Influência da Zona de Fratura Romanche na evolução tectono-sedimentar da Bacia do Ceará/Sub-Bacia de Mundaú
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/23883 |
Resumo: | A Margem Equatorial Brasileira se estende desde a Bacia Foz do Amazonas até o alto de Touros na Bacia Potiguar, e recentemente tem recebido atenção da indústria de óleo e gás por seu promissor potencial exploratório. A Bacia do Ceará, que se enquadra nesse cenário, teve início de formação durante o Cretáceo Inferior, e se desenvolveu em um contexto de margem passiva transformante ao longo do Aptiano, relacionado à quebra do supercontinente Gondwana, abertura do oceano Atlântico e formação da Zona de Fratura de Romanche. A área de estudo faz parte da sub-bacia de Mundaú, localizada mais a leste dentre as quatro sub-bacias do Ceará, e tem sido estudada majoritariamente em águas rasas ao longo dos anos devido, em especial, à falta de dados sísmicos de alta qualidade nas regiões de águas profundas. Nessas circunstâncias, a sub-bacia tem sido considerada como tendo evoluído principalmente como uma margem passiva convencional, com pouca ou nenhuma influência da zona de fratura vizinha. Novos dados sísmicos PSDM 3D em águas profundas adquiridos pela empresa PGS revelam feições que sugerem uma maior influência da Zona de Fratura Romanche que previamente assumido. Através da interpretação e integração de cinco linhas sísmicas semi regionais extraídas do programa 3D citado com perfis compostos de quatro poços exploratórios públicos, esse estudo define um arcabouço tectônico e sismoestratigráfico simplificado para a área de estudo. O projeto divide a coluna sedimentar da bacia em sete unidades e sugere três modelos de evolução tectonosedimentar que mostram o desenvolvimento contemporâneo da zona de fratura com estruturas principais sinrifte, como falhas normais e flores negativas. Os resultados mostram que subsidência tectônica dominou na área até deposição do membro Trairi ao final do Aptiano, e progressivamente deu lugar à subsidência térmica, com um breve período de deformação compressiva localizada durante o Cretáceo Superior. A possibilidade das camadas inferiores do pacote rifte serem de idades mais antigas é brevemente abordada, devido à espessura anormalmente alto do intervalo. Esse estudo traz novas evidências quanto à iv extensão da influência da Zona de Fratura de Romanche na região de águas profundas da bacia do Ceará. |
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Influência da Zona de Fratura Romanche na evolução tectono-sedimentar da Bacia do Ceará/Sub-Bacia de MundaúBacia do CearáSub-bacia de MundaúMargem Equatorial BrasileiraMargem Passiva TransformanteGeociênciasCeará BasinMundaú Sub-basinBrazilian Equatorial MarginTransform Passive MarginA Margem Equatorial Brasileira se estende desde a Bacia Foz do Amazonas até o alto de Touros na Bacia Potiguar, e recentemente tem recebido atenção da indústria de óleo e gás por seu promissor potencial exploratório. A Bacia do Ceará, que se enquadra nesse cenário, teve início de formação durante o Cretáceo Inferior, e se desenvolveu em um contexto de margem passiva transformante ao longo do Aptiano, relacionado à quebra do supercontinente Gondwana, abertura do oceano Atlântico e formação da Zona de Fratura de Romanche. A área de estudo faz parte da sub-bacia de Mundaú, localizada mais a leste dentre as quatro sub-bacias do Ceará, e tem sido estudada majoritariamente em águas rasas ao longo dos anos devido, em especial, à falta de dados sísmicos de alta qualidade nas regiões de águas profundas. Nessas circunstâncias, a sub-bacia tem sido considerada como tendo evoluído principalmente como uma margem passiva convencional, com pouca ou nenhuma influência da zona de fratura vizinha. Novos dados sísmicos PSDM 3D em águas profundas adquiridos pela empresa PGS revelam feições que sugerem uma maior influência da Zona de Fratura Romanche que previamente assumido. Através da interpretação e integração de cinco linhas sísmicas semi regionais extraídas do programa 3D citado com perfis compostos de quatro poços exploratórios públicos, esse estudo define um arcabouço tectônico e sismoestratigráfico simplificado para a área de estudo. O projeto divide a coluna sedimentar da bacia em sete unidades e sugere três modelos de evolução tectonosedimentar que mostram o desenvolvimento contemporâneo da zona de fratura com estruturas principais sinrifte, como falhas normais e flores negativas. Os resultados mostram que subsidência tectônica dominou na área até deposição do membro Trairi ao final do Aptiano, e progressivamente deu lugar à subsidência térmica, com um breve período de deformação compressiva localizada durante o Cretáceo Superior. A possibilidade das camadas inferiores do pacote rifte serem de idades mais antigas é brevemente abordada, devido à espessura anormalmente alto do intervalo. Esse estudo traz novas evidências quanto à iv extensão da influência da Zona de Fratura de Romanche na região de águas profundas da bacia do Ceará.The Brazilian Equatorial Margin extends from the Foz do Amazonas Basin until the Touros High, eastern limit of the Potiguar Basin. The Ceará Basin is amongst the basins with highest exploration interest for oil and gas. It began to accumulate in the lower Cretaceous and developed in a transform passive margin context during the Aptian, related to the breakup of supercontinent Gondwana, opening of the Atlantic Ocean and formation of the Romanche Fracture Zone. The study area is part of the Mundaú sub-basin, which has been mainly studied in shallow waters due to lack of available high-quality data in deep waters. Therefore, the sub basin has been considered to have evolved mostly as a conventional passive margin with little or no influence of the nearby fracture zone. New 3D PSDM data in deep waters revealsfeatures that suggest larger influence of the Romanche Fracture Zone in the basin’s development. Through the interpretation and integration of five seismic lines extracted from the mentioned data and composite logs from four public exploration wells, this study defined a simplified tectonic and stratigraphic framework for the study area. The project divides the sedimentary column into seven units and suggests three tectonosedimentary evolution styles which show contemporaneous development of major syn-rift structures such as normal faults and negative flower structures with the fracture zone. Results show tectonic subsidence dominated the area until Trairi Member deposition at the end of the Aptian, then progressively gave way to thermal subsidence, with a brief moment of localized compressive deformation during the upper Cretaceous. The possibility of the presence of syn-rift layers of older age than previously documented is also briefly addressed, in consideration of the abnormal thickness for this interval of deposition. This study provides new evidence on the extent of the fracture zones influence on deepwater Ceará basin.87f.NiteróiFerrari, André LuizGamboa, Luiz Antonio PierantoniAlmeida, Julio Cesar Horta deOliveira, Luís Otávio AguiarOliveira, João Pedro de Souza2021-12-09T23:44:26Z2021-12-09T23:44:26Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, João Pedro de Souza. Influência da Zona de Fratura Romanche na evolução tectono-sedimentar da Bacia do Ceará/Sub-Bacia de Mundaú. Dissertação (Mestrado em Dinâmica dos Oceanos e da Terra)-Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018. Orientador: André Luiz Ferrari.https://app.uff.br/riuff/handle/1/23883Aluno de Mestradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-12-09T23:44:26Zoai:app.uff.br:1/23883Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:09:51.449441Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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