Efeitos de moléculas naturais contra ações tóxico-farmacológicas de venenos de serpentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/7385 |
Resumo: | Desde 2009, os acidentes ofídicos são classificados pela Organização Mundial da Saúde como doenças negligenciadas, uma vez que reflete um problema de saúde pública típico de países subdesenvolvidos economicamente e por conta desse fator, não desperta o interesse em pesquisa e desenvolvimento de tratamentos por parte das grandes indústrias farmacêuticas. a soroterapia, único tratamento específico embora previna o óbito, apresenta inúmeras desvantagens que acabam limitando sua utilização, como principalmente a ineficácia na neutralização dos efeitos locais do envenenamento. Assim, a busca por tratamentos alternativos que minimizem os pontos negativos da soroterapia se justifica, e as plantas se apresentam como excelentes candidatas nesse cenário. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de oito espécies vegetais de restinga (Baccharis arctostaphyloides, Erythroxylum ovalifolium, Erythroxylum subsessile, Manilkara subcericea Myrsine parvifolia, Myrsine rubra, Piper divaricatum e Vernonia crotonoides) e uma espécie do cerrado (Stryphnodendron adstringens) contra as ações tóxico-farmacológicas da peçonha de Bothrops jararacussu; além de dois produtos isolados comerciais (Ácido Gálico e Ácido Tânico). Os ensaios tóxicos dp veneneno invitro foram: proteólise (usando azocaseína como substrato) e coagulação (mensurando o tempo de coagulação) e in vivo: hemorragia ( medindo o diâmetro do halo hemorrágico), edema (pesando a pata) e miotoxicidade (avaliando a atividade Creatina Quinase sérica), testados através de protocolos experimentos , designados: incubação, prevencçao e tratamento. E, como resultados, as espécies E. Ovalifolium, E, subsessile, M. subsericea, M. parvifolia, M. rubra, S. adstringens e os produtos ( Ácido Gálico e Ácido Tânico) foram capazes de inibir em certo grau todas atividades testadas (coagulação, proteólise, hemorragia, edema e miotoxicidade), tendo os resultados apresentado significância estatística tanto para os ensaios in vitro quanto in vivo. Desta forma, tais plantas têm potencial no desenvolvimento de uma terapêutica mais eficaz para os acidentes ofídicos, ressaltando assim um potencial biotecnológico da flora brasileira |
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Efeitos de moléculas naturais contra ações tóxico-farmacológicas de venenos de serpentesVenenoPlantasNeutralizaçãoTratamentoAcidentes ofídicosBothrops jararacussuVenenoPlantasSerpenteNeutralizaçãoProdução intelectualVenomPlantsNeutralizationTreatmentSnake bitesDesde 2009, os acidentes ofídicos são classificados pela Organização Mundial da Saúde como doenças negligenciadas, uma vez que reflete um problema de saúde pública típico de países subdesenvolvidos economicamente e por conta desse fator, não desperta o interesse em pesquisa e desenvolvimento de tratamentos por parte das grandes indústrias farmacêuticas. a soroterapia, único tratamento específico embora previna o óbito, apresenta inúmeras desvantagens que acabam limitando sua utilização, como principalmente a ineficácia na neutralização dos efeitos locais do envenenamento. Assim, a busca por tratamentos alternativos que minimizem os pontos negativos da soroterapia se justifica, e as plantas se apresentam como excelentes candidatas nesse cenário. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de oito espécies vegetais de restinga (Baccharis arctostaphyloides, Erythroxylum ovalifolium, Erythroxylum subsessile, Manilkara subcericea Myrsine parvifolia, Myrsine rubra, Piper divaricatum e Vernonia crotonoides) e uma espécie do cerrado (Stryphnodendron adstringens) contra as ações tóxico-farmacológicas da peçonha de Bothrops jararacussu; além de dois produtos isolados comerciais (Ácido Gálico e Ácido Tânico). Os ensaios tóxicos dp veneneno invitro foram: proteólise (usando azocaseína como substrato) e coagulação (mensurando o tempo de coagulação) e in vivo: hemorragia ( medindo o diâmetro do halo hemorrágico), edema (pesando a pata) e miotoxicidade (avaliando a atividade Creatina Quinase sérica), testados através de protocolos experimentos , designados: incubação, prevencçao e tratamento. E, como resultados, as espécies E. Ovalifolium, E, subsessile, M. subsericea, M. parvifolia, M. rubra, S. adstringens e os produtos ( Ácido Gálico e Ácido Tânico) foram capazes de inibir em certo grau todas atividades testadas (coagulação, proteólise, hemorragia, edema e miotoxicidade), tendo os resultados apresentado significância estatística tanto para os ensaios in vitro quanto in vivo. Desta forma, tais plantas têm potencial no desenvolvimento de uma terapêutica mais eficaz para os acidentes ofídicos, ressaltando assim um potencial biotecnológico da flora brasileiraCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de JaneiroConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoAccording to the World Health Organization, snakebites are considered neglected diseases since 2009, because they reflect a public health issue typical of economically underdeveloped countries, and this factor does not arise interest in research and development by major pharmaceutical industries. Serotherapy, the only specific treatment, although prevents death has a lot of disadvantages that limit its utilization. Thus, search for alternative treatments that minimize serotherapy negative points is justified and plants are good candidates in this context. In this way, the present work aimed to evaluate vegetal species potential against toxicpharmacological actions of Bothrops jararacussu snake venom. Different sandbank plants (Baccharis arctostaphyloides, Erythroxylum ovalifolium, Erythroxylum subsessile, Manilkara subsericea, Myrsine parvifolia, Myrsine rubra, Piper divaricatum e Vernonia crotonoides),a savannah (Cerrado) plant (Stryphnodendron adstringens) and commercial isolated compounds (Gallic and Tannic acids) were tested on in vitro activities: proteolysis (using azocasein as substrate) and coagulation (measuring clotting time), as well as in vivo activities: hemorrhage (measuring hemorrhagic halo diameter), edema (paw edema) and miotoxicity (evaluating seric Creatine Kinase activity). Experimental protocols (previous incubation, prevention and treatment) were used on in vivo toxic activities. E plants E. ovalifolium, E. subsessile, M. subsericea, M. parvifolia, M. rubra, S. adstringens and the market products (gallic and tannic acids) inhibited more efficiently the activities (coagulation, proteolysis, hemorrhage, edema and myotoxicity) induced by the venom B. jararacussu. The results showed that such plants may aid antivenom therapy to protect victims of envenomation by B. jararacussu venom126 f.Fuly, André LopesMaróstica, ElisabethOliveira, Karen de JesusTeixeira, Valéria LaneuvilleNehme, Jorge SaadPereira Junior, Luiz Carlos Simas2018-09-06T18:40:35Z2018-09-06T18:40:35Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7385Aluno de DoutoradoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-01-24T13:39:30Zoai:app.uff.br:1/7385Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:17:59.260190Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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