Deficiência de vitamina D e alterações na massa óssea em pacientes infectados pelo HIV em terapia antirretroviral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abreu, Juliana Mendes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7117
Resumo: A Terapia Antirretroviral (TARV) modificou de forma dramática a evolução da epidemia do vírus HIV alterando o perfil de morbimortalidade dos pacientes ao longo das décadas. Com o envelhecimento da população HIV+, maior destaque vem sendo dado as alterações do metabolismo ósseo. O vírus tem influência direta estimulando o remodelamento ósseo; já a TARV pode contribuir para perda de massa óssea através da redução da ativação da vitD. Diversos estudos internacionais descrevem aumento na incidência de hipovitaminose D, baixa massa óssea, osteoporose e fraturas em paciente HIV+. No Brasil existem poucos estudos sobre hipovitaminose D ou baixa massa óssea nesta população e nenhum deles correlacionou estas variáveis entre si. Objetivos: O presente estudo visou avaliar a frequência de deficiência de vitamina D e de alterações na massa óssea em pacientes HIV+ em uso de TARV no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), além de analisar a associação entre estes dados e potenciais fatores relacionados. Métodos: Foram incluídos 187 pacientes que responderam um questionário direcionado e tiveram seus prontuários revisados, além de serem submetidos a exame físico com medidas antropométricas, análise laboratorial e densitométrica. O cálculo do Frax para risco de fratura maior e de quadril em 10 anos foi realizado através da fórmula disponível para a população brasileira no website. Para análise das associações dividimos em 2 grupos: com e sem hipovitaminose D (<30 e ≥ 30 ng/dL respectivamente) e com e sem alteração de massa óssea. Resultados: A mediana de idade foi de 46 (38-51) anos, com níves de 25(OH)D3 de 22 (16,6-26,6) ng/dL. Hipovitaminose D esteve presente em 159 (85%) pacientes, sendo 85 (54%) do sexo masculino. Não houve associação significativa entre hipovitaminose D e alteração de massa óssea. Índice de massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal (CA) mais altos foram associados a hipovitaminose D. Os Inibidores de Protease (IP) parecem estar associados a maiores níveis de vitD (p=0,005; OR=0,24), enquanto os Inibidores da Transcriptase Reversa não-Nucleosídeos foram fortemente associados a níveis menores de vitamina D (p=0,005;OR 3,6). Encontramos massa óssea alterada (MOA) em 40 pacientes (24,7%): 8 com osteoporose, 27 com osteopenia e 5 com baixa massa óssea para a idade (BMOI). Hipogonadismo e idade mais elevada foram associados a baixa massa óssea em ambos os sexos. Pacientes com MOA tiveram mais fraturas (p<0,01). As mulheres com síndrome metabólica tiveram maior chance de MOA (p=0,01). Os valores obtidos no FRAX Brasil foram significativamente mais elevados no grupo com MOA (p<0,001). Conclusão: A frequência de hipovitaminose D foi elevada, porém semelhante a população geral brasileira. Já a frequência de MOA foi elevada para uma amostra relativamente jovem. Não houve associação entre níveis de vitD e MOA no nosso estudo, provavelmente pela frequência elevada de hipovitaminose D na amostra. Os fatores de risco com associação significativa são semelhantes ao da população geral. Mais estudos são necessários para avaliar a real influência do tipo de TARV utilizado sobre o metabolismo da vitD e massa óssea
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No Brasil existem poucos estudos sobre hipovitaminose D ou baixa massa óssea nesta população e nenhum deles correlacionou estas variáveis entre si. Objetivos: O presente estudo visou avaliar a frequência de deficiência de vitamina D e de alterações na massa óssea em pacientes HIV+ em uso de TARV no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), além de analisar a associação entre estes dados e potenciais fatores relacionados. Métodos: Foram incluídos 187 pacientes que responderam um questionário direcionado e tiveram seus prontuários revisados, além de serem submetidos a exame físico com medidas antropométricas, análise laboratorial e densitométrica. O cálculo do Frax para risco de fratura maior e de quadril em 10 anos foi realizado através da fórmula disponível para a população