patients with severe sepsis. Compliance with recommendations reduced mortality from 38% to 8% among patients diagnosed with severe sepsis and septic shock. However, studies have shown a low adherence to these guidelines. Objective: To determine the frequency of adherence to the Surviving Sepsis Campaign 2012 protocol for the level 1A and 1B evidence related to the use of antimicrobial therapy and hemodynamic status in patients with severe sepsis and septic shock admitted to a pediatric intensive care unit.Methods :Retrospective longitudinal study. Data collection in the medical records of patients diagnosed with severe sepsis and septic shock admitted to the pediatric intensive care unit from January 2014 to January 2016. The variables studied represented characteristics of the patients, clinical, laboratory, Surviving Sepsis Campaign 2012 and the evolution of survival or death (significance level of 5%).Results: We included 105 patients with median age of 37 months, 59% of males. Mortality was 12.4%. Adherence to the isolated recommendations ranged from 4.2 to 100%. The use of antibiotics in the first hour occurred in 68.6% of the sample. In patients with septic shock, mortality was 23.1%, adherence to recommendations ranged from 27.7 to 100%; 78.84% received volume expansion (in all cases crystalloid) but most of them up to 40 ml / kg (73.2%). The use of vasoactive drugs occurred in 90.4% of the cases, with noradrenaline being the first choice in 27.7%. Considering the package of measures (antibiotic therapy, fluid therapy in the first hour, use of crystalloid and use of noradrenaline), only 10% of the patients received the three interventions. Conclusion: The volume infused in the first hour, before starting the vasoactive drug infusion improvement, besides the choice of noradrenaline as the first option and the administration of antibiotic in the 1st hour98f.Ortiz Sobrinho, CristinaCamboim, Ana Olímpia Maia dos SantosCardoso, Claudete Aparecida AraújoFigueiredo Junior, IsraelSilva, André Ricardo Araújo dahttp://lattes.cnpq.br/9632853582435250http://lattes.cnpq.br/3246791895201559http://lattes.cnpq.br/712463909906866http://lattes.cnpq.br/4707106447543538http://lattes.cnpq.br/2674509595570040http://lattes.cnpq.br/6328987611357660Barboza, Clarice Lasneaux2019-05-28T13:04:12Z2019-05-28T13:04:12Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/9710BARBOZA, Clarice Lasneaux. Adesão ao protocolo do surviving sepsis campaign (2012) em crianças com sepse grave e choque séptico internadas em unidade de terapia intensiva. 2018. 98 f. 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