Tessituras do ser mulher: de sua não-existência a resistências múltiplas: uma leitura crítica sobre maternidade e seus atravessamentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa Neto, Hilton Azevedo
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31828
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo debater e analisar historicamente a elaboração da figura da mulher na sociedade ocidental e como nesse processo ela foi paulatinamente destituída de sua multiplicidade, consolidando uma noção de identidade universal feminina que abarca um ideal reprodutivo, o amor materno e outros mecanismos naturalizados à “essência feminina”, mecanismos estes que relegaram às mulheres um campo inferior e passivo de agência na sociedade civil, na cultura e especialmente no âmbito do trabalho. Tomaremos como linha de força a questão da maternidade e as formas como campos disciplinares como a biologia, a medicina e as ciências humanas dela se apropriaram para cadastrar sobre o feminino uma específica visão moral, comportamental e subjetiva. Buscou-se através de revisão bibliográfica e de um conjunto de estudos e análises sobre gênero, mulheres, maternidade e a construção social do imaginário ligado à figura da mãe, uma problematização dessa suposta visão universal das mulheres, questionando os discursos que se beneficiam dessa estrutura de assimilação da feminilidade na cultura. Para isso, utilizou-se uma abordagem a partir das teorias feministas e da lógica interseccional, propiciando uma visão crítica sobre as opressões que incidem sobre o corpo feminino, principalmente sobre o corpo das mulheres negras, e possibilitando a criação de estratégias e tessitura de resistências de enfrentamento a tais disparidades.
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