Inspeção de rim de bovinos: lesões, técnicas e critérios de julgamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1983 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/18043 |
Resumo: | O autor estudando as lesões que mais comumente ocorrem em bovinos abatidos para o consumo, em matadouro frigorífico com Inspeção Federal, conclui que: Em um total de 10.686 bovinos, na maioria machos com idade variando entre 2 e 4 anos e meio e as fêmeas geralmente com mais de 5 anos, 139 eram portadores de lesões renais, representando o percentual de 1,3%. Dos 139 espécimes estudados histopatologicamente, 89 foram diagnosticados erroneamente, na sala de matança, como sendo outras lesões, representando um percentual de 64%. As lesões mais comumente observadas foram: nefrite intersticial, glomerulonefrite, hiperemia, cisto de retenção, cisto urinário, hidronefrose, hidatidose, degeneração tubular e calcificação, abscesso, infarto renal, rim policístico, neoplasia, pigmentos, pielonefrite e tuberculose renal. Algumas lesões foram observadas em áreas específicas como é o caso da hidatidose que foi detectada exclusivamente no Estado do Rio Grande do Sul. As lesões de nefrite intersticial são as mais comumente observadas, atingindo o percentual de 34%, sendo seguidas pelas lesões de glomerulonefrite que no Estado do Mato Grosso do Sul atinge o percentual de 43% das lesões aí observadas. O cisto urinário é uma lesão que pode ser de caráter unilateral ou bilateral e a pielonefrite pode ocorrer no Brasil, sendo observada na Região do Rio Grande do Sul, em animais de procedência européia. O diagnóstico feito na sala de matança é falho, sendo muitas lesões erroneamente diagnosticadas. A técnica de abate, apesar de haver uma padronização, varia de estabelecimento para estabelecimento. O exame do rim e deficiente, com relação a técnica adotada por outros países e, às vezes, é executado por pessoas não devidamente autorizadas ou treinadas. O critério de julgamento proposto por outros países, às vezes, não é condizente com a legislação brasileira. A própria Legislação Brasileira RIISPOA faz certas determinações que na prática não funcionam, face aos erros constantes observados na sala de matança, devendo eles ser corrigidos. Face aos erros constantes, observados na sala de matança de um modo geral, as observações e constatações havidas, nos autorizam a recomendar as autoridades responsáveis pelo serviço de inspeção federal, uma cuidadosa revisão da regulamentação no particular e o ajustamento das graves falhas comprovadas nos registros estatísticos, bem como preparação e vigília nas linhas de inspeção. |
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