ASPECTOS DE CONSERVAÇÃO DO AZULÃO-VERDADEIRO, CYANOLOXIA BRISSONII (M. H. C. LICHTENSTEIN, 1823) (PASSERIFORMES: CARDINALIDAE)

• Autor(a) principal: Grossi, Gabriela Marçal
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33226
• topic: Tráfico de animais silvestres, comércio ilegal, Passerina, Cyanocompsa; Tráfico de animais, Ecologia animal, Pássaro, Pássaro de gaiola , Pássaro ornamental, Conservação da natureza; Wildlife trafficking, illegal trade, Passerina, Cyanocompsa

A espécie Cyanoloxia brissonii, popularmente conhecida como azulão-verdadeiro, é um exemplar de Passeriformes da família Cardinalidae, com distribuição restrita à América do Sul, especificamente Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai e Venezuela. Apresenta cinco subespécies que diferem entre si por características morfológicas sutis e distribuição geográfica distinta. Possui dimorfismo sexual evidente, pois o macho apresenta coloração azul escuro brilhante, enquanto a fêmea apresenta a coloração amarronzada em todo o corpo. No Brasil, um dos principais fatores para a diminuição da biodiversidade é o tráfico de animais silvestres, e pela coloração chamativa e ao canto melodioso do azulão-verdadeiro, ele é uma espécie muito visada para criação em cativeiro. O estudo tem como objetivo principal analisar os aspectos de conservação de C. brissonii no Brasil, com ênfase no tráfico de animais silvestres. Foram reunidos trabalhos (artigos, monografias e dissertações) a respeito do tráfico de C. brissonii. E a partir dos registros da espécie em bancos de dados específicos, foi elaborado um mapa de distribuição geográfica. Com esse levantamento de dados, foi possível também adquirir informações dos espécimes coletados de C. brissonii, por exemplo, coletor, sexo dos indivíduos, data e localidade de coleta. Foram considerados 18 trabalhos no total, que evidenciam dados concretos sobre espécimes traficados no país, ou quando a espécie foi apenas citada ao decorrer da pesquisa. A maioria das apreensões ocorreram no Nordeste, com 6.685 indivíduos apreendidos, 457 apreendidos no Sul, 151 apreendidos no Sudeste e 119 apreendidos no Centro-Oeste. Cyanoloxia brissonii é uma espécie com estado de conservação classificado como pouco preocupante devido a sua ampla distribuição geográfica. Porém, suas subespécies não são consideradas nessa análise, trazendo inconsistência nessa informação. Além disso, há poucos estudos referentes a tendência e o tamanho populacional dessa espécie, o que dificulta o entendimento de como suas populações são impactadas pelo tráfico, já que é a quinta espécie de Passeriformes mais traficada do Brasil. Conclui-se que há necessidade de mais estudos a respeito da taxonomia alfa da espécie, visando compreender a fundo suas subespécies e a situação da população em geral, avaliando assim o seu estado de conservação. Com isso, será possível compreender os reais impactos causados pelo tráfico em suas populações, possibilitando assim a adoção de medidas adequadas para a conservação da espécie.