brasileira no website. Para análise das associações dividimos em 2 grupos: com e sem hipovitaminose D (<30 e ≥ 30 ng/dL respectivamente) e com e sem alteração de massa óssea. Resultados: A mediana de idade foi de 46 (38-51) anos, com níves de 25(OH)D3 de 22 (16,6-26,6) ng/dL. Hipovitaminose D esteve presente em 159 (85%) pacientes, sendo 85 (54%) do sexo masculino. Não houve associação significativa entre hipovitaminose D e alteração de massa óssea. Índice de massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal (CA) mais altos foram associados a hipovitaminose D. Os Inibidores de Protease (IP) parecem estar associados a maiores níveis de vitD (p=0,005; OR=0,24), enquanto os Inibidores da Transcriptase Reversa não-Nucleosídeos foram fortemente associados a níveis menores de vitamina D (p=0,005;OR 3,6). Encontramos massa óssea alterada (MOA) em 40 pacientes (24,7%): 8 com osteoporose, 27 com osteopenia e 5 com baixa massa óssea para a idade (BMOI). Hipogonadismo e idade mais elevada foram associados a baixa massa óssea em ambos os sexos. Pacientes com MOA tiveram mais fraturas (p<0,01). As mulheres com síndrome metabólica tiveram maior chance de MOA (p=0,01). Os valores obtidos no FRAX Brasil foram significativamente mais elevados no grupo com MOA (p<0,001). Conclusão: A frequência de hipovitaminose D foi elevada, porém semelhante a população geral brasileira. Já a frequência de MOA foi elevada para uma amostra relativamente jovem. Não houve associação entre níveis de vitD e MOA no nosso estudo, provavelmente pela frequência elevada de hipovitaminose D na amostra. Os fatores de risco com associação significativa são semelhantes ao da população geral. Mais estudos são necessários para avaliar a real influência do tipo de TARV utilizado sobre o metabolismo da vitD e massa ósseaAntiretroviral Therapy (ART) has dramatically changed the evolution of the HIV virus epidemic by changing the morbimortality profile of patients over the decades. With the aging of the HIV + population, greater emphasis has been given to changes in bone metabolism. The virus acts directly stimulating bone remodeling, whereas ART can contribute to bone loss through impairing vitD activation. Several international studies have reported an increase in the incidence of hypovitaminosis D, low bone mass, osteoporosis and fractures in HIV + patients. In Brazil, there are only a few studies on hypovitaminosis D or low bone mass in this population and none of them correlated these variables with each other. Objectives: The present study aimed to evaluate the frequency of vitamin D deficiency and changes in bone mass in HIV + patients using HAART at Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), and also to associate these data with potentially related factors. Methods: We included 187 patients who answered a directed questionnaire, had their medical records checked, were submitted to anthropometric measurements, laboratory and densitometric analysis. FRAX® scores were computed for 10-year risk of major osteoporotic and hip fracture through the website calculator for Brazilian patients. For statistical analysis, we divided them into 2 groups: with/without hypovitaminosis D (<30 ng/dL) and with/without low bone mass (LBM). Results: The median age was 46 (38-51) years, with levels of 25(OH)D3 of 22 (16.6-26.6) ng/dL. Hypovitaminosis D was present in 159 (85%) patients, of which 85 (54%) were male. There was no significant association between hypovitaminosis D and LBM. Higher body mass index (BMI) and waist circumference (WC) were associated with hypovitaminosis D. Protease inhibitors (PIs) appear to be associated with higher vitD levels (p = 0.005; OR = 0.24), while Non-Nucleoside Reverse Transcriptase inhibitors (NNRTI) were strongly associated with lower levels of vitamin D (p = 0.005; OR 3.6). We found LBM in 40 patients (24.7%): 8 with osteoporosis, 27 with osteopenia and 5 had BMD below the expected range for age (BeRA). Hypogonadism and higher age were associated with low bone mass in both sexes. Patients with LBM had more fractures (p <0.01). Women with metabolic syndrome had a greater chance of LBM (p = 0.01). The values obtained in FRAX Brazil were significantly higher in the group with LBM (p <0.001). Conclusion: The frequency of