As Forcas Armadas No Período de Transição: O Governo Figueiredo.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zaverucha, Jorge
Data de Publicação: 1986
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12140
Resumo: O artigo pretende estudar, principalmente, o papel da instituição castrense “as vésperas da transição do autoritarismo para a democracia. Deste estudo, conclui-se, dentre outros, que as Forças Armadas estavam mais preocupadas com sua reprodução social do que em defender grupos específicos; permanecia o antigo desprezo pela capacidade civil em preservar os interesses da Nação e, que existiram sérias rivalidades externas que, paradoxalmente, contribuíram para o êxito da transição. A aquiescência castrense à assunção de Tancredo Neves é checada através do genérico modelo do Prof. Przewoski. Chegou-se a conclusão que a corporação castrense avalizou a entrega do poder aos civis, por ter recebido garantias que seus interesses não seriam afetados, de modo considerável, no decorrer do novo regime. Por fim, tenta-se fazer um breve paralelo com a experiência espanhola, ressaltando-se que a Espanha não teve, como no Brasil, um regime militar bem estruturado para desmontar, e seu processo de democratização foi feito com uma economia e pleno emprego, sem endividamento externo e taxa da inflação de 30% ao ano.
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