Psicoterapia na era do “fast food”: dilemas e desafios do psicólogo clínico na pós-modernidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viana, Rebeca Ferreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6923
Resumo: Este trabalho advém do esforço em relacionar o conceito e as características da pós-modernidade aos desafios do psicólogo e da psicologia clínica na atualidade. Pós-modernidade é o período originado a partir do século XX que delineia características inéditas acerca do homem e de sua subjetividade. As particularidades do homem pós-moderno são: o prazer pelo consumo, ideal de bem-estar perene, relações líquidas, imediatismo, flexibilidade, mutabilidade, ânsia por inovação e diversidade, sinônimos equivalentes à fast-food. A pós-modernidade concebe felicidade como atributo de saúde e tristeza como sintoma de patologia. O que repercute na tendência à analgesia medicamentosa como solução “rápida e eficiente” para livrar-se de situações geradoras de tensão. Isso retira do sujeito a possibilidade de elaborar o sofrimento de forma idiossincrática e criativa e o torna cada vez mais intolerante ao processo de sofrer. Nas relações pós-modernas predominam as atitudes do tipo EU-ISSO que pressupõe a objetivação, ou “uso” de uma das partes e não permite o encontro autêntico de alteridades. O psicólogo é desafiado a despir-se de técnicas ou pressupostos sobre o outro para oferecer-se como um convite ao encontro autêntico de alteridades do tipo EU-TU. Dessa forma é possível apreender as demandas que emergem na psicoterapia clínica, nunca desconectadas do social. E devolvemos ao sujeito a possibilidade de descobrir saídas criativas frente ao sofrimento, saídas que não são receitadas em bulas e nem compradas em farmácias
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