Memórias do isolamento compulsório no Hospital-Colônia Tavares de Macedo-RJ (1936-1986)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/8424 |
Resumo: | Esta tese trata do isolamento compulsório no hospital-colônia Tavares de Macedo, em Itaboraí, RJ, durante os anos de 1936, marco inicial de fundação dessa Colônia e 1986, que marca o fim do isolamento compulsório e também o recebimento de pensão indenizatória por pessoas atingidas pela hanseníase. Nesse recorte da história das políticas públicas de combate à lepra no Brasil, examina, em especial, ações sanitárias e vida cotidiana desses doentes, numa revisão da noção de instituição total, usualmente adotada na abordagem do tema. Memórias colhidas de fontes orais tornam visíveis processos e relações sociais peculiares a essas experiências. Aborda medo e compaixão suscitados pelos portadores de lepra e ações de caridade, assistência e filantropia de que eles são alvo, que em conjunto, alteram práticas sociais de perseguição e de discriminação desses doentes. Nessa experiência, em especial, examina as iniciativas de laborterapia e também o uso da mão-de-obra barata dos doentes internados em trabalhos diversos os quais conferem novos rumos a suas vidas. A tese mostra ainda que os portadores de hanseníase constroem, no dia-a-dia, seus caminhos de liberdade. No final dos anos 1940, com a monoterapia, ainda que a resistência da doença à cura e a vigilância sanitária persistam, os avanços médicos e o exame negativo da doença irão mudar a intensidade de cerceamento da liberdade dos internos. Em 1986, sob a poliquimioterapia, encerram-se as internações compulsórias, embora haja internos que escolham permanecer na Colônia. Ao examinar modos de vida e processos indetitários na busca desses doentes por superação de sofrimentos, a pesquisa examina sociabilidades, redes sociais e ações dos internados relacionadas às das pessoas do seu meio social, oferecendo indicações de utilidade para o reexame da história do isolamento compulsório no Brasil |
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Memórias do isolamento compulsório no Hospital-Colônia Tavares de Macedo-RJ (1936-1986)HanseníaseIsolamentoMemóriaSocializaçãoPolítica de saúdePolítica socialPolítica de saúdeHanseníase - aspectos sociaisIsolamentoLeprosy/HansenCompulsory isolationMemorySociabilitiesHealth policiesSocial policiesEsta tese trata do isolamento compulsório no hospital-colônia Tavares de Macedo, em Itaboraí, RJ, durante os anos de 1936, marco inicial de fundação dessa Colônia e 1986, que marca o fim do isolamento compulsório e também o recebimento de pensão indenizatória por pessoas atingidas pela hanseníase. Nesse recorte da história das políticas públicas de combate à lepra no Brasil, examina, em especial, ações sanitárias e vida cotidiana desses doentes, numa revisão da noção de instituição total, usualmente adotada na abordagem do tema. Memórias colhidas de fontes orais tornam visíveis processos e relações sociais peculiares a essas experiências. Aborda medo e compaixão suscitados pelos portadores de lepra e ações de caridade, assistência e filantropia de que eles são alvo, que em conjunto, alteram práticas sociais de perseguição e de discriminação desses doentes. Nessa experiência, em especial, examina as iniciativas de laborterapia e também o uso da mão-de-obra barata dos doentes internados em trabalhos diversos os quais conferem novos rumos a suas vidas. A tese mostra ainda que os portadores de hanseníase constroem, no dia-a-dia, seus caminhos de liberdade. No final dos anos 1940, com a monoterapia, ainda que a resistência da doença à cura e a vigilância sanitária persistam, os avanços médicos e o exame negativo da doença irão mudar a intensidade de cerceamento da liberdade dos internos. Em 1986, sob a poliquimioterapia, encerram-se as internações compulsórias, embora haja internos que escolham permanecer na Colônia. Ao examinar modos de vida e processos indetitários na busca desses doentes por superação de sofrimentos, a pesquisa examina sociabilidades, redes sociais e ações dos internados relacionadas às das pessoas do seu meio social, oferecendo indicações de utilidade para o reexame da história do isolamento compulsório no BrasilThis thesis dells with the compulsory isolation in Tavares de Macedo leprosarium in Itaboraí, state of Rio de Janeiro, between 1936, foundation date of the colony, and 1986, when the compulsory isolation and the receiving of pension indemnity by people affected by leprosy end. In this period of the history of public policies to combat leprosy in Brazil, examines in particular, health actions and daily life of these patients, making a revision of the concept of total institution, usually adopted in addressing the issue. Memories collected from oral sources show peculiar processes and social relations in these experiences. This work discusses fear and compassion raised by ‘lepers’ and charity acts, philanthropy and assistance that they receive, all of which alter social practices of persecution and discrimination of patients. In this experience, in particular, the work examines the initiatives of occupational therapy and also the use of low-wage workforce of patients admitted to many works which give them new direction in life. The thesis also shows that patients with leprosy build in the day-to-day their path to freedom. In the late 1940s, with monotherapy, although disease resistance to healing and health surveillance persisted, medical advances and negative tests of the disease will change the intensity of restriction of freedom of the patients. In 1986, under polychemotherapy, compulsory admissions come to an end, although there were patients who chose to remain in the colony. By examining ways of life and identity processes in these patients’ pursuits to overcome suffering, the research examines sociability, social networks, and actions of hospitalized patients related to the social environment, providing useful indications for the reconsideration of the history of compulsory isolation in Brazil246 f.Costa, Suely GomesSenna, MônicaClaro, Lenita LorenaAlmeida, Carla Cristina Lima deOliveira, Maria Helena Barros deCavaliere, Ivonete Alves de Lima2019-01-31T12:57:37Z2019-01-31T12:57:37Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/8424openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-02-10T19:02:21Zoai:app.uff.br:1/8424Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:55:36.144053Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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