Dopplervelocimetria da artéria oftálmica em gestantes com hipertensão arterial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Cristiane Alves de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11703
Resumo: A identificação das gestações de alto risco permite que estratégias preventivas possam ser assumidas de forma a reduzir a morbidade e a mortalidade materno-fetal. A pré-eclampsia (PE) é a principal causa de morte materna no Brasil e no mundo. A análise dos vasos orbitais tem sido proposta e estudada como método de auxílio na avaliação e conduta de gestantes, principalmente daquelas que apresentam hipertensão. O objetivo do presente estudo foi comparar os índices dopplervelocimétricos da artéria oftálmica observados em gestações complicadas por PE leve, PE grave e hipertensão arterial crônica (HAC) e correlacionar os resultados encontrados nas gestantes hipertensas com aqueles observados em gestantes normais. Em estudo preliminar foi avaliada a reprodutibilidade interobservador do método. Foi realizada comparação entre o Doppler de artéria oftálmica em 30 gestantes com PE leve, 30 gestantes com PE grave e 30 gestantes com HAC com idade gestacional entre 20 e 40 semanas. O grupo de normotensas foi composto por 289 gestantes. O índice de resistência (IR), o índice de pulsatilidade (IP) e o peak ratio (PR) foram determinados no olho direito. Os dados colhidos foram submetidos à análise estatística (S-Plus versão 8,0). Para os três grupos estudados foram calculados média e desvio-padrão para cada índice dopplervelocimétrico avaliado (IR, IP e PR). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para avaliar se os dados obtidos nas gestantes hipertensas tinham distribuição normal. Foi realizado o teste de análise de variância – ANOVA – para comparação das médias de cada grupo. Como foi rejeitada a hipótese de igualdade entre as médias, foi realizado o método de Tukey para determinar quais médias eram diferentes. Por fim, foi realizada análise ROC (receiver operating characteristic) de forma a avaliar o desempenho dos índices IR, IP e PR na identificação de pacientes com quadro grave de PE. Foi adotado o nível de significância de 5% para todos os testes estatísticos. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores de IR, IP e PR observados nas gestantes com PE grave e aqueles observados nas gestantes com PE leve, HAC e normotensas. A média e o desvio padrão para IR, IP e PR encontrados nas gestantes com PE leve, PE grave e HAC foram respectivamente 0,73 0,06, 1,63 0,35 e 0,65 0,10; 0,63 0,09, 1,13 0,31 e 0,89 0,12; e 0,73 0,07, 1,66 0,49 e 0,66 0,14. A média e o desvio padrão para IR, IP e PR nas gestantes normotensas foram 0,75 0,05, 1,88 0,43 e 0,52 0,10. Os valores de IR, IP e PR encontrados na análise ROC para identificação de PE grave foram 0,657, 1,318 e 0,784 (sensibilidade e especificidade de 0,633 e 0,919; 0,733 e 0,888; e 0,833 e 0,974, respectivamente). As áreas abaixo das curvas na análise de IR, IP e PR foram 0,787 (95% CI: 0,68-0,89); 0,797 (95% CI: 0,69-0,90) e 0,886 (95% CI: 0,80-0,96), respectivamente. Nas gestantes com PE grave foi observado hiperfluxo cerebral através do Doppler de artéria oftálmica. Através da análise ROC, o PR foi o melhor índice para discriminar as pacientes com PE grave das demais gestantes hipertensas avaliadas (PE leve e HAC)
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O objetivo do presente estudo foi comparar os índices dopplervelocimétricos da artéria oftálmica observados em gestações complicadas por PE leve, PE grave e hipertensão arterial crônica (HAC) e correlacionar os resultados encontrados nas gestantes hipertensas com aqueles observados em gestantes normais. Em estudo preliminar foi avaliada a reprodutibilidade interobservador do método. Foi realizada comparação entre o Doppler de artéria oftálmica em 30 gestantes com PE leve, 30 gestantes com PE grave e 30 gestantes com HAC com idade gestacional entre 20 e 40 semanas. O grupo de normotensas foi composto por 289 gestantes. O índice de resistência (IR), o índice de pulsatilidade (IP) e o peak ratio (PR) foram determinados no olho direito. Os dados colhidos foram submetidos à análise estatística (S-Plus versão 8,0). Para os três grupos estudados foram calculados média e desvio-padrão para cada índice dopplervelocimétrico avaliado (IR, IP e PR). O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para avaliar se os dados obtidos nas gestantes hipertensas tinham distribuição normal. Foi realizado o teste de análise de variância – ANOVA – para comparação das médias de cada grupo. Como foi rejeitada a hipótese de igualdade entre as médias, foi realizado o método de Tukey para determinar quais médias eram diferentes. Por fim, foi realizada análise ROC (receiver operating characteristic) de forma a avaliar o desempenho dos índices IR, IP e PR na identificação de pacientes com quadro grave de PE. Foi adotado o nível de significância de 5% para todos os testes estatísticos. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores de IR, IP e PR observados nas gestantes com PE grave e aqueles observados nas gestantes com PE leve, HAC e normotensas. A média e o desvio padrão para IR, IP e PR encontrados nas gestantes com PE leve, PE grave e HAC foram respectivamente 0,73 0,06, 1,63 0,35 e 0,65 0,10; 0,63 0,09, 1,13 0,31 e 0,89 0,12; e 0,73 0,07, 1,66 0,49 e 0,66 0,14. A média e o desvio padrão para IR, IP e PR nas gestantes normotensas foram 0,75 0,05, 1,88 0,43 e 0,52 0,10. Os valores de IR, IP e PR encontrados na análise ROC para identificação de PE grave foram 0,657, 1,318 e 0,784 (sensibilidade e especificidade de 0,633 e 0,919; 0,733 e 0,888; e 0,833 e 0,974, respectivamente). As áreas abaixo das curvas na análise de IR, IP e PR foram 0,787 (95% CI: 0,68-0,89); 0,797 (95% CI: 0,69-0,90) e 0,886 (95% CI: 0,80-0,96), respectivamente. Nas gestantes com PE grave foi observado hiperfluxo cerebral através do Doppler de artéria oftálmica. Através da análise ROC, o PR foi o melhor índice para discriminar as pacientes com PE grave das demais gestantes hipertensas avaliadas (PE leve e HAC)The identification of high risk pregnancies allows adoption of preventive strategies to reduce the morbidity and fetal and maternal mortality. Preeclampsia (PE) is the leading cause of maternal death in Brazil and worldwide. The ocular ecodoppler has been proposed and studied as a complementary method in the evaluation and management of pregnant women, especially those with hypertension. The aim of this study was to compare the ophthalmic artery Doppler indices observed in singleton pregnant women complicated by hypertension (mild PE, severe PE or chronic hypertension) and to correlate the indices observed in hypertensive pregnant women with those observed in normal pregnant women. In a preliminary study the interobserver reproducibility of the method was evaluated. Ophthalmic artery Doppler indices of 30 mild and 30 severe preeclamptic women and 30 pregnant women with chronic hypertension at 20 to 40 weeks of gestational age (GA) were compared. The control group consisted of 289 healthy pregnant women. Resistance index (RI), pulsatility index (PI), and peak ratio (PR) were determined for the right eye. All data were submitted to statistical analysis (S-Plus version 8.0). The mean and standard deviation (SD) were calculated for each group. Kolmogorov-Smirnov test was used to evaluate if data obtained in hypertensive pregnant women had normal distribution. Analysis of variance (ANOVA) was used to compare mean values of the Doppler indices between groups. As significant differences were determined by ANOVA analysis, each group was compared by Tukey method. A receiver operating characteristic (ROC) curves was used to determine the predictive power of ophthalmic artery Doppler indexes for identification of severe pre-eclamptic women. P < 0.05 was considered statistically significant. Significant differences were found between the values obtained for RI, PI, and PR in severe PE women compared to those observed in pregnant women with mild PE, CH and control group. The mean and SD for RI, PI and PR in mild PE, severe PE and CH groups were respectively 0.73 0.06, 1.63 0.35 and 0.65 0.10; 0.63 0.09, 1.13 0.31 and 0.89 0.12; and 0.73 0.07, 1.66 0.49 and 0.66 0.14. The mean and SD for RI, PI and PR in normotensive pregnant women were 0.75 0.05, 1.88 0.43, 0.52 0.10. The optimal cut-off values for RI, PI and PR for identification of severe pre-eclamptic women as determinate by roc curves were 0.657, 1.318 and 0.784 (sensitivity and specificity were 0.633 and 0.919, 0.733 and 0.888, and 0.833 and 0.974, respectively). The area under the ROC curve for RI was 0.787 (95% CI: 0.68-0.89), for PI was 0.797 (95% CI: 0.69-0.90) and for PR was 0.886 (95% CI: 0.80-0.96). In pregnant women with severe PE was observed central overperfusion by Doppler ophthalmic artery. PR was the best ophthalmic Doppler index at discriminating between severe PE and pregnant women with mild PE or chronic hypertension as determined by ROC curve66f.Sá, Renato Augusto Moreira deLugon, Jocemir RonaldoFrança, Bartolomeu Expedito da CâmaraSantos, Alair Augusto Sarmet Moreira Damas dosSilva, Fernanda Campos daAguiar, Regina Amélia Lopes Pessoa dehttp://lattes.cnpq.br/6896812175943829http://lattes.cnpq.br/7722814490587972http://lattes.cnpq.br/9156435268618505http://lattes.cnpq.br/4417439769761367http://lattes.cnpq.br/1215394507629695http://lattes.cnpq.br/6102561882464179Oliveira, Cristiane Alves de2019-10-17T14:44:09Z2019-10-17T14:44:09Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Cristiane Alves de. Dopplervelocimetria da artéria oftálmica em gestantes com hipertensão arterial. 2012. 66 f. 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