(Qual) bandido bom é bandido morto? Reflexões sobre mídia e violência a partir de um programa policialesco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Protasio, João Verani
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10508
Resumo: Este trabalho tem como finalidade refletir sobre as relações entre mídia e violência na sociedade brasileira contemporânea, com o objetivo mais específico de pesquisar a produção dos sentidos sobre a concepção de violência e do bandido a partir de um programa policialesco. Para isso, foram analisadas durante o mês de maio de 2018 edições da versão regional voltada para o Rio de Janeiro do programa policialesco com o maior número de denúncias de violações de direitos na mídia, o Cidade Alerta Rio, transmitido pela Record TV Rio. Entende-se aqui a comunicação como um mercado simbólico, onde os sentidos sociais são produzidos, postos em circulação e apropriados, e a mídia, mais especificamente a televisão – que ainda é o meio de comunicação mais utilizado pela população brasileira para a busca de informações – como um instrumento de poder, que ajuda a construir/endossar categorias de percepção sobre o mundo. Nesse sentido, o programa policialesco investigado traz determinadas representações da violência e do bandido, que têm a ver com uma especial vinculação entre a mídia e o sistema penal, um processo de acumulação social da violência e com a sujeição criminal. Nos seus discursos, trazem ecos de alguns setores da sociedade brasileira ideologicamente alinhados, ao mesmo tempo que contribuem para a formação de um imaginário social de uma violência seletiva e de uma construção do bandido como o sujeito historicamente marginalizado socialmente, pregando como única solução para os conflitos sociais o endurecimento da punição contra este, que pode ser inclusive de forma extralegal
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