hypovitaminosis D was high, but similar to the Brazilian general population. As for, the frequency of LBM was high considering a relatively young sample. There was no association between vitamin D levels and LBM in our study, probably because of the high frequency of hypovitaminosis D in the sample. Risk factors with a significant association are similar to general population ones. More studies are needed to evaluate the real influence of the type of ART used on vitD metabolism and bone massUniversidade Federal FluminenseNiteróiCruz Filho, Rubens Antunes daOlej, BeniTaboada, Giselle FernandesTavares, Ana Beatriz WinterSoares, Débora VieiraAbreu, Juliana Mendes2018-08-03T13:23:45Z2018-08-03T13:23:45Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7117Aluno de Mestradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-04-20T17:33:53Zoai:app.uff.br:1/7117Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-04-20T17:33:53Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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description A Terapia Antirretroviral (TARV) modificou de forma dramática a evolução da epidemia do vírus HIV alterando o perfil de morbimortalidade dos pacientes ao longo das décadas. Com o envelhecimento da população HIV+, maior destaque vem sendo dado as alterações do metabolismo ósseo. O vírus tem influência direta estimulando o remodelamento ósseo; já a TARV pode contribuir para perda de massa óssea através da redução da ativação da vitD. Diversos estudos internacionais descrevem aumento na incidência de hipovitaminose D, baixa massa óssea, osteoporose e fraturas em paciente HIV+. No Brasil existem poucos estudos sobre hipovitaminose D ou baixa massa óssea nesta população e nenhum deles correlacionou estas variáveis entre si. Objetivos: O presente estudo visou avaliar a frequência de deficiência de vitamina D e de alterações na massa óssea em pacientes HIV+ em uso de TARV no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), além de analisar a associação entre estes dados e potenciais fatores relacionados. Métodos: Foram incluídos 187 pacientes que responderam um questionário direcionado e tiveram seus prontuários revisados, além de serem submetidos a exame físico com medidas antropométricas, análise laboratorial e densitométrica. O cálculo do Frax para risco de fratura maior e de quadril em 10 anos foi realizado através da fórmula disponível para a população brasileira no website. Para análise das associações dividimos em 2 grupos: com e sem hipovitaminose D (<30 e ≥ 30 ng/dL respectivamente) e com e sem alteração de massa óssea. Resultados: A mediana de idade foi de 46 (38-51) anos, com níves de 25(OH)D3 de 22 (16,6-26,6) ng/dL. Hipovitaminose D esteve presente em 159 (85%) pacientes, sendo 85 (54%) do sexo masculino. Não houve associação significativa entre hipovitaminose D e alteração de massa óssea. Índice de massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal (CA) mais altos foram associados a hipovitaminose D. Os Inibidores de Protease (IP) parecem estar associados a maiores níveis de vitD (p=0,005; OR=0,24), enquanto os Inibidores da Transcriptase Reversa não-Nucleosídeos foram fortemente associados a níveis menores de vitamina D (p=0,005;OR 3,6). Encontramos massa óssea alterada (MOA) em 40 pacientes (24,7%): 8 com osteoporose, 27 com osteopenia e 5 com baixa massa óssea para a idade (BMOI). Hipogonadismo e idade mais elevada foram associados a baixa massa óssea em ambos os sexos. Pacientes com MOA tiveram mais fraturas (p<0,01). As mulheres com síndrome metabólica tiveram maior chance de MOA (p=0,01). Os valores obtidos no FRAX Brasil foram significativamente mais elevados no grupo com MOA (p<0,001). Conclusão: A frequência de hipovitaminose D foi elevada, porém semelhante a população geral brasileira. Já a frequência de MOA foi elevada para uma amostra relativamente jovem. Não houve associação entre níveis de vitD e MOA no nosso estudo, provavelmente pela frequência elevada de hipovitaminose D na amostra. Os fatores de risco com associação significativa são semelhantes ao da população geral. Mais estudos são necessários para avaliar a real influência do tipo de TARV utilizado sobre o metabolismo da vitD e massa óssea